Capítulo 96- A razão da minha felicidade

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Olá, pessoal. Mais um capítulo de corações em jogo. Esperem que apreciem e me deixem seus comentários e seus votos. Vou corrigir depois, beijos.



ANNE

Acordar nunca se constituíra em um problema para Anne, que nunca fora um pássaro madrugador, mas, raramente passara mais tempo que o necessário na cama. No entanto, naquele domingo em especial, ela não queria se levantar, e levou vários minutos para abrir os olhos e encarar as primeiras luzes da manhã, embora tivesse passado um bom tempo contando até dez, e aumentando cada vez mais a contagem até que por fim não teve outra escolha a não ser deixar que seus olhos azuis se forçassem a enfrentar o nascer de um novo dia.

O calor do corpo enroscado no seu contribuía e muito para essa sua preguiça momentânea, porque depois de uma semana sentindo um frio absurdo que não era exatamente físico, mas sim emocional, ela podia se esbaldar naquele conforto incrivelmente familiar e envolvente, e permanecer assim o resto da vida se tivesse o poder de parar o tempo.

Gilbert estava ali, e não era um daqueles sonhos que tivera a semana toda, e que a fazia acordar chorando porque sabia que não era real, mas, dessa vez ela tinha os braço dele em volta de sua cintura para provar que realmente tinham feito as pazes, e que ele voltara para sua vida. Anne tentou se espreguiçar, mas não conseguiu, pois, seu marido a segurava tão forte contra si que Anne se perguntou se ele temia que ela lhe escapasse durante o sono.

De repente lhe ocorreu, que ela não fora a única que temera não ter mais aquela intimidade que adorava de volta. Gilbert também parecia ter passado por maus bocados no tempo que ficaram separados, e a prova estava ali em sua cama naquele instante, na maneira como ele a segurava como se daquilo dependesse sua vida.

Com um enorme malabarismo, ela se virou de frente para ele, e com um sorriso de ternura Anne observou-lhe a barba por fazer. Poucas vezes, em seu tempo de relacionamento, ela vira Gilbert sem se barbear, pois por trabalhar como médico em um hospital, ele deveria manter sua aparência sempre impecável, mas ela tinha que confessar para si mesma que aquele aspecto descontraído, e não tão certinho deixava seu marido ainda mais gostoso, e ela se sentia perigosamente atraída por essa versão um tanto selvagem do Dr. Blythe.

Sem conseguir ficar muito tempo apenas encarando aquele rosto lindo, ela se aproximou, e esfregou seu rosto devagarinho, nos pelinhos salientes que cresciam por todo o queixo e em volta dos lábios, e a sensação foi incrivelmente agradável, apesar da aspereza que irritava de leve a pele macia das bochechas dela. Animada por sua própria reação positiva, ela repetiu mais uma vez o gesto, e então, olhos castanhos se abriram, e ainda um tanto enevoados de sono estudaram suas feições tão próximas, cujos lábios estavam quase se beijando. Anne prendeu a respiração ao ver um brilho feroz surgir ali ,quando Gilbert percebeu que como ela também não estava sonhando. Então, ele rolou para o lado dela, ficando acima de seu corpo com uma mão de cada lado, para impedir que seu peso a incomodasse demais, e fez a mesma coisa que ela tinha feito antes, esfregando suavemente seu rosto no dela enquanto dizia em uma voz quase inaudível:

- Então, é disso que gosta agora?- Anne não respondeu porque sua voz simplesmente morreu na garganta quando sentiu ele descer até o seu pescoço, a aspereza lhe causando arrepios diversos, até que ele chegou em seus seios descendo a alça de sua camiseta, deixando sua pele exposta, enquanto ele passava sua barba quase inexistente por toda a região sensível, fazendo Anne reprimir um gemido, enquanto sua intimidade latejante entregava seu estado precário de controle. Deus! Aquilo era a pior das torturas, pois seu corpo já estava entregue antes mesmo de qualquer preliminar, assim ela permitiu que ele continuasse a descer pelo seu abdômen, e quando ela pensou que Gilbert a libertaria daquela agonia em seu baixo ventre, ele fez toda a rota de volta e enterrou seu rosto no ombro dela, onde descansou por alguns instantes, enquanto a frustração a fazia arfar.

Anne with an e- Corações em jogoΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα