Capítulo 43- Como no princípio

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Olá, queridos leitores mais um capítulo para alegrar seu dia em épocas tão difíceis que estamos vivendo. Espero pelos comentários, e peço que relevem os erros ortográficos, pois escrevi de madrugada e quando puder eu edito. Beijos.


GILBERT

Gilbert olhava a janela do apartamento da Anne cuja luz ainda se mantinha acesa, e sentiu uma vontade imensa de subir até o andar onde ela vivia, bater em sua porta e verificar se ela teria coragem de se recusar a falar com ele quando estivessem cara a cara, mas balançou a cabeça e mudou de ideia novamente. Fazia quase uma semana que ele realizava o mesmo trajeto. Assim que escurecia, ele pegava um táxi, descia em frente do edifício de Anne, e ficava esperando-a chegar do trabalho exatamente às 5:30 da tarde. Em seguida, ficava observando-a cumprimentar o porteiro com seu sorriso deslumbrante, subir as escadas, sem paciência para esperar pelo elevador e desaparecer de seu campo de visão deixando seu coração entristecido.

Aquilo estava se tornando um hábito, ou talvez um vício fosse a palavra correta para seu comportamento que não era nada convencional para um cirurgião experiente como ele. Mas a verdade era que quando se tratava de Anne fazia coisas como se fosse um adolescente de quinze anos e não um homem de vinte quatro.

Mas, a culpa era de Anne se ele aparecia ali todos os dias no mesmo horário, tentando encontrar um meio de se aproximar dela, pois esgotara todas as suas tentativa de fazê-la ouvi-lo. Ela não respondia às suas mensagens, bloqueara seu telefone, também não lia os e-mails que lhe enviara diversas vezes, e a única coisa que restara fora esperar fora do apartamento dela feito um idiota apaixonado que não conseguia mais se concentrar em coisa alguma que não fosse reconquistá-la.

Ela o vinha cozinhando em banho Maria, como se pretendesse mantê-lo a distância segura de seu coração, brincando com suas emoções, levando-o ao limite de sua paciência e fazendo-o tomar de um remédio difícil demais de engolir, por que cada vez que Gilbert via Anne nos braços daquele homem que sequer sabia o nome, ele sentia o ciúme corroer cada pedaço do seu autocontrole, e se afastava antes que sua raiva fosse maior que seu lado civilizado, levando-o a cometer uma besteira desnecessária. O problema era que Anne Shirley Cuthbert era uma pedra no seu sapato, um desejo inacabado, uma obsessão antiga que o acompanhava desde sua tenra infância. Gilbert não escolheu amá-la, fora escolhido, ele não pretendia deseja-la daquele jeito, mas quem conseguia convencer seu coração do contrário? Dizer que era perda de tempo, que estava dando murro em ponta de faca, que estava se magoando por causa de uma mulher que não lhe dava trégua nenhuma, com quem não conseguia mais falar, pois o considerava persona non grata era inútil. .

Gilbert sabia que estava sendo um tolo, e que o responsável por seu infortúnio era ele mesmo, e que correr contra o tempo não o ajudava em nada-, já que o seu tempo naquela cidade estava se esgotando.

Sua cabeça lhe dizia que era para deixar Anne ir, viver sua vida com calma e tranquilidade , pois ele tivera sua chance e deixara escapar, mas ao mesmo tempo em que esses pensamentos cruzavam sua mente, ele sentia uma dor tão aguda que não o deixava se conformar em perdê-la, e seu outro lado implorava para que lutasse, porque ela valia a pena, e por que lá no fundo daquela alma ruiva havia muito amor ainda por ele, e então, a sua agonia recomeçava de novo e não havia previsão de que quando teria fim.

Não podia correr atrás dela para sempre, ou se jogar os seus pés toda vez que se encontrassem, já implorara demais pelo amor dela no passado, e não sabia se teria forças para continuar fazendo isso. Porém, havia uma coisa que mexia com sua cabeça naqueles dias, que continuava fazendo com que ele viesse para o mesmo lugar todos os dias. Vê-la com outro homem lhe dera a percepção de que ela podia ser feliz com outro homem que não fosse ele, e esse pensamento lhe era intolerável.

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now