Um sonho Para Mim

23. Conversas Tensas e Duras Confissões (round 1) - parte 2

Dia abençoado né? Dois caps de uma vez😂😍

Parte 2: garante que leu a parte 1 no capítulo anterior.

Com Amor, Kaya

- Eu tinha dezanove anos quando conheci Monique. - ele começa. Ariela se mexe no lugar como que para lhe ouvir melhor, seu coração bate mais acelerado. Está a acontecer - Ela era a francesa que veio para um ano de intercâmbio na minha universidade e estava todo o mundo eufórico com ela. O império protrolífero francês estava no auge naquela época e até era objecto de estudo nas nossas aulas. Ter a herdeira dele connosco deixava todo o mundo doído e atrás dela com todo o tipo de interesse. Mas Monique sempre foi fria e áspera, não se misturava e mandava todos para bem longe de si.

- Menos a ti. - Ariela adivinha.

- Eu não ligava para ela, então ela ligou. Pessoas como ela... como nós, que têm tudo o que querem na vida com bastante facilidade, correm atrás do que não podem ter. Então ela me tomou como seu desafio. Conseguiu se tornar meu par para o semestre todo e, mesmo não gostando da convivência a princípio, com o tempo percebi que tínhamos mais em comum do que divergências. A amizade cresceu e depois se tornou algo mais. Mas ambos sabíamos que tínhamos o tempo contado e tudo ia acabar, por isso não fazíamos planos juntos e era proibido falar de sentimentos.

Uma história bem familiar, Ariela pensou, mas manteve para si mesma o pensamento para não lhe interromper.

- É incrível como o tempo passa rápido quando você está feliz. E um ano passou tão depressa. Na noite anterior á sua viagem, ela bateu a porta do meu dormitório, vinha conversar e se despedir, ela disse, mas estava atrás de outra coisa, algo que eu também queria mas éramos ambos orgulhosos demais para falar com abertura. Monique disse que estava feliz por poder voltar a sua casa, mas havia gostado tanto de estar connosco que se tivesse uma razão forte o suficiente podia ficar para fazer todo o curso. Eu sabia o que significava aquela afirmação. Era seu pedido, sua forma de me dizer que podia ficar se eu falasse as palavras certas.

Ariela cria rapidamente a imagem na sua mente e seu coração simpatiza bastante com a imagem de uma jovem buscando ouvir seu namorado dizer o quanto a queria e não estava pronto para vê-la partir e a perder como ela não estava para ir se ele dissesse só isso.

- Eu não disse. - Colin disse e foi decepcionante ouvir - Eu era idiota e orgulhoso demais para mostrar essa vulnerabilidade e não disse o que ela esperava ouvir. Preferi deixa-la ir, mesmo que isso me matasse por dentro. Porque o amor não permite individualismo, sabe. Não permite este orgulho e autosuficiência. Faz-nos precisar do outro e, negar isso é se permitir sofrer. Você não pode amar e ser feliz por sozinho. Nós precisamos do outro e que essa pessoa queira ser feliz do nosso lado também. Mas mostrar para ela o quanto era importante para mim era algo que eu não estava disposto a fazer. No entanto eu não cruzei os braços depois, fiz de tudo para sabotar sua viagem e fi-la perder o voo sem que percebesse que havia sido eu a aprontar. Só que de alguma forma ela soube e veio bravíssima para cima de mim. Me chamou os piores nomes, mas o que marcou foi covarde. Eu não sabia que era um até ela me mostrar que sim. Quando se cansou de me bater e gritar comigo, ela disse que me dava uma última chance de fazer as coisas da maneira certa. Que se eu quisesse que ela ficasse eu devia falar, ali. Com todas as letras. Ou nunca mais a veria. E foi assim que ela ficou e eu aprendi o valor de ser feliz. A vida é uma troca, você sempre terá que dar algo para receber outra em troca, e eu quero dar tudo para ser ser feliz. Meu orgulho nunca me fez sentir o que o amor fazia, então eu abri mão dele por amor. E é por isso que eu te trouxe aqui, Ariela.