Possession

By SamiaGreen_

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*Fanfic Ponny (Concluída) Madness... Foi esse o nome que Anahí admitiu após sua vida se perder no mundo e em... More

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Prefácio
|One Shot| parte 1
|One Shot| parte 2
|One shot| parte 3
|One shot| parte 4
| One shot | Final

Capítulo 10

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By SamiaGreen_

Alfonso Herrera

- E a reunião?

- Os chineses estão aguardando, Doutor.

Aquilo realmente me frustrava. Estar na administração de um negócio tão vantajoso tinha suas positividades, mas ao se tratar de Ricardo, tudo complicava. No fundo eu sabia que ele não ia aparecer no dia seguinte após a sua festa de lançamento para a reunião com todo o pessoal da exportação.

Entrei naquela sala, com os nervos à flor da pele, e fiz o que fazia de melhor: Distrai-los. Mencionei de algumas possíveis exigências e disponibilidades da R. Dress, esclareci as dúvidas e adiantei boa parte. Os homens pareciam ter saído satisfeitos, mas eu não.

Quando me despedi deles e me vi sozinho, interfonei para a secretária e pedi que ela juntasse todos aqueles papeis de cima da mesa.

- Aproveite e mande prepararem o meu carro, preciso sair.

- Doutor Herrera - A mulher parecia indecisa para continuar a fala - Tem uma pessoa na sua sala.

- Quem?

- A senhorita, Alice.

Arfei reclamando com ela sobre o porquê de ser tão desatenta. Será que não se lembrava da minha ordem de mantê-la longe do meu trabalho? Quem era capaz de segurar aquela mulher a final.

Puxei a porta de vidro que dava acesso a minha sala e dei de cara com a silhueta marcada da minha ex-noiva. Ela sorriu graciosa e eu retruquei caminhando para o lado oposto, indo até minha mesa.

Remexendo as gavetas, busquei onde teria deixado as chaves do carro.

- Esta não é uma boa hora para visitas Alice.

- Bom dia para você também, Alfonso - ela tinha um tom amargo na voz, obviamente aborrecida - Seja cavalheiro.

- Preciso sair agora e não terei tempo para conversas, não me leve a mal.

- Mas é claro que sim. Você sempre está sem tempo.

- Por favor, Alice.

- Não - interrompeu ela - Fique tranquilo sobre isso. Não existe nada de surpreendente aqui.

- Quando foi que essa conversa se tornou uma discussão?

- Você precisa ir, e eu preciso manter minha dignidade.

Ela juntou a bolsa de cima do sofá e virou para sair pela porta. Eu estava detrás da mesa e a olhava se desviar por entre os funcionários, andando apressadamente para longe. Não a segui, muito menos fiz menção de me explicar.
Quando algo me frustrava daquela maneira nos negócios, era inevitável não interferir na minha vida pessoal.
Eu era apenas um Alfonso Herrera. O dos negócios.

Encontrada a chave, desci para o estacionamento.

No meio do percurso digitei uma mensagem de texto me desculpando com Alice

Não tinha a intenção de chatear você, mas realmente estava com pressa.
Poderíamos sair para jantar esta noite? Espero que aceite.
Herrera,

Ela me respondeu com um simples, sim, seco e amargurado. Ir para mais um jantar ao lado dela não era exatamente um plano pensado por mim, mas depois de um certo tempo algumas questões passeavam pela minha cabeça. Eu já tinha um pouco mais de trinta anos e talvez fosse a hora de buscar alguém para dividir alguma coisa além de sexo. Alice e eu já tínhamos uma história longa, o que me poupava de iniciar outro relacionamento mais uma vez.

Me faltava paciência para aquilo naquela altura. Ela parecia realmente disposta a ir em frente com sua tentativa de reconciliação mesmo depois da minha falta de sutileza a minutos atrás dentro do escritório. Entristeci ao pensar que ela talvez tivesse se habituado com aquele comportamento tão grotesco.

Dirigi até a empresa de Ricardo torcendo que ele estivesse lá. Pelo menos aquele lugar ele gostava de frequentar, mesmo quando suas noitadas se estendiam além do nascer do sol.

Todas as vezes que entrava naquele saguão imenso onde ficava a recepção, entendia claramente por que ele não abria mão do trabalho. Os funcionários, exceto o pessoal da limpeza que eram de homens, era composto por mulheres, e de certa forma, ele selecionava a dedo cada uma delas. Todas eram bonitas e alinhadas dentro das suas saias pretas de tule.

Ricardo não tinha modéstias na hora de escolhe-las, mas havia uma coisa positiva.
Nunca foram ouvidos boatos de casos dele com aquelas mulheres. Não que eu não duvidasse que elas eram apenas discretas o suficiente.

Andando até o elevador, peguei o primeiro e subi. Assim que cheguei no corredor do último andar meus olhos foram direto para a sala reservada onde sempre conversávamos. A secretária me cumprimentou e pediu que esperasse mais alguns minutos, pois o seu patrão estaria em uma conversa particular.

Aquele sofá, mesmo extremamente confortável, já estava me deixando tenso. Era como se fosse o pior lugar de todos. Levantei indo até o banheiro depois de muitas xícaras de café e copos d'água que a mulher ofereceu a cada segundo tentando me manter sentado.

Na volta, o meu bolso vibrou e eu dediquei a atenção para puxar meu celular quando senti algo pesado e brutal bater contra o meu ombro direito. Firmei o pé para não cair e levantei a vista, um celular tinha caído próximo dos meus pés. Me abaixei para junta-lo e a dona fez o mesmo.

Eu não teria como ver os meus próprios olhos naquele momento, mas tive a certeza de que estariam sem vestígios do tom esverdeado que tinham. Minhas pupilas deviam estar dilatadas.

Aquele corpo envergonhado pelo incidente se desculpava sem me encarar, mas assim que fez isso o azul foi coberto pelo negro.

Ambos ficamos em silêncio...
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