31. Duros de Derrubar

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Quando viu o filho entrar, Margareth tencionou se levantar da cama onde estava deitada a receber soro, mas Colin se apressou a detê-la e mantê-la em repouso

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Quando viu o filho entrar, Margareth
tencionou se levantar da cama onde estava deitada a receber soro, mas Colin se apressou a detê-la e mantê-la em repouso.

- Não, não, mãe... Deita aí, descansa.

- Colin! - ela teimou e lhe abraçou - Meu filho, você está aqui.

Só em corpo, porque metade da sua alma se partiu e anda perdida. Por dentro está tão pequenino, assustado e ferido. Queria tanto o colo da sua mãe, poder deitar nele e falar de tudo o que lhe molestava e ter o seu consolo. Cerrou os olhos para sentir o alento que radiava dela.

Sua mãe segurou seu rosto com lágrimas a escorrer de emoção.

- Você não imagina como perdi o mundo quando me falaram sobre o acidente do seu carro. Pensei que te tivesse perdido. - Abraçou-lhe outra vez - Ó meu filho! Eu amo-te tanto, sabe disso, não é? - e beijou seu rosto repetidas vezes - O que aconteceu? Eu vi o seu carro espatifado. Ninguém me está a falar nada aqui, só que estás bem.

- Mamã... não era eu no carro.

Ela queria sorrir aliviada, rezou tanto por um milagre que salvasse seu filho, mas a perdição no olhar de Colin a preocupou.

- Quem era? O que aconteceu, Colin?

- Eu levei Ariela para o chalé e,... e as coisas não saíram bem. Ela saiu dali totalmente alterada e com o meu carro e...

E ele desabou. Não conseguiu falar as palavras, mas Margareth completou a história e puxou o filho para um abraço sentido.

Colin chorou no colo da mãe como uma criança.

- Mãe...

- Filho...

- Mãe, ela não pode morrer. Não posso perdê-la assim, não é justo.

Margareth afagou seus ombros e beijou-lhe sem lhe soltar do abraço. Jó levantou-se da cadeira onde lia a uma revista e saiu discretamente para lhes deixar a só.

- Ó meu pequeno, meu menino! Eu conheço essa dor e tudo o que desejava era que nunca, nenhum dos meus filhos passasse por uma igual. Eu sinto muito, querido. Sinto tanto.

Colin afastou-se e deu alguns passos pelo quarto. Respirou fundo para desatar o nó na garganta, aliviar a dor e tentar não afundar no chão que parecia tentar lhe sugar.

- Meu amor, - Margareth lhe chamou - Não lute contra a dor. Chore e fale sobre o que sente. Já conversou com alguém? Fala comigo, então. Fala, quando você contém a dor dentro de si ela te corrói por dentro e te torna amargurado. Tire tudo. Conversa com sua mãe.

- Não há muito por falar porque ela não morreu. Tem que ter outra versão. Talvez... Talvez ela tenha pulado fora do carro a tempo, ou talvez nem estivesse lá, eu não sei... Mas eu não estou pronto para perdê-la.

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