Olá, leitores. Espero que gostem desse capítulo. Espero que comentem e digam o que acharam, pois isso me anima sempre. Desculpem pelos erros ortográficos. Beijos, e muito obrigada.
ANNE
O ar frio da cozinha atingiu Anne em cheio. Ela não conseguia se mexer, e suas mãos agarravam o telefone com tanta força que parecia que iria parti-lo ao meio, enquanto chamava o nome de Gilbert sem parar sem receber resposta nenhuma. Ela fechou os olhos rezando para que o que sua mente estava imaginando não fosse verdade, e começou a tremer violentamente, percebendo que não conseguiria se manter em pé por muito tempo. Por isso, ela cambaleou até a sala sentando-se em seu sofá de couro macio, enquanto as lágrimas de angústia começaram a rolar.
Ela precisava ouvir a voz de Gilbert e saber se ele estava bem. Ela precisava que ele estivesse bem ou ela enlouqueceria de dor, por isso, ela discou o número do celular dele esperando ansiosamente que ele atendesse, e dissesse que a linha do telefone tinha caído, e por essa razão, ele não atendera. Porém, ela ouviu o toque do outro lado até que caiu na caixa postal e o silêncio aterrorizante fez tudo ao redor de Anne girar. Ela fechou os olhos de novo, esperando que a sensação de tontura passasse e ela conseguisse raciocinar melhor. Em seguida, mil pensamentos atropelaram sua mente novamente, exigindo que ela tomasse uma atitude ao invés de se entregar ao desespero, sem ter a menor ideia do que tinha acontecido.
Porém, o que ela deveria fazer? Para onde deveria ir? Gilbert não lhe dissera onde ele estava quando ligou minutos atrás, e ela não sabia por onde começar a procurar. A imagem de Cole surgiu em sua mente e Anne imediatamente discou o número do amigo, rezando para que ele atendesse e viesse socorrê-la ou estaria perdida.
- Alo. - ela ouviu Cole dizer, e ela respondeu com a fala apressada querendo explicar para o rapaz o que tinha acontecido, ao mesmo tempo em que pedia socorro para si mesma e para Gilbert. Entretanto, em seu nervosismo as palavras soaram incoerentes para Cole que logo a interrompeu dizendo:
- Anne, você está em casa?
- Sim. - ela respondeu com a voz embargada.
- Estou indo ai agora. Me espere. – ela apenas concordou com a voz quase inaudível, e então ele desligou.
Anne recostou a cabeça nas almofadas que estavam em cima do sofá, pensou em Gilbert horas antes com ela naquele apartamento, e começou a chorar sem parar. Ela desejou que ele ainda estivesse ali com ela para que pudesse abraçá-lo como antes. Seu peito doía de apreensão, assim como sua cabeça que não parava de lhe trazer imagens dele sorrindo para ela, beijando-a com paixão, dizendo a todos momento com seus olhos, seu toque, sua voz o quanto a amava, fazendo-a sentir que a vida valia a pena, porque ele estava ali com ela, e sem ele seu coração murcharia até morrer. Por que não dissera a ele mais vezes que o amava? Por que preferira guardar o tamanho do seu sentimento dentro de si para somente revelá-lo nos momentos mais especiais? Anne se lembrou do que uma amiga sua lhe dissera uma vez, que quando ela amasse alguém de verdade para não ter medo de dizer à essa pessoa como se sentia, porque talvez ela não tivesse uma oportunidade melhor no dia seguinte. E ela se recriminava por não ter feito exatamente isso quando Gilbert lhe contara sobre Sarah, e quando fizeram amor depois de dias sem se verem, ela poderia ter revelado a Gilbert o quanto ele era importante em sua vida, mas, não o fizera, porque pensara que teria tempo para isso depois.
E se não tivesse mais tempo? E se ela o perdesse? E se ele não mais voltasse? Pare! ela gritou e só percebeu que fez isso em voz alta, quando suas palavras ecoaram pela sala toda. Ela tinha que parar de pensar daquela maneira. Não sabia o que tinha acontecido, e nem se Gilbert estava ferido, ou mesmo se ele tinha se envolvido em um acidente de alguma forma. Anne estava sendo influenciada por seus sonhos, e por aqueles pensamentos atormentadores que a faziam esperar pelo pior. O melhor que tinha a fazer era se acalmar, e aguardar pela chegada de Cole, pois o amigo saberia o que fazer para ajudá-la, ele sempre sabia.
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Anne with an e- Corações em jogo
FanfictionAnne Shirley Cuthbert foi abandonada ao nascer em um orfanato por sua mãe biológica, mas ela nunca deixou de acreditar que sua vida mudaria. Aos nove anos de idade foi adotada por dois irmãos que a amaram desde o primeiro momento, e a levam para mor...