42. Into the Woods

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Hope olhou para Rupert chocada. Como soube daquela história? Aquela era uma das coisas que mais a atormentava na vida e ele usar isso para a atingir era simplesmente devastador para ela.

- Você..

- Sim, detective, eu sei como descobrir coisas, mas para isso não preciso de ficar importunando as pessoas que estou a investigar - ele repisou - Você acha que está a fazer seu trabalho? Avante. Mas, pela última vez a aviso, faça-o longe de nós e, espero que da próxima vez que a vir, tenha algo baseado em mais do que sua intuição deficiente. Agora, por favor, tenha a gentileza de sair por onde entrou, a minha família precisa de sua paz de volta.

Hope teria amado conseguir reagir e rebater, mas de repente voltou a se sentir aquela policial novata que foi ingénua e cometeu um erro que acabou com a vida de um homem e sua família. Sentiu-se tão pequena e devastada como a policial cabisbaixa e chorona que se tornou depois. Quase desistiu do seu distintivo e perdeu o rumo, até que encontrou razões para continuar.

O caso de Ariela, representava apenas aquilo que jurou  fazer - proteger as pessoas de opressores, principalmente as mulheres. Odiou o olhar de pena de Ariela, o descaso e desprezo na aura inflamada de Rupert. Até a indiferença de Colin a feriu e saiu a fugir daquele lugar.

Ariela teve vontade de segui-la, mas Colin segurou sua mão com força dando sinal para não o fazer. Ela olhou para o cunhado a reprovar sua atitude. Não é certo resgatar os erros mais tenebrosos das pessoas simplesmente para os jogar ao alto e se sobressair numa situação, principalmente quando você não sabe o inferno pela qual a pessoa passou ou os fantasmas que enfrenta para continuar a viver.

- Isso foi horrível, Lupe! Não era preciso tanto - Ariela disse.

- Ariela, cunhada, os árabes estão aqui, e graças à nossa querida irmãzinha, eles podem saber quem você é. Então me desculpe se não estou mais com paciência de lidar com uma detective com síndrome de super heroína quando sequer entendo direito sobre os malditos acordos de escravidão por divida que te unem aos árabes.

- Está a nos ser difícil conseguir o decreto que regula a peonagem. Essa prática foi abolida há bastante tempo em favor dos direitos humanos, mas parece que os pouquíssimos países que resistiram a pressão das Nações Unidas têm versões mais diferenciadas das que conseguimos. Temos que ter a versão árabe para sabermos direito com que estamos a lidar e como te libertar disso - Colin explica.

- Pois, mas não é como se eu pudesse usar meu charme e pedir por uma cópia a eles. No entanto não se preocupe tanto com isso agora.Embora esteja a ser dificil, eu tenho um pessoal a tratar disso.

- Você tem razão, Lupe. Não devíamos ser distraídos do problema maior. Obrigada por tudo. - Ariela disse.

- Agradece a esse embuste que foi se apaifonar por ti quando ele mesmo gritava que sabia o que fazia. Era mais acabar com este falso casamento e te entregar aos árabes, mas enfim... Você é da família agora. E nós cuidamos um do outro, não importa o que esteja no meio. - disse o advogado e se despediu dos dois com abraços e saiu.

Depois que a equipe da televisão foi embora, Ariela e Colin saíram para caminhar pelo vasto bosque que tinham ao redor da casa, buscando encontrar paz em algum canto e se reconectarem

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Depois que a equipe da televisão foi embora, Ariela e Colin saíram para caminhar pelo vasto bosque que tinham ao redor da casa, buscando encontrar paz em algum canto e se reconectarem. Estavam juntos, mas entre a correria de justificar a morte falsa e a inverosimilhança de a ter de volta, não puderam ter um tempo sozinhos de verdade para poderem falar e se amar.

Era uma noite tranquila e fresca, aclareada pelo luar e havia estrelas a cobrir o céu. A frescura da noite cheirava a flores exóticas, e pequenos pontos de luz esverdeada se reflectia sobre as folhas das plantas conforme os vagalumes acendiam.

- Esta foi uma ideia maravilhosa.  Por que nunca fizemos isto antes? - perguntou Colin - Acho que nunca mais estive neste bosque depois de comprar a propriedade, se não para correr.

- Fala sério. Como pode alguém comprar um lugar destes e sequer usufruir dele? Vocês ricos são mesmo estranhos.

Ele arqueou as sobrancelhas e parou a caminhada.

- Somos estranhos?

- Totalmente. Vocês compram um monte de coisa que parecem não saber usar direito. Você sabe quanta coisa maravilhosa pode fazer aqui neste bosque?

- Por favor, senhora Vaughn, ilumina a mente pouco imaginária deste rico estranho.

Ariela sorriu e se aproximou mais do marido, colando seu corpo ao dele.

- Chame-me senhora Vaughn outra vez, por favor.

Colin sorriu em retorno e acariciou seu rosto, admirando a beleza dela. Claro que repetiria senhora Vaughn uma vez e infinitas mais porque lhe enchia de orgulho saber que ela era sua esposa. Sua mulher.

- Senhora Vaughn. Senhora Vaughn. Senhora Vaughn.

Satisfeita, Ariela beijou-lhe com ternura e depois lhe puxou até o lago. Era simplesmente encantador vê-lo de noite, com as águas azuis acinzentadas pelo encontro das luzes implantadas no interior com o luar.

Havia uma área limitada no início do lago onde a água era morna. Recuou vagarosamente para essa parte enquanto descalçava os sapatos e virou-se de costas e afastou o cabelo do pescoço para que Colin ajudasse a arriar o zíper do seu macacão e tirou-o todo. Era um convite claro para o que vinha a seguir.

Colin apreciou-a por um tempo, passou seus dedos suavemente por cada tatuagem desenhada na sua pele e a beijou. Ela lhe ajudou a tirar sua roupa também e passou suas mãos pelo tronco nu dele. Beijou seu peito com veneração e sentiu-lhe pressiona-la mais a ele como se fossem fundir seus corpos.

- Promete para mim que não vai mais desaparecer assim. Não quero mais sentir o que senti ao te perder, Ari.

Olhou para ele e podia ver a súplica em seus olhos.

- Nunca mais. Prometo, meu amor.

Ele passou a mão pela cabeça dela e tirou a peruca que ela trazia. Acariciou o cabelo escuro e sorriu para ela.

- Não tens que te adornar quando estivermos sozinhos, a não ser que gostes assim. Eu sei quem tu és. E te aceito com qualquer aparência.  - ele disse.

- Amo-te, Colin. - ela disse e antes que ele pudesse prever, Ariela assumiu a Tala em si e lhe empurrou para o lago e saltou para dentro logo em seguida. Mostrou para o milionário como se divertir naquele lugar de todas as formas conforme sonhava nos dias em que vagava sozinha no bosque.💐

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Um sonho Para MimWhere stories live. Discover now