Possession

By SamiaGreen_

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*Fanfic Ponny (Concluída) Madness... Foi esse o nome que Anahí admitiu após sua vida se perder no mundo e em... More

Prólogo
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Prefácio
|One Shot| parte 1
|One Shot| parte 2
|One shot| parte 3
|One shot| parte 4
| One shot | Final

Capítulo 06

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By SamiaGreen_

Alfonso Herrera

De pé em frente à colossal janela de vidro, eu observava à movimentação das pequenas réplicas logo abaixo da cobertura. No solo, as pessoas pareciam andar desordenadas como num formigueiro gigante, carregadas de destinos. Era sexta-feira e possivelmente a maioria delas deveria trabalhar naquele dia, igualmente eu logo de manhã, mas não naquele horário. Eram exatas dezenove horas e a minha dúvida de qual lugar ir me perseguiu como um carma acumulado. Será que seria prudente ir à festa ou no jantar? Pondo as mãos no bolso, puxei o BlackBerry e olhei para a mensagem mais uma vez, tentando me assegurar. Devolvi o aparelho e fui trocar de roupa.

Seria o jantar.

Ao chegar no restaurante, alguns minutos foram hesitantes da minha parte, principalmente por notar que ela já me aguardava sentada na mesa próximo da janela. Pontualidade? Alice me conhecia o suficiente para saber da minha aversão com atrasos. Talvez aquele tivesse sido o motivo da sua espera. E ao notar a forma como ela checava o relógio, confirmava que estaria ali a mais tempo.

Logo na entrada o gerente que recebia todos, me cumprimentou caloroso, dizendo repetidas vezes como a minha presença ali era escassa há tanto tempo e que era bom me rever. O metre veio logo em seguida e me mostrou um dos seus vinhos selecionados, fazendo questão que ele fosse servido na minha mesa. Agradeci enquanto era guiado por Chaviir, o gerente. Assim que cheguei até a mesa, Alice abriu um sorriso e se ergueu pondo a vista somente em mim. Ela usava um vestido creme, justo ao seu corpo como uma seda macia. Ela tinha a pele branca leitosa. Seus olhos esverdeados eram mais claros que os meus. Sua beleza era indiscutível, e era possível notar nos olhos de cada homem que estava sentado naquele lugar, admirando-a junto comigo. Correspondi a reação dela com um breve sorriso cordial. Logo que o homem se afastou de nós, nos sentamos e ela entrelaçou as mãos, que agora estavam sobre a mesa. Me afrontando um pouco mais, conforme suas bochechas rosadas atenuavam a cor, ela arfou e disse:

— Você continua lindo. Fico muito feliz que tenha vindo.

— Sua mensagem me deixou incomodado, Alice. Porque precisava me ver?

— Aproveite o jantar antes de me abordar dessa maneira.

O semblante da mulher se fechou.

— Compreenda-me. Já faz muito tempo.

— Um ano — Corrigiu.

— Agora percebe como isso se torna intrigante?

— Eu sei que pode parecer estranho, mas senti muito a sua falta durante esse tempo.

— Aonde pretende chegar com essa conversa? — Fomos interrompidos pelo garçom enquanto o mesmo depositava sobre a nossa mesa um par de taças cristal e um vinho envelhecido a mais de dez anos, foi o que percebi ao ler o rótulo na hora em que era posto.

Vinhos não era uma coisa da qual eu compreendia muito, mas o sabor me encantava, e se eu apreciasse o gosto, a peça poderia até não ser tão cara. Ainda mais que, aqueles que entendiam sabiam como recomendar muito bem em todos os restaurantes que eu costumava frequentar. Assim que o líquido avermelhado adentrou o recipiente em nossas mãos, o cheiro que exalou suave e amadeirado deixou evidente a sua qualidade.

Ela deu o primeiro gole e me olhou por cima da taça. O homem saiu avisando que estaria disponível caso precisássemos. Dando mais um gole, notei como as pernas dela balançavam por debaixo da mesa.

— Quando pretende me responder, Alice? — Ressaltei dando um gole sagaz.

Ela ficou um pouco mais avermelhada com o efeito do vinho atacando-a rápido graças a sua fraqueza para bebidas alcoólicas.

— Não sente saudades de mim?

— Deveria?

— Nós íamos nos casar, lembra-se disso? Não é tão simples começar do zero.

— O fim não veio na hora que decidimos cancelar o casamento, mas no momento em que os sentimentos deixaram de existir.

— Eu sei que errei em trair sua confiança Alfonso, mas...

— Por favor, não precisa dizer isso. Não existe apenas um culpado, e sim, dois. Ambos deixamos chegar nesse ponto.

Alice pareceu atordoar-se naquele momento. Ela não esperou o garçom nos servir. A mulher pegou a garrafa e encheu a sua taça, trêmula, enquanto eu apenas olhava sua atitude em completo silêncio.

Quando ela pôs a bebida na boca percebi que sua face ficou ainda mais corada.

— Por que chegamos a isso? — Perguntou em tom vibrante.

— Vamos sair daqui, você precisa se acalmar.

— Não quero sair, nós acabamos de chegar.

— Alice, vamos! — a sonoridade da minha voz foi coagida a sair o mais autoritária possível. Tentei recordar a forma dura que costumava tratar meus funcionários. Pareceu funcionar com ela. A mulher baixou a vista e dispensou o copo. Levantei-me primeiro e puxei sua cadeira, ajudando-a a se elevar. Alice segurou meu braço e foi conduzia por mim até a saída. Ela esperou próximo do carro durante a quitação da conta.

Voltando minha atenção, lhe abri a porta do carro e a mesma entrou. Saímos por longas quadras até chegar cada vez mais próximo da rua onde abrigava a famosa mansão dos Cecile. Alice estava longe do seu estado natural, sempre controlada e elegante. Não tinha hábito de vê-la agir daquela maneira. O que fez aquela mulher sair de si?

Parando no sinal vermelho, diminui a velocidade do carro e pisei no freio. As mãos gélidas dela se encostaram às minhas no volante. Permaneci olhando para frente e aguardei a sinal ficar verde.

Quando a passagem foi liberada, acelerei e finalmente entramos no condomínio fechado.

— Por favor, encoste — O pedido soou alarmado.

— Já estamos quase na frente da sua casa.

— Pare, Alfonso!

Quase que instantaneamente eu freei, não dando para evitar o soar do pneu sobre o asfalto. A freada brusca resultou na risada dela.

Não resisti, sorrindo junto dela, agitada e descontraída.

— Sua maluca. Porque me fez parar dessa forma?

Ela liberou o cinto de segurança arremessando seu corpo em cima do meu. De maneira treinada as mãos dela desligaram o veículo impossibilitando minha partida.

— Não faça isso...

— Por quê? — Disse ameaçadora — Você não sente mais desejo pelo meu corpo? Nem por mim?

Com um olhar sério pus minhas mãos sobre os ombros dela, enlaçando os polegares na alça fina do vestido.

— Sabe que é muito desejável.

— Sou? — Indagou ardilosa.

— Quanto custou?

— O que?

— O vestido.

O riso prazeroso dela fez o meio das minhas pernas pulsar. Maldita vontade de pôr tudo de mim dentro dessa mulher.

— Tenho muitos desse. Não me importaria de ficar sem um.

Aquela foi à última provocação que meu corpo poderia tolerar naquele momento. Alice era linda e tinha todo o direito de me deixar duro e completamente louco para penetra-la. Sem demora foi isso o que fiz. Puxei o cabelo da sua nuca para manter certo controle e suguei cada pedaço daqueles finos lábios rosados. O corpo dela se movia como um barco à deriva nas mãos de um instrutor sábio.

****

Pondo o que restou do vestido, Alice me observou pelo espelho do carro recolhendo os sapatos e acomodando os cabelos. Nós tínhamos transado, mas depois, nada pareceu ser interessante o suficiente para se falar. Eu apenas puxei o zíper da calça que havia sido a única peça, minha, desfeita durante o ato.

Ela estava borrada e apática.

— Já posso ligar o carro?

Relutante, o bufar da voz dela me tomou a atenção.

— Fui útil? — Rebateu.

— Não pretendo dar continuidade no que você está prestes a dizer.

— O homem que tudo prevê, não é, Herrera? — A ironia estava carregada no seu tom de voz — Consegue decifrar o sentimento de todos.

— É melhor pararmos, Alice

— Parar? Depois do sexo eu me tornei o que para você? Um objeto eu suponho.

— Sabe que não sou assim e muito menos penso dessa forma.

— Então porque está distante?

— Isso foi estranho para os dois. Nem sei se foi correto.

Ela tirou a mão da perna e segurou a minha sobre a caixa de marchas. Seus dedos passearam em carícia.

— Não resisti sentir você outra vez.

— Alice.

— Não fale nada. Somente pense a respeito.

A humidade dos seus lábios em cima da pele do meu rosto foi a última coisa que pude desfrutar antes dela sair fechando a porta calmamente para entrar em sua casa.

Esperei que sua imagem sumisse completamente para então ligar o carro e sair para o único lugar que me interessava.

O celular tocava pela terceira vez, desde que dobrei a primeira esquina saindo do condomínio dos Cecile. Após refletir mais um pouco, acionei o botão no painel do carro, atendendo.

— Dr. Herrera! — o som da voz grave de Ricardo invadiu o pequeno espaço — Me diga que está no caminho até aqui ou irei atrás de você com todos ou meus convidados.

_________________________

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