11. Cabeça contra a Parede

270 25 3
                                    

Mesmo com o mau começo que indicava que seu dia e, provavelmente, seus próximos seis meses dentro da família Vaughn seriam terríveis, a tarde tomou outro rumo que a fez crer que talvez nem tudo seria ruim quando ela saiu a seguir Moira para fora d...

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Mesmo com o mau começo que indicava que seu dia e, provavelmente, seus próximos seis meses dentro da família Vaughn seriam terríveis, a tarde tomou outro rumo que a fez crer que talvez nem tudo seria ruim quando ela saiu a seguir Moira para fora da casa.

A irmã de Colin era muito mais que uma jovem rebelde e inconformada pelo pecado que sua gestação representava. Moira é uma aventureira, jornalista de turismo, passa a vida a viajar pelos lugares mais incríveis do mundo, faz documentários e reportagens sobre os lugares maravilhas pouco exploradas e escreve sobre seus destinos no maior site de viagens e turismo. É cada história incrível e bizarra que ela contou sobre as coisas que já viu. Do seu lado, quando ela não estivesse a brigar, o tempo passa bem rápido entre risadas, curiosidades e descobertas.

Ela ama a natureza e é uma sonhadora incontestável. No seu romance favorito ela é Elizabeth Bennet e associa Ariela á irmã de sua heroína, Jane. Sua conversa foi bastante divertida enquanto passeavam pelo quintal infinito da casa de Colin, e quando anoiteceu, ela se recusou a colocar os pés naquela casa outra vez.

- Não se preocupe, você vai acordar com o meu gargalo amanhã, não vou sumir por mais três anos, amo demais o meu irmão para fazer isso outra vez. Só preciso de me recuperar da bofetada. Doeu, sabe!

As duas riram e partilharam um abraço bem apertado. Se conheciam apenas havia horas, mas o carinho foi mútuo, encontraram na graça uma da outra um momento que de liberdade para ser quem realmente são.

 Se conheciam apenas havia horas, mas o carinho foi mútuo, encontraram na graça uma da outra um momento que de liberdade para ser quem realmente são

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Casas grandes são incríveis, mas também deprimentes quando se está sozinho. O espaço é tão vasto que te isola e engole. Desde que Moira se foi e Rupert saiu também com Margareth, Ariela girou sozinha pela casa buscando fugir da solidão que sentia no meio daquele silêncio deprimente. Pensou em bater a porta do escritório onde Colin havia se fechado só para dizer olá e sentir que estava acompanhada, mas desistiu e voltou a sala e se jogou sobre o sofá com os pés sobre ele também e seu corpo virado e apoiado no encosto. Naquele ambiente sem vida se sentia como parte dos móveis, um aparador, talvez. Só a existir, somente com um vaso de lírios para camuflar o vazio que o lugar tinha. O aparador era tão inútil como os compartimentos daquela casa quando se lhe tirasse o vaso de cima - sua única função era aquele vaso. Esticou seu braço e alcançou o telefone sobre a mesinha ao lado e ligou para o seu pai, queria alguém para conversar.

Um sonho Para MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora