44. Bom trabalho, querida

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- E como está o meu pai? - Ariela perguntou

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- E como está o meu pai? - Ariela perguntou. Colin acabava de se separar dele e, na visita que ela mesma fez mais cedo naquela manhã para se despedir, Frederick pareceu entusiasmado com a viagem, mas ela sabia muito bem ler o verdadeiro estado dele nos seus olhos. Havia tristeza por ter que partir.

- Ele vai ficar bem, coração. Não se preocupe tanto. Ele compreende que é pelo bem dele e de todos - respondeu Vaughn, do outro lado da linha - Acho que no fundo ele está mais preocupado consigo do que com ele mesmo. Como você está?

Ela suspirou e olhou para o lado. Moira ainda estava ocupada a ver as propostas de decoração do centro que o arquitecto mandou sem entusiasmo algum. Ariela ainda tentou fazê-la falar dando ideas absurdas de alteração do trabalho magnifico da designer de interiores, mas o que quer que tenha acontecido no jantar da noite anterior, havia colocado a irmã do marido muito abalada.

- Melhor que a Moira, eu acho. - ela respondeu.

- Ela ainda está triste?

- Não falou meia dúzia de palavras a manhã toda, o que é indicação de que algo está mesmo mal, sw tratando da Moira. Eu não sei o que fazer.

- Malditos árabes. Eles só destroem o que tocam. Só pode ter sido aquele piralho.

- Também acho. Mas ela vai ficar bem. E eu também. Agora me diz, o meu pai contou o que você queria saber? Sobre nossos pais?

- Sim, contou - A voz dele soou mais serena e Ariela deduziu que estivesse acalentado pelo que ouviu - Isto chega a ser engraçado. Meu pai e sua mãe eram amigos!

Ariela sorriu, certa de que ele a acompanhava do outro lado também.

- Você se lembra do barquinho das caraíbas? - ele perguntou - parece que foi a sua mãe quem fez. Ela amava o mar e água, e meu pai também, principalmente as Caraíbas. Então ela fez esculturas do barco para os dois. Ela sonhava conhecer as ilhas com o teu pai, parece que o meu pai não parava de falar sobre lá e sugeriu que fossem de lua de mel quando casassem, mas nunca conseguiram ir. Então o teu pai foi lá sozinho uma vez, e levou o teu barquinho com ele. E virou souvenir predilecto dos turistas.

- Ele... Ele te contou isso? - perguntou, seu peito quente de tanta emoção.

- Contou.

Ariela quase chorava, mas respirou fundo. Pensou no seu barquinho. Afinal nunca o perdeu, seu pai havia levado. Ainda bem que comprou outro na sua sua lua de mel.

- Ele nunca me contou sobre o barquinho. Talvez porque não era exactamente uma história em que ele era o protagonista. É sobre nossos pais, Colin. Seu pai salvou a minha mãe.

- É. É inacreditável. - Ariela conhecia a história, mas nunca havia podido compartilha-lha com alguém que sentisse a mesma magia do destino que ela sentia. Fez-se silêncio por um tempo, até que Colin falou - Vai ficar tudo bem, meu amor.

Um sonho Para MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora