37. Uma Simples Demonstração

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Ela ouviu a porta abrir e virou-se esperançosa de ver Colin entrar, mas a luz do seu coração apagou quando viu que não era ele

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Ela ouviu a porta abrir e virou-se esperançosa de ver Colin entrar, mas a luz do seu coração apagou quando viu que não era ele.

Omar mandou seus seguranças esperar fora e se aproximou da francesa que lhe olhava com semblante duro e ameaçador. Já mostrava que ia ser um desafio, mas estava pronto para ela.

- Bonjour, mademoiselle. (Bom dia, senhorita.) - saudou-a em francês - Eu sou...

- Eu sei quem tu és, Omar Al-Faheem. - interrompeu-lhe. Nunca havia lhe visto de frente, mas sabia o suficiente sobre todas as pessoas importantes na indústria e, os Al-Faheem tinham práticas de negócio bem incomuns para ser ignorados. E já havia ouvido falar de Omar, o sucessor do pai, Murad Al-Faheem. Dizia-se por aí que era implacável que o monstro do pai,m  - Já me perguntava quando ousarias aparecer a minha frente, seu filho da mãe.

Omar foi pego de surpresa pela afronta. Não que esperasse uma conversa amigável com a herdeira francesa, já havia ouvido bastante de sua intrepidez, mas chamar-lhe filho da mãe de frente era algo que consideraria imprudência demais, ainda mais vindo de uma mulher.

- Filho da mãe!? Sabe, no meu país respeitamos bastante nossas mães, e as mulheres lá sabem seu lugar. Você tem dado bastante trabalho ao seu pai, senhorita Monique. Se fosse nossa, com muita sorte continuaria inteira com tanto atrevimento.

- Se você é homem de verdade, por que não chega mais perto para eu mostrar quão feliz eu estou com a sua pessoa e seus joguinhos de poder? Eu sei porquê você está aqui. Adivinho que Colin não esteja seguro sobre essa parceria agora e você quer evitar que eu coloque tudo a perder, não é mesmo?

Ela era mesmo atrevida. Se pudesse escolher, mandava cortar sua língua primeiro.

- Já me foi dito que é uma mulher inteligente. Então sabe que não pode fazer isso.

- Ou o quê? Vai cumprir a ameaça de nos afundar que usou para me fazer desistir do meu casamento e criar esta crise para os Vaughn? - Monique ri - Essa é velha, não? Você já usou e destruiu meus sonhos de vida, não vou deixar-lhe usa-la para destruir meu orgulho também. Vai ter que ser mais criativo agora para me fazer recuar e me submeter a si. Fale, o que vai fazer, vossa alteza?

Omar se aproxima dela perante a afronta. Aparência tão calma e serena como se nada lhe atingisse, mas por dentro ferviade raiva e se negava a ser confrontado por ela. Aprendeu durante sua vida a parecer neutro às provocações - mantendo suas emoções escondidas o inimigo não tinha como prever o efeito que estava a ter em si e isso lhe dava vantagem. Monique lhe estava a pôr os nervos à pele, tinha que domina-la.

- Eu calculei que usar a vossa empresa não fosse funcionar desta vez. Certamente pensou nela quando saiu de Paris para esta aventura e já pouco se importa com o status. Mas então, e o seu pai? Eduard é um homem duro, eu sei, mas quando se trata de si ele fica um pinguim. Ele a ama demais, mais que tudo, posso ver. E você, senhorita Monique? Ama seu pai de igual forma? Ou ama mais ao Vaughn?

Monique endureceu mais ainda. Toda a gana que tinha de desafiar Omar e lhe mostrar que não tinha medo dele se tornou raiva ao perceber a ameaça.

- Você não se atreveria.

- Seria simples. Bastava um copo de água com duas gotinhas de um veneno e você passava a lidar comigo directamente mais cedo do que imagina. Eduard não ia sofrer por muito tempo, claro, seu corpo já viveu demais para resistir tanto a mais uma batalha. E ninguém saberia o que lhe ocorre, talvez considerassem um derrame, ou o que for. O veneno é indetectável.

- Seu infeliz. - ela rugiu e antes que pudesse prever e fazer alguma coisa, Omar sentiu as garras das mãos de Monique sobre si. Arranhou-lhe no rosto e quando ia mandar bofetadas nele, segurou seus braços e a impediu. Monique não se curvou. - Ouse tocar no meu pai, eu acabo consigo. Eu juro que te mato, seu sheik dos infernos. Eu te mato.

- Escuta-me bem você, senhorita Monique. Eu estou nisto desde pequeno e não estou para perder. Nem você, nem o Vaughn estão preparados para lidar comigo, então se afaste. Recue ou eu vou começar pelo seu pai. E saiba que todos os que vierem depois de si não serão uma simples demonstração. Irão para para o inferno de vez.

Ainda a tentar perceber o que ele dizia, Monique sentiu uma picada no pescoço e petrificou ao ver Omar com uma seringa na mão.

- O que... O que você fez comigo?

- Você vai ficar bem. Fica calma, está bem? - disse, olhando-a fixamente nos olhos a espera do veneno reagir. Viu o desconforto nascer, os olhos piscar descontrolados e a pele ganhar cor, devia ser o ardor a queima-la por dentro. A respiração dela começou a intensificar e o gemer de dor aumentou.

- Omar! O que você fez? - Ela perguntou, ofegante, a sentir seu interior em chamas e sua cabeça quase explodir - Omar.

- Não se preocupe, tout bien (está tudo bem). Você estará bem em algumas horas. - sussurrou o árabe enquanto a colocava deitada na cama. Monique tentava resistir, mas pouco a pouco perdia o comando do seu corpo. Teve pequenas convulsões e depois paralisou e só ficou a lhe encarar, cheia de ódio e vontade de saltar para cima dele, mas sem conseguir mexer um dedo sequer. O árabe a observou passivo - O veneno foi destilado, então não é fatal, mas faz-a provar o que seu pai poderá sentir antes do fim. É como o inferno dentro de si, não é?

Ela podia não falar, mas seus olhos ardiam de raiva e ódio. Ele imaginou os infinitos insultos que eram sufocados pela paralisia. Devia ser um sentimento horrível, pensou.

- Consegue sentir, Monique? Consegue sentir a frustração, a revolta e a dor de ser impotente? Você quer tanto me insultar, quer tanto me atacar e acabar comigo, mas não pode sequer mover o dedo. Estar assim deve estar a acabar consigo, não é? - Suspirou - Pois é assim que vai se sentir se eu me vir obrigado a acabar com o seu pai, com o Vaughn e todos os que se puserem no meu caminho. Você não vai poder fazer nada.

Ela queria cuspir-lhe na cara e dizer que acabava com ele primeiro se ousasse tocar naqueles que ama, mas estava presa no seu próprio corpo e mente. Só podia ficar ali, afogada na raiva, ódio e dor infernal que sentia. Lágrimas inundaram de seus olhos e mal as sentiu escorrer por sua pele.

- Eu só quero fazer negócios, nada mais. Ninguém perde se cada um se mantiver no seu lugar e atender às regras de convivência. Seu pai as conhece, vai ensina-la. Nós ainda podemos nos dar bem, Monique. Espero que sim. Agora vamos coloca-la a dormir, não é? Não queremos chamar muita atenção á sua paralisia, nem quero que sofra por muito tempo.

Ele pegou uma seringa de calmantes na gaveta de remédios no quarto e injectou no soro. Olhou-a uma última vez e esperou vê-la vencida pelo calmate e cair no sono.

- Isso, descansa.©💐

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