28. Desesperados

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Depois de muito tempo a porta do quarto se abriu e Monique levantou-se para ver Colin entrar com uma tábua de jantar nas mãos

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Depois de muito tempo a porta do quarto se abriu e Monique levantou-se para ver Colin entrar com uma tábua de jantar nas mãos.

Ele se deteve na entrada e olhou para ela como se a avaliasse e tentasse ler suas intenções, vagarosamente fechou a porta com o pé e, sem tirar os olhos dela, se dirigiu á cómoda para deixar a tábua.

Monique tomou a chance e correu para abrir a porta antes de Colin se desfazer da tábua, mas as mãos dele a agarraram de trás e puxaram novamente para dentro.

- Larga-me! Larga-me já, Colin, ou eu acabo contigo. - ela gritou a espernear.

- Fica quieta, Monique. Não aja como louca.

- Eu juro que te vais arrepender por isto, eu vou te fazer pagar - ela gritou e abaixou a cabeça para morder a primeira parte dele que alcançou.

Colin a soltou devido a dor, mas logo a agarrou quando voltava a tentar fugir e empurrou para dentro. Trancou a porta e segurou a chave na sua mão no exacto momento em que ela corria para mais uma luta.

- Chega! Pára aí - ele gritou de volta e ela parou - Não torre a minha paciência, Monique, não estou no espírito para brincar.

- Como se atreve a fazer isso comigo? Hã? Como se atreve a me trancar aqui como sua prisioneira? Comment oses-tu? (Como ousas?) - ralhou a francesa, revoltada.

- Porque eu não podia lidar contigo naquele momento, Monique. Estou com um problema agora, se você não percebeu.

- Você está com vários problemas agora, Colin, mas aquela mulher é o menor deles, acredite em mim. Ela é simples de despachar, você simplesmente se livra dela e foca no que realmente importa.

- Eu não sei porquê você veio aqui, Monique. Na verdade não sei porquê você voltou, mas as coisas mudaram desde que você decidiu fazer o que fez e nunca voltarão a ser iguais. Ariela e eu...

- Eu não importo com essa mulher, não estou aqui por ela e quero que ela exploda. Estou aqui por ti, Colin, para explicar o que aconteceu, o que está a acontecer e vai acontecer, mas como fez na casa da sua mãe naquele dia, você não me está a dar ouvidos.

- Porque eu não quero te ouvir. Como eu disse na casa da minha mãe, não quero ouvir nenhuma das suas histórias. Eu amo a Ariela, Monique. Acho que essa parte você ouviu também. Eu me apaixonei por ela e quero que o meu futuro seja com ela. Só que para a minha desgraça, agora está tudo nas tuas mãos.

- Pois está. Está tudo nas minhas mãos e eu nunca vou abrir mão de ti para essa mulher.

- Mas isso é idiota, não percebes? Tu fazeres o braço de ferro connosco não vai me fazer voltar para ti. Tú me abandonaste, Monique. Desististe de nós quando estávamos... - ele desiste, jurou para si que não revisitaria tudo o que estava perdido. Não abriria velhas feridas - Não tens o direito de embargar o meu amor, muito menos de...

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