33. Uma Simples Recepção - parte 2

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Bisht - capa vestida por árabes por cima do thobe (túnica).

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Moira se aproximou dele, desafiadora, e mirou-lhe igualmente nos olhos para frisar sua posição

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Moira se aproximou dele, desafiadora, e mirou-lhe igualmente nos olhos para frisar sua posição.

- Você não manda em mim, Colin. Tem que me dizer porquê, se quer que eu recue.

- Não me desafie, Moira. Não me faça perder a paciência.

- Estás a ser um sacana. Não podes gritar comigo e exigir que eu abandone meus projectos sem me dar satisfações. Não tens o direito de te impor nas minhas amizades por ser o meu irmão mais velho. Ahmed é uma pessoa incrível e nós só estávamos a buscar uma história boa quando falamos de Ariela, nenhum de nós levou a sério, por que fazes tanto caso disso?

- Porque não quero esses árabes mexendo com ela. Quero eles longe da minha família.

- Quando é para salvar a empresa da ruína não hesitas em mandar o Lupe atravessar oceanos para ter sua ajuda, mas agora que é o meu trabalho fazes uma cena?

- Você acha que iria pedir isso se não achasse que é perigoso?

- Então me explica onde está o perigo.

-Eu não posso, Moira. Pelo menos não agora.

- Pois então quando puder se explicar melhor nós poderemos iniciar esta conversa. Por já fingirei que nunca tivemos esta desagradável interacção. - disse a mais nova, determinada.

- Por que sempre tens de ser tão cabeça dura? - gritou-a, irritado.

- Por que sempre tens de ser tão mandão? - Moira gritou de volta.

Se desafiaram por meio de olhares e se deram as costas, contundidos.

Moira era casmurra demais, por isso as conversas com ela dificilmente terminavam na paz. E Colin... Colin era um impositor quando se via desafiado e se tratava de proteger os que amava.

E ele amava Ariela. Certamente era o luto a se sobrepôr á sua sensatez. Moira suspirou e virou-se para ele, enternecida.

- Olha, mano, eu não quero brigar contigo. Não é o momento para termos esta discussão, está bem? - ela disse, e se aproximou dele - Eu voltei de Riad para poder passar este momento doloroso ao teu lado. - E tomou a mão dele. - Eu estou devastada com isto tudo e preciso tanto de um abraço.

Moira caiu novamente no choro. O irmão também não podia manter seu fogo aceso por mais tempo. Se irritava com Moira por sua rebeldia, mas não conseguia ficar bravo com ela por muito tempo. Ela era sua menina, sua pequena. A amava demais e seu instinto de protegê-la era forte demais que se condenava logo a seguir por gritar com ela.

- Vem cá, pombinha. - Colin a abraçou - Você tem razão, me desculpe por gritar contigo e não chore tanto, por favor. Obrigado por estar aqui comigo.

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