21. Isto Não Está Certo!

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- Odeio-lhe, odeio-lhe, odeio-lhe

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- Odeio-lhe, odeio-lhe, odeio-lhe. Mil vezes odeio-lhe - De punhos fechados e dentes cerrados, Ariela rugiu sua raiva andando num rompante pelo espaço livre do centro de recriação - Como ele se atreve? Ele desviou-se de me falar a verdade sobre o que fez com a francesa e colocou a responsabilidade pelo futuro da nossa relação toda sobre mim.

Estava com raiva de Colin. De como ele sempre virava o jogo e a fazia sentir-se idiota e despreparada para lidar com alguém como ele. Ela continua às voltas pelo espaço, abana a cabeça.

- Ele espera mesmo que eu confie nele para lhe entregar meu coração quando possivelmente despedaçou o da outra de uma forma extremamente cruel que até lhe dá vergonha de me falar? Porque é isso que eles fazem. Homens bonitos e poderosos como ele só sabem brincar com os sentimentos das pessoas e não estão dispostos a ceder a nada nem que seja em nome do amor. Existe maior cúmulo de descaramento que o dele?

- Mira...

- Mira nada, pai. Quem ele pensa que é para me encurralar assim? Agora eu sou a vilã, sou a tal que exigiu a verdade dele mas não está disposta a revelar a sua. Maldito Vaughn. Ele diz que me quer de verdade e no minuto seguinte me põe no chão e me faz sentir uma merda. E isso é o pior. Que eu me sinta uma idiota nesta história toda e esteja aqui a me remoer e a me perguntar se de facto não devia dar uma chance para nós e lhe contar a verdade.

- Contar a verdade?

- Sim, ab, contar a verdade. Eu não sei, talvez... talvez ele até possa nos ajudar.

- Não pode fazer isso, Mira.

Ariela se aproxima do pai, ajoelha aos seus pés e  segura suas mãos porque sabe que aquele é um assunto que seu pai já definiu as regras e é só uma - nunca contar.

- O senhor já confiou num Vaughn antes e ele ajudou.

- A sua mãe confiou naquele homem, não eu, e olha como tudo terminou. Onde ela está agora?

Ariela larga-lhe e se levanta, contrariada. Não gostava da forma como seu pai olhava para história e culpava sua mãe por ter desejado a liberdade. Ele fazia isso porque nunca foi ele quem foi entregue ao sultanato para fazerem de si o que bem desejassem como se de uma boneca se tratasse.

- Eu acho que o senhor está a ser muito injusto quando culpa o pai do Colin pelo destino da minha mãe. Ele foi um grande amigo e arriscou tudo para vê-la livre.

- Ele colocou essas ideias arriscadas de liberdade na cabeça de Assuh. E mesmo eu discordando, ele a ajudou a escapar de Riad e a faz viver como uma fugitiva nos becos do mundo.

- O que com certeza foi bem melhor do que viver o inferno que ela vivia. Alfred Vaughn deu a minha mãe o que o senhor foi covarde demais para dar. A chance de escolher. - Ariela grita para o pai. Olha para ele e sua imagem embasada vista por seus olhos marejados é de um homem culpado. Culpado por tudo - Eu nunca disse isso pro senhor, mas eu odeio a minha vida, pai. Odeio que eu tenha que me retrair e ser invisível para não chamar atenção.

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