Capítulo 60- Lar

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Olá, leitores. Espero que gostem desse capítulo. Espero que comentem e digam o que acharam, pois isso me anima sempre. Desculpem pelos erros ortográficos. Beijos, e muito obrigada.

ANNE

O ar frio da cozinha atingiu Anne em cheio. Ela não conseguia se mexer, e suas mãos agarravam o telefone com tanta força que parecia que iria parti-lo ao meio, enquanto chamava o nome de Gilbert sem parar sem receber resposta nenhuma. Ela fechou os olhos rezando para que o que sua mente estava imaginando não fosse verdade, e começou a tremer violentamente, percebendo que não conseguiria se manter em pé por muito tempo. Por isso, ela cambaleou até a sala sentando-se em seu sofá de couro macio, enquanto as lágrimas de angústia começaram a rolar.

Ela precisava ouvir a voz de Gilbert e saber se ele estava bem. Ela precisava que ele estivesse bem ou ela enlouqueceria de dor, por isso, ela discou o número do celular dele esperando ansiosamente que ele atendesse, e dissesse que a linha do telefone tinha caído, e por essa razão, ele não atendera. Porém, ela ouviu o toque do outro lado até que caiu na caixa postal e o silêncio aterrorizante fez tudo ao redor de Anne girar. Ela fechou os olhos de novo, esperando que a sensação de tontura passasse e ela conseguisse raciocinar melhor. Em seguida, mil pensamentos atropelaram sua mente novamente, exigindo que ela tomasse uma atitude ao invés de se entregar ao desespero, sem ter a menor ideia do que tinha acontecido.

Porém, o que ela deveria fazer? Para onde deveria ir? Gilbert não lhe dissera onde ele estava quando ligou minutos atrás, e ela não sabia por onde começar a procurar. A imagem de Cole surgiu em sua mente e Anne imediatamente discou o número do amigo, rezando para que ele atendesse e viesse socorrê-la ou estaria perdida.

- Alo. - ela ouviu Cole dizer, e ela respondeu com a fala apressada querendo explicar para o rapaz o que tinha acontecido, ao mesmo tempo em que pedia socorro para si mesma e para Gilbert. Entretanto, em seu nervosismo as palavras soaram incoerentes para Cole que logo a interrompeu dizendo:

- Anne, você está em casa?

- Sim. - ela respondeu com a voz embargada.

- Estou indo ai agora. Me espere. – ela apenas concordou com a voz quase inaudível, e então ele desligou.

Anne recostou a cabeça nas almofadas que estavam em cima do sofá, pensou em Gilbert horas antes com ela naquele apartamento, e começou a chorar sem parar. Ela desejou que ele ainda estivesse ali com ela para que pudesse abraçá-lo como antes. Seu peito doía de apreensão, assim como sua cabeça que não parava de lhe trazer imagens dele sorrindo para ela, beijando-a com paixão, dizendo a todos momento com seus olhos, seu toque, sua voz o quanto a amava, fazendo-a sentir que a vida valia a pena, porque ele estava ali com ela, e sem ele seu coração murcharia até morrer. Por que não dissera a ele mais vezes que o amava? Por que preferira guardar o tamanho do seu sentimento dentro de si para somente revelá-lo nos momentos mais especiais? Anne se lembrou do que uma amiga sua lhe dissera uma vez, que quando ela amasse alguém de verdade para não ter medo de dizer à essa pessoa como se sentia, porque talvez ela não tivesse uma oportunidade melhor no dia seguinte. E ela se recriminava por não ter feito exatamente isso quando Gilbert lhe contara sobre Sarah, e quando fizeram amor depois de dias sem se verem, ela poderia ter revelado a Gilbert o quanto ele era importante em sua vida, mas, não o fizera, porque pensara que teria tempo para isso depois.

E se não tivesse mais tempo? E se ela o perdesse? E se ele não mais voltasse? Pare! ela gritou e só percebeu que fez isso em voz alta, quando suas palavras ecoaram pela sala toda. Ela tinha que parar de pensar daquela maneira. Não sabia o que tinha acontecido, e nem se Gilbert estava ferido, ou mesmo se ele tinha se envolvido em um acidente de alguma forma. Anne estava sendo influenciada por seus sonhos, e por aqueles pensamentos atormentadores que a faziam esperar pelo pior. O melhor que tinha a fazer era se acalmar, e aguardar pela chegada de Cole, pois o amigo saberia o que fazer para ajudá-la, ele sempre sabia.

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now