Capítulo 100- Garota Extraordinária

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Olá, pessoal, Desculpem-me a demora do capítulo. Espero que gostem e me deixem seus comentários. Obrigada por tudo. Beijos.

GILBERT

O líquido vermelho entre seus dedos só podia significar uma coisa. Anne estava ferida, e ele precisava levá-la para o hospital, mas, o choque parecia ter paralisado seus reflexos mais imediatos, pois Gilbert olhava para a mulher em seus braços que não emitia nem um som, pois tinha desmaiado e seu desespero se tornou maior.

Ele nem percebeu que Peter Bells tinha ficado parado no mesmo lugar, com a arma ainda em mãos, porém o cano dela estava virado para o chão enquanto ele próprio observava a cena de Gilbert amparando Anne, como se não acreditasse no que acabara de fazer. Os seguranças do hospital chegaram correndo, pois o barulho do tiro atraíra sua atenção. Peter foi rendido, enquanto a polícia era chamada, e também o socorro para Anne que chegou em menos de cinco minutos devido a gravidade da situação.

Tudo aquilo Gilbert não percebeu, pois seus pensamentos viajavam de Anne para os bebês. Ele sabia que tinha que tomar uma atitude, mas, seu corpo se recusava a reagir, enquanto uma sensação horrível o fazia o pensar que estava perdendo as três pessoas que mais amava naquele mundo. A ambulância foi estacionada bem ao lado de onde Gilbert estava sentado no chão com a cabeça de sua esposa em seu colo. Um enfermeiro se aproximou e disse:

- Dr. Blythe? Precisamos levar sua esposa para o hospital.- Gilbert começou a chorar incapaz de deixar que a tirassem de seus braços, pois era como se a deixasse ir, ele a perderia de vez. Com muito custo, Anne foi colocada na maca dentro da ambulância, e Gilbert foi junto com ela, segurando em sua mão e rezando para que chegassem a tempo. Ele não sabia ainda da gravidade do tiro que ela levara, mas, imaginava que pelo local onde ela fora atingida, o ferimento não era algo simples. O que o preocupava era a palidez excessiva de Anne que parecia piorar a cada segundo, e tinha ainda a vida dos bebês para considerar.

Eles chegaram ao hospital rapidamente, pois felizmente o estacionamento onde a tal fatalidade acontecera ficava bem próximo a recepção principal, assim Anne foi encaminhada para a emergência. Por ser a ginecologista de Anne, Gabriela foi chamada e Daniel veio junto para tentar entender o que tinha acontecido. Quando chegaram a recepção, eles encontraram Gilbert completamente desnorteado, e ele lhes contou tudo o que tinha acontecido.

- Meu Deus, Gilbert. Os bebês!- Gabriela disse sentindo a tensão de seu amigo aumentar. Até aquele momento, ele evitara de pensar muito em seus dois cristaizinhos, que assim como a mãe deles estavam lutando pela vida. Mas, agora, com a realidade sendo cruelmente exposta na sua cara, ele não podia mais ignorar aquilo, e sua dor foi tanta que tornava-se até difícil de respirar.

- Calma, amigo. Vamos fazer de tudo para salvá-la e aos bebês.- Daniel disse ao ver o rosto quase cinzento do amigo piorar a cada segundo.

- Você sabe que teremos que fazer um parto prematuro ou os bebês poderão morrer.- Gilbert assentiu, e ela continuou.- Vou para a sala de emergência agora mesmo.- ela disse deixando Gilbert em companhia de Daniel.

Um minuto depois, um dos médicos que estava cuidando de Anne apareceu e disse a Gilbert:

- Dr. Blythe precisamos de sua experiência nesse caso. Peço que me acompanhe até a sala de cirurgia.- Gilbert olhou para Daniel com os olhos assustados sem saber o que responder. Ele não podia se recusar a ir ver o paciente, pois ele como cirurgião do hospital tinha por obrigação usar de toda sua experiência para salvar a vida de quem quer que fosse. Contudo, a paciente em questão era o amor de sua vida, a mãe de seus filhos , e ele não sabia se tinha controle emocional para participar da cirurgia da retirada da bala da região atingida. Em completa agonia, ele perguntou ao amigo:

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now