Capítulo 105- Amor de mãe

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 Olá pessoal. Desculpem-me a demorar em atualizar o capítulo. Ando meio desanimada, mas, prometo que continuarei escrevendo todas as fics todas as semanas, pois isso me ajuda muito a esquecer os meus problemas. Esse capítulo ficou intenso para mim em níveis de sentimentos, e por isso, eu espero pelos comentários de vocês para que eu possa continuar escrevendo sempre com muita inspiração e amor. Beijos. Desculpem qualquer erro ortográfico que eu tenha deixado passar. Beijos. Rosana.

ANNE

A ferida estava de novo aberta, e Anne tentou não demonstrar, mas, Gilbert a conhecia bem demais, e ela pôde ver no rosto dele a compaixão, o carinho e sobretudo amor. E foi ali que ela envolveu sua dor, a angústia de uma vida inteira, foi ali que ela permitiu que seu marido visse a sua completa vulnerabilidade, e que lhe oferecesse o bálsamo dos seus carinhos.

Fazia muito tempo que Anne não pensava nisso, pois era uma parte complicada de sua vida na qual enterrara fundo dentro de seu coração. A rejeição e o abandono de sua mãe deixaram sua alma marcada, mesmo que ela fizesse de tudo para não demonstrar, e por um bom tempo, ela fingira tão bem que até ela acreditara que aquilo tudo não mais a atingisse, e no entanto, bastou aquela carta para que ela percebesse que ela construíra um castelo de areia em cima de seus sentimentos, e com a primeira lufada de vento ele foi ao chão, e seu único apoio naquele vendaval de emoções era o homem que a abraçava e beijava seus cabelos, enquanto um mundo de lágrimas rolavam por seu rosto.

- Você está bem? - Gilbert perguntou preocupado.

- Eu não sei. - ela respondeu com sinceridade. Tudo o que sabia era que a dor era imensa, e por ser tão grande, ela não conseguia identificar qual parte sua doía mais.

- Desabafa, amor. Vai ser melhor. - Gilbert disse acariciando suas costas.

- Não consigo. Eu não saberia por onde começar. – ela disse tentando enxugar os olhos com o dorso das mãos

- Você ainda não leu a carta. Não acha que seria uma boa ideia dar uma olhada em seu conteúdo? - Gilbert perguntou com cuidado, talvez temendo uma resposta mais brusca à sua pergunta.

- Nada do que essa mulher queria me dizer me interessa. - Anne disse em um tom baixo e controlado.

- Querida, eu sei o quanto está sendo difícil para você essa situação, mas, não acha que ignorar a carta que sua mãe lhe enviou possa lhe causar algum arrependimento depois? - o toque dele em seu cabelos era tão bom, que Anne desejou ficar nos braços dele para sempre e esquecer que fora daquele quarto havia problemas e situações nas quais não desejava pensar.

- Eu não vou ler essa carta, Gil. Será que não podemos fingir que ela nunca existiu?

- Fingir que algo não existe não quer dizer que vai parar de nos assombrar. - ele disse beijando o topo da sua cabeça

- Eu vivi bem até hoje sem ter notícias dessa mulher, e acho que posso continuar assim pelo resto da minha vida. - ela disse com teimosia.

- Mas, se isso ainda te machuca não devia ser ignorado. – Gilbert se sentou na cama e puxou Anne para seu colo que se acomodou de maneira que pudesse ficar ainda mais agarrada a ele. Gilbert era seu porto seguro, e sem ele perderia sua direção facilmente.

- É justamente por isso que não quero ler essa carta. Depois de todos esses anos o que ela pode ter para me dizer? Ela me abandonou, Gil, e eu não quero ter nenhum contato com essa mulher. – Anne respondeu ainda chorando, fazendo Gilbert beijá-la na testa com carinho.

- Não quero te ver assim, meu anjo. Eu faria qualquer coisa para que você não se sentisse magoada dessa maneira.

- Não é culpa sua o que aconteceu comigo na minha infância, Gil. Desde que te conheci você esteve do meu lado e quando não pôde estar foi por minha culpa. Você é a uma das pessoas mais importantes do mundo para mim. Obrigada por mais uma vez estar aqui e segurar em minha mão. - Anne disse tocando o rosto de Gilbert com carinho.

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now