Capítulo 94- Sob o mesmo céu

220 17 42
                                    


Olá, pessoal. Embora eu tenha me esforçado muito para escrever esse capítulo, não posso dizer que ficou como eu desejava, mas, espero que vocês possam apreciar pelo menos a leitura caso não  seja o que estão esperando. Essa semana foi difícil, então, me perdoem. Eu nunca falei isso aqui porque não achei que fosse necessário, mas, enfim, pensei que dessa vez tinha que falar. Eu lido com uma doença grave faz anos, e embora eu consiga controlá-la na maior parte do tempo, tem momentos que me fragilizo, por isso, acabo ficando de humor instável às vezes, e aí começo a achar que tudo que faço não está bom, e hoje é um desses momentos Então, perdão por qualquer erro ortográfico ou incoerência. Vou corrigir depois..Obrigada por tudo. Beijos.


GILBERT

Uma leve respiração em seu pescoço fez Gilbert abrir os olhos, e se lembrar de quem estava com ele na cama. A princípio ele pensara ser sua imaginação brincando com ele, por desejar tanto aquilo nos últimos dias que aquela carícia morna mais parecia um sonho maravilhoso. Ele abriu os olhos com medo de despertar e toda a sensação boa que sentia por dentro fosse embora, e ele tornasse a se ver sozinho novamente com um vazio imenso dentro do peito que o fazia ter vontade de chorar.

Mas, para sua alegria interna lá estava ela, sua Anne, deitada com seus cabelos ruivos magníficos espalhados pelo ombro dele como se fossem o próprio sol a lhe desejar bom dia. Ela era a personificação de tudo que ele achava mais perfeito no mundo, e até aquela minúscula sarda na pontinha do seu nariz que mal dava para notar, ele amava de coração. Anne parecia tão confortável em seus braços. Sua respiração era tranquila, seu rosto, mesmo dormindo parecia mais feliz do que quando estava acordada naqueles dias em que ele tivera que lutar contra suas frequentes crises de mau humor.

Ele não pode deixar de notar com certo pesar, as linhas escuras em volta dos olhos dela, que denotavam que ela estava tendo uma qualidade de sono ruim, e Gilbert se sentiu mais uma vez responsável pela insônia de sua esposa. Ela também perdera peso, isso ele podia perceber pelo formato de seu rosto mais fino, que semanas antes exibiam bochechas mais cheias e um rosado natural.

Aquele mal-entendido estava custando demais aos dois, e ele esperava que pudessem resolvê-lo o quanto antes. Ele não queria pressioná-la a nada, por isso mesmo ele viera para aquele hotel em uma tentativa de fazer com que os pensamentos de ambos se tornassem mais claros, pudessem dessa forma colocar um fim em toda aquela situação. Era difícil ficar longe dela, e especialmente naquele momento, ele podia constatar aquilo com toda clareza, porém, ele continuava a pensar que era melhor ficar afastado por um tempo, porque ele não suportaria viver mais nem um dia sob aquele clima tenso, enquanto ela não cedesse e o perdoasse, ele também não cederia. Não queria se sentir culpado todo o tempo, ou fingir que a indiferença de Anne não o incomodava. Ele queria voltar para casa, mas não como um visitante ou hóspede temporário. Ele queria tudo dela ou então não teria nada, pois ele não aceitava menos do que tinham a um mês atrás.

Gilbert pensou em se levantar, embora não quisesse perder aquele momento com Anne tão especial que não tinha a dias, mas, ambos precisavam comer, por isso, sua ideia foi pedir o café da manhã antes que ela despertasse, mas, foi só ele se afastar do corpo dela para se por de pé que Anne abriu os olhos e o encarou longamente dizendo:

- Bom dia.

- Bom dia. - Gilbert respondeu sentindo o calor da mão dela em seu peito, onde ficara a noite toda, e de onde ela não parecia ter intenção nenhuma de retirá-la.

- Está mais calma? - ele se virou para ela de novo e ficaram se olhando como se fosse a primeira vez que fizessem isso.

- Estou sim. - ela respondeu brincando com os pelos do peito dele, mas sem deixar que seus olhos escorregassem para outra parte qualquer que não fosse o rosto dele.

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now