30. Afundando por dentro

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- Você devia ter esperado, Ariela. Devia ter esperado como pedi. Onde estás, meu amor? Onde estás?

Hope esteve a acompanhar a operação de busca por Ariela e avaliação forensi do acidente de perto e as inconclusões do caso a deixavam frustrada

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Hope esteve a acompanhar a operação de busca por Ariela e avaliação forensi do acidente de perto e as inconclusões do caso a deixavam frustrada. Estava cansada de esperar, decidiu fazer alguma coisa. Havia alguém que estava vivo e bem perto que podia responder às perguntas que não se calavam na sua cabeça e já estavam a atormentar sua mente e se não conseguisse respostas nos próximos instantes, enlouqueceria.

- Escuta, Fábio - falou para o parceiro -  Colin Vaughn ainda está aqui?

- Sim. Está sentado na ambulância. O homem não quer sair daqui sem notícias da esposa. Está devastado, coitado.

- Certo. Eu vou lá falar com ele.

Ela caminhou até a ambulância, Colin estava sentado na parte de trás, encostado ao veículo, com a mente algures que ela não saberia dizer. Aproximou-se mais e limpou a garganta para chamar sua atenção.

- Senhor Vaughn? Desculpe-me por interromper seu momento. Meu nome é Hope. Hope Dawson. Sou a detective em frente deste caso. Gostava de fazer-lhe algumas perguntas, se não se importa.

- E a minha esposa? Tem informações sobre Ariela?

Hope diz não com a cabeça.

- Temos uma brigada designada para procurar por ela. Eles farão de tudo para localizar o corpo de sua esposa, senhor.

- Por que diz o corpo? Por que só procuram no rio? Ela pode ter escapado, não? Há várias outras possibilidades e Ariela pode estar viva.

- Ah sim? Podemos falar dessas possibilidades, senhor Vaughn? Quais seriam?

- Você é a detective, aqui. Descubra.

- Senhor, Vaughn, se era mesmo a sua esposa a conduzir o carro e tiver caído no rio a uma altura daquelas e com os choques que o carro teve contra as pedras antes de chegar a água, é pouco provável que ela tenha sobrevivido a queda. Sinto muito.

Colin estremece e busca ar. Tenta lutar contra suas lágrimas, mas uma escapa. Ele a limpa em seguida. Não vai ser como todas estas pessoas que simplesmente assumem que Ariela morreu.

- Ela está viva. Enquanto não me aparecer o corpo, Ariela está viva. Ela não pode morrer, não pode me deixar assim.

- Senhor...

- Ela está viva, detective.

Hope engole em seco, sua garganta a apertar. Aqueles momentos sempre a marcam e envolvem, mas faz questão de presencia-los, sempre. Renovam seus votos e compromisso com o caso. Principlamente quando é um caso em que a vítima é uma mulher. Tornar-se detective foi sua forma de alavancar o poder feminino. Buscava ser a melhor na sua delegação e quando se via perante caso de mulheres oprimidas, agredidas ou assassinadas, as coisas se tornavam um pouco pessoais para ela.

Um sonho Para MimWhere stories live. Discover now