Capítulo 55- Sua força em mim

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Olá, queridos leitores.. aqui está mais um capítulo. Deixei um pouco o suspense de lado para me focar em outro ponto importante da história e espero que comentem, pois preciso muito dos incentivos que os comentários sempre me dão. Creio que este capítulo ficou bastante profundo em questão de sentimento, espero que possam senti-los como eu ao escrevê-los. Obrigada por tudo. Beijos.

ANNE

O dia amanhecia devagar, e pouca luz iluminava o céu naquele instante ainda guardando os vestígios da madrugada que não tinha se dissipado totalmente. Anne acordou de repente, e se espreguiçou tentando dar mais elasticidade aos seus músculos um pouco entorpecidos pelo frio, ao mesmo tempo em que seus olhos lutavam para se acostumarem a escuridão do quarto em seu novo apartamento, buscando pela figura do homem que dormira ao seu lado na noite anterior, e notando intrigada que o espaço da cama onde ele estivera abraçado com ela estava vazio.

Era ainda muito cedo para ele ter ido para o trabalho, e ela apurou os ouvidos tentando escutar se o chuveiro estava ligado, mas, percebeu que estava silencioso demais. Assim, ela imaginou que Gilbert deveria estar na cozinha, pois muitas vezes quando ele perdia o sono, automaticamente se levantava e preparava um chá, e aquilo vinha acontecendo com bastante frequência naquela semana.

Anne estendeu a mão e pegou seu roupão que deixara em uma poltrona ao lado da cama, e o vestiu sobre o seu corpo nu. Dormia assim todas as noites desde que ela e Gilbert voltaram a namorar, pois uma vez que seu relacionamento com ele estava cada vez mais intenso, ela não via utilidade nenhuma em dormir de camisola ou pijama, porque não permanecia vestida muito tempo com eles mesmo. Anne tinha a sorte de ter um namorado extremamente apaixonado que adorava dormir pele contra pele, e ela logo descobriu que suas camisolas provocantes de seda não tinham o mesmo efeito sedutor sobre Gilbert do que tê-la sem roupa nenhuma em seus braços. Ela também não podia negar que adorava dormir com ele assim, sem nada que a impedisse de tocá-lo como quisesse, porque sentir o calor do corpo de Gilbert em conexão direta com o eu era a sua definição exata de paraíso na terra.

Anne calçou suas pantufas e foi até a cozinha a procura de seu namorado, mas, estranhamente ele não estava lá. Será que Gilbert saíra para correr? Não, ela pensou, ele não sairia assim no meio da madrugada sem dizer-lhe nada. Mas, então onde ele estava? Anne se perguntou, um tanto preocupada, enquanto voltava para o quarto, mas, no meio do caminho, ela viu uma luz fraca que vinha do escritório dele, e suspirou aliviada por saber que ele estava ali tão próximo dela.

Em outros tempos, Anne não se preocuparia, e voltaria a dormir tranquilamente. Porém, na época em que estavam vivendo, ela não conseguia relaxar um segundo quando Gilbert estava longe dela. O medo de que ele pudesse se machucar por sua causa a deixava em pânico, e ela descobriu que a pior parte de amar Gilbert daquela maneira era viver em um medo constante de perdê-lo por causa de um maluco que resolveu persegui-la sem ela saber porque.

Ela caminhou em direção ao escritório, e empurrou a porta devagar. A iluminação que vinha de dentro era fraca, porque Gilbert tinha acendido apenas a luz do abajur, deixando o resto do cômodo escuro. Anne olhou com cuidado cada canto do lugar, procurando por ele e o encontrou na área externa, observando a rua que àquela hora estava quase deserta.

Seus olhos viajaram por toda a figura de Gilbert, que vestia apenas a calça do pijama e mantinha seu dorso nu. O inverno ainda não tinha chegado, mas o ar de outono já era mais frio que o habitual, porem Gilbert parecia não sentir a brisa da madrugada que agitava seus cabelos negros, acariciando seu peito exposto e suas costas cheia de músculos. Ela sempre ficava encantada ao observá-lo em momentos assim em que ele parecia perdido em seus pensamentos, sem notar que Anne estava por perto admirando sua beleza surpreendente. Se tivesse uma câmera à mão naquele momento, ela certamente teria registrado aquela pose natural que ele fazia, segurando na barra de proteção do terraço, enquanto exibia uma parte do seu rosto de perfil. Gilbert daria um modelo maravilhoso, e ganharia a fama de maneira astronômica, pois ele tinha a graça natural que muitos modelos de passarela gastavam fortunas em cursos da área para ter, sua masculinidade tão evidente sem fazer esforço nenhum, e aquele ar de homem confiante que fazia qualquer mulher se render, inclusive ela que recebia doses e mais doses daquele charme todos os dias. Anne tinha realmente sido abençoada pelos deuses do Olimpo que lhe enviaram aquele Adônis em forma de homem para ser apenas seu.

Anne with an e- Corações em jogoWhere stories live. Discover now