Capítulo 61- A promessa de uma vida

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- Na verdade, eu não estou com fome, mas posso pedir para trazerem algo para o quarto se quiser. - Anne respondeu, se virando completamente para ele, jogando seus braços em volta do pescoço dele, e esmagando seus seios nus contra a parede de músculos do peito dele.

- Você é tão tentadora. Srta. Cuthbert. - ele disse com suas mãos descendo pelas costas dela. - Mal consigo manter meu corpo longe do seu.

- E você acha que não me provoca, Dr. Blythe? Acha que é fácil resistir quando eu o tenho todo lindo e nu em minha cama?

- Por que quer resistir? - ele disse, as mãos descendo para as coxas dela, fazendo Anne sentir uma trilha de fogo por todo o caminho que os dedos dele a tocavam.

- Eu não quero, mas preciso. – ela respondeu respirando fundo. Deus! Gilbert a deixava louca.

- Precisa? - ele perguntou tocando-a mais intimamente, fazendo-a arfar.

- Gil...- ela gemeu sem conseguir responder ao que ele perguntara.

- Diz o que quer, anjo ruivo. - a voz rouca dele era um estimulante para o calor que subia de seu baixo ventre, e se espalhava por cada fibra de seu corpo. Aquilo seria um castigo por ter se afastado dele por algumas horas? Porque se fosse, ela precisa da libertação que apenas encontraria nas mãos de Gilbert Blythe.

- Eu quero...- ele beijava seu pescoço, descendo para seus seios. Se era difícil respirar antes, agora ofegava por ar.

- Você quer...- ele disse baixinho, deixando-a por cima de seu corpo.

- Eu quero você. – ela terminou entre um beijo e outro que fazia seu sangue ferver.

O beijo agora era selvagem e sem nenhuma delicadeza. Eles estavam de novo no auge do desejo e o suor descia por seus corpos intensificando as carícias que se perdiam entre os murmúrios de suas bocas. Quando estavam quase rendidos as suas próprias vontades, uma batida interrompeu o momento, fazendo Anne bufar e Gilbert olhar para ela com um sorriso:

- Acho que o nosso jantar chegou. - Anne apenas acenou com a cabeça tentando se recompor. Aqueles momentos com Gilbert sugavam todas as suas energias, e apesar de ter ficado frustrada com a intromissão, ela sabia que precisavam se alimentar. Estavam a horas naquele quarto, sobrevivendo de amor e mais nada, e tanto ela quanto seu noivo precisavam se controlar um pouco mais. Porém, todo ardor entre eles naquela tarde tivera origem da tensão que sofreram por toda a situação em sim, e o medo de se perderem um do outro de novo. Por isso, Anne tivera que provar cada pedacinho de Gilbert para ter certeza que ela estava mesmo ali, e que não era apenas uma miragem. Era tanto fogo que ela mesma não se reconhecia. Era uma faceta sua que estava aprendendo a conhecer agora. Contudo, Gilbert era o responsável por ela não conseguir se conter, ele despertava aquele furor dentro dela sempre que a tocava, e ela tinha que admitir que um furação era mais calmo que seu desejo por Gilbert.

Antes de terem aquele relacionamento tão íntimo, Anne imaginara que fazer amor com ele seria bom, mas sua imaginação não conseguira chegar nem perto do terremoto que o jovem doutor causava em todas as suas estruturas. Ela era incrivelmente bom com as palavras, sem contar que aquela boca a deixava igualmente perdida. Mesmo que quisesse, como poderia resistir à linguagem de seus corpos que se queriam daquela maneira tão intensa? Ela se lembrava bem do início quando fora para Avonlea, e o reencontrara, o quanto quisera fugir da atração que sempre sentira por ele, mas, que aumentara perigosamente com o tempo. O Gilbert adolescente tinha o poder de deixá-la ruborizada com algum elogio e com alguns beijos inocentes. Porém, o Gilbert adulto tinha charme de sobra, sensualidade até mesmo na hora de sorrir, e aquele olhar a condenava ao inferno de sensações mandando-a direto para o purgatório onde a sua pena era se queimar completamente naquele calor que não se saciava nunca.

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now