Capítulo 42- Tudo o que existe entre nós

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 Olá. Espero que gostem deste capítulo e  me enviem seus comentários me dizendo o qu acharam. Beijos.

Nenhum ruído se ouvia a não ser o tique taque do relógio da sala de estar de seu apartamento, quando Anne encarava Gilbert parado bem na sua porta. Seus olhos correram por todo corpo dele, desde os cabelos mais comprido e cacheados até os seus pés calçados por mocassins elegantes e macios. A camisa branca fazia maravilhas sobre sua pele morena que permanecia bronzeada, mesmo depois de ter ficado meses sem se expor ao sol, e a calça jeans preta que ele usava realçada seus quadris masculinos e pernas musculosas e fortes. Como ele se atrevia a aparecer na sua frente oito meses depois ainda mais lindo que antes? Santo Deus! Não havia nada de imperfeito no corpo daquele homem? E aquele maldito sorriso que a amolecia toda por dentro? Ela não merecia aquele ataque de sensualidade àquela hora da noite, quando estava tão carente e saudosa dele. Seu cérebro começou lhe enviar mensagens atrevidas e completamente eróticas, enquanto ela se via se agarrando naquele pescoço, puxando-o para dentro de seu apartamento e matando aquela vontade que tinha de beijá-lo a noite inteira.

Mas, então ela percebeu o teor de seus pensamentos, e gritou com seu próprio cérebro irritada por submetê-la aquela tortura, e odiou sua fraqueza momentânea que fazia com que se comportasse feito uma idiota, e não conseguia tirar os olhos daquele rosto que parecia se divertir com sua confusão.

- Não.me convida para entrar? – Anne quase gritou ao ver até onde o cinismo de Gilbert Blythe conseguia chegar. Ele fora embora por oito meses, e durante um bom tempo nem sequer lhe mandara notícias, e agora esperava que ela o recebesse de braços abertos? Se ele estava pensando que teria um corpo quente em sua cama aquela noite, ele estava muito enganado.

- Não, não te convido para entrar. Vá embora, Gilbert. - ela disse com a voz zangada. Mas, ele não deu nenhuma indicação que ia atendê-la.

- Anne, precisamos conversar. - Gilbert insistiu.

- Você ficou quatro meses sem sequer me mandar uma mensagem, e agora quer falar comigo? Quem pensa que sou, Gilbert? Alguma idiota?

- Querida, eu tive meus motivos. Eu juro. - o coração de Anne pareceu bombear o sangue mais rápido em seu peito ao ouvi-lo falar a palavra querida, pois Gilbert tinha um jeito especial de falar assim com ela que a desarmava, mas ela não ia deixar aquilo acontecer daquela vez.

- Eu não quero saber os seus motivos. Nada do que disser vai mudar o fato de que você jogou fora tudo o que vivemos por causa dessa viagem que fez. Acha que posso perdoá-lo? – Por que ele não parava de olhar para ela daquele jeito? E por que ela-se deixava afetar por aquele olhar? Oito meses sem vê-lo não fizera nada bem para sua saudade, pois o corpo dela gritava pelo toque dele, e ela precisava fugir daqueles olhos, ou se perderia neles sem pensar. Anne deu as costas para Gilbert, e disse com a voz firme. – Eu quero que vá embora agora, por favor. - Anne pensou que ele tivesse ido, pois nenhuma palavra saiu dos lábios dele, mas quando pensou que poderia respirar aliviada, braços masculinos estavam em sua cintura, e os lábios dele estavam em seus cabelos. Anne sentiu um bolo em seu estômago, enquanto sensações familiares tomavam conta dela. A voz de Gilbert soou quente demais em seus ouvidos, e enquanto ela lutava contra o desejo de se virar e beijá-lo com queria, ele disse:

- Estava com tanta saudades do seu cheiro. Nenhuma mulher que conheci tem esse seu perfume maravilhoso. E esse cabelo ruivo brilhante que me lembra as folhas de outono caindo das árvores é mais raro ainda de se encontrar. Preciso tanto de você, meu amor, esses oito meses foram uma tortura sem você. – Tortura? E o que ele estava fazendo com ela que nome tinha? Anne quase chorou ao perceber que seu amor por ele continuava igual. Toda aquela distância que Gilbert colocara entre eles não fora o bastante para matar como ela se sentia por dentro. Ela o amaldiçoou por conhecê-la tão bem, pois Gilbert estava utilizando todos os artifícios para enfraquecer sua vontade, fazê-la mudar de ideia e aceitá-lo de volta, e Anne não podia deixar aquilo acontecer, seria humilhante para ela se cedesse, não podia permitir que ele brincasse assim com seus sentimentos. Mas seus sentidos não lhe davam ouvidos, e seu coração cantava uma música diferente, os lábios dele já estavam atrás de sua orelha, ela queria resistir, mas não havia ali nada ao seu favor.

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now