42. Into the Woods

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- Você está bem, amor?

Ariela sorriu com fraqueza e abraçou-lhe o quadril. Repousou sua cabeça no peito dele como uma criança assustada que finalmente encontra abrigo e segurança no colo da mãe. Fechou os olhos e inalou o aroma do seu perfume amadeirado, sua fragrância era leve e um pouco complexa, no entanto,  era também refrescante - combinava totalmente com a personalidade do dono. Já se sentia bem naquele momento, com ele ao seu lado. De alguma forma mágica a presença dele afastava suas dúvidas e dessabores.

Sua vida nunca foi fácil, e depois do casamento só piorou ao carregar o peso de ser parte da família Vaughn e ter a atenção do mundo todo em si. Com os tormentos e segredos da sua vida, esse fardo vinha múltiplas vezes mais pesado, mas qualquer sacrifício valia a pena se a mantivesse onde estava. Nos braços do homem que amava daquela forma.

- Sinto muito por te colocar nesta situação, Ari. - ele sabia também o quanto estava a exigir da sua esposa. Desde o dia em que a propôs casamento, a submeteu a essa vida teatral. Achou que assumindo seu amor um pelo outro tudo acabava, mas não podia estar mais enganado e isso lhe afligia a alma.

- Coração, eu sou a causa de tudo isto. Sou eu quem sente muito por te arrastar nisto e instigar teu lado de mestre das mentiras.

- Tens razão. És o diabo aqui.

Sorriram ambos, e a descontração terminou quando Hope chegou junto deles.

- Me desculpem por interromper - disse a detective - Ariela Smoak?

Ariela virou-se para ela e a reconheceu da reportagem que viu no aeroporto e a fez desistir da viagem. Ela acusou Colin de mata-la, não gostava dela. Olhou para o marido e viu a rigidez do seu semblante a olhar para a policial.

- É Ariela Vaughn, por favor. - corrigiu e se juntou mais a Colin, lhe envolvendo com o braço no quadril tal como ele havia feito com ela antes.

Hope acenou, notando a postura defensiva dela, e virou-se para saudar Colin, de quem recebeu um retorno frio, deixando claro como não era bem-vinda.

- Amor, você conhece a detective Dawson? Ela tinha teorias bem criativas sobre a nossa relação e sobre como eu era culpado da tua morte. - ele diz.

- Ah sim. Ouvi bastabte sobre suas declarações, detective. Acho que agora deve um pedido de desculpas ao meu marido por tamanho absurdo.

- Oh, não me parece que isso vá acontecer - disse Rupert a se juntar a eles - a detective Hope Dawson aqui não acredita em palavra alguma do que disseram. Para ela, tudo não passa de uma farsa que obrigados Ariela a actuar.

- Isso é realmente surpreendente. Por que acharia isso? Você não me conhece, e acho que nao conhece nenhum de nós ala da media. Tem algum problema connosco, detective? - Ariela perguntou.

- Digamos que eu tenha um instinto especial próprio para detectar mentiras e algo me diz que você, Ariela Smoak, contou uma história que os irmãos Vaughn e Sanderson inventaram, ou então que aquela mocinha das relações públicas mandou contar.

Ariela sorriu como se ouvisse o maior absurdo da vida.

- Devia escrever ficção. Sua cabeça tem muita fantasia a rolar.

- Um sexto sentido de detective, eu creio. -Rupert interveio - Ela é tão boa com esse sentido que colocou um homem inocente na cadeia por dois anos bem no seu primeiro caso, e adivinhem como terminou. Quando se provou que este era inocente e ia ser libertado, o homem foi assassinado na sua última noite na prisão. Se eu fosse você, nunca mais confiava nessa intuição, detective.

Um sonho Para MimWhere stories live. Discover now