69 | Not that innocent.

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— Adam. — Nina me chama enquanto sai da água.

Nosso pais viajaram para o Canadá e Margot ficou doente, então fui responsável por levar Nina à fisioterapia depois da aula. Ela ficou tão nervosa, que eu fiquei nervoso. Ficamos ambos nervosos, mas ao menos Nina colocou seu pé no chão e não desistiu. Ela está se esforçando como nunca fez e me orgulha.
Viemos dar um mergulho na cachoeira pois o tempo está ótimo e calor como há algumas semanas não fazia. Além da água nos relaxar, ficarmos sozinhos um com o outro é a melhor sensação.

— Sim? — Respondo.

Nina se senta na pedra ao meu lado. Está de roupa íntima como eu e pingando sob a luz do sol. Não existe mulher mais linda e atraente que Nina Davis.

— Antes de falar, eu queria dizer que você está incrivelmente sexy agora. — Sorrio.

— Você sabe como me deixar constrangida. — Revira os olhos com um sorriso envergonhado no rosto. — Mas você também não está nada mal, Collins. Extremamente gato.

— Eu sei, eu sei. — Dou os ombros e finjo modéstia. — Todas as garotas da escola querem seu namorado.

— Eu não as culpo. Você nem parece gente, de tão bonito. Parece aquele livros de edição especial limitada que tem capa dura, alto relevo e ilustrações.

— É exatamente por isso que elas não me têm. Ninguém me elogia como você. — Beijo-a.

— Quis dizer que você é lindo. Parece uma obra de arte. O pior é que não para por aí. Além de inacreditavelmente lindo, é inteligente, fofo e talentoso.

— Excitante, gostoso e o melhor namorado do mundo. — Brinco e Nina se joga para trás rindo. Impossível algo superar essa visão.

— Você está mais que certo. — Então Nina Davis abre um daquele sorrisos que seriam capazes de me fazer cair de amores por ela caso eu já não estivesse completamente apaixonado.

— Você me acha mesmo isso, Nina?

Eu tenho inseguranças, mas não são tantas porque trabalho muito para conseguir me manter são. Eu gosto da pessoa que sou, mas isso não significa que não existam momentos em que eu ache que não sou tão bom assim.

— Pensei que nunca te veria inseguro. — Ela afaga meu braço. — Nunca demonstra esse sentimento.

— Todo mundo me acha um cara super seguro. É a imagem que eu passo. — Dou os ombros.

— Não sou todo mundo. Sou sua namorada. Estamos juntos para a vida, Adam. Você pode ser quem é e mostrar o que sente para mim se se sentir confortável. — Ela me lança um olhar terno.

— Estou fazendo isso agora. Confio em você. E não me respondeu, Davis.

— Eu já te disse uma vez que não amo seu jeito, sua aparência, seu talento, sua voz e tudo em você, eu amo essas coisas por fazerem parte de você. Se fizessem parte de qualquer outra pessoa, não as amaria. As amo porque eu te amo e por isso amo tudo em você. — Diz. — Você é todas essas coisas e acho tudo isso de você, Adam. Amo seu corpo, seu cérebro, seu jeitinho, sua voz, suas brincadeiras, te ver correndo no campo, ter você comigo. Você é incrível. No mais profundo sentindo da palavra.

— Tem como não me sentir com você dizendo essas coisas? — Arqueio as sobrancelhas.

— Toda vez que eu te olho eu quero casar com você.

— Você quer casar comigo?

— Sim. Você quer casar comigo?

— Sim. Então estamos casados.

— Estamos. — Nina sorri. — Eu juro, Adam, que você é todas essas coisas, mas mesmo que não fosse nenhuma delas, eu ainda amaria você. Como amo agora.

— Obrigado por me assegurar disso. — Beijo sua testa. — Eu me sinto da mesma forma sobre você. Eu te amo.

— Você só diz essas coisas porque certamente quer tirar as minhas roupas. — Ela sorri como se o diabo tivesse tomado conta do seu corpo.

Por mais que pareça, Nina Davis não chega nem perto de ser a santa que todos pensam. Eu sei disso porque sou eu quem me deito com ela e ouço barbaridades que nem Deus acredita terem saído da boca desse ser que tem a aparência de um anjo.

— Você tira a roupa para qualquer cara que diz coisas bonitas?

— Só se esses caras forem especificamente Adam Collins. — Estreita os olhos, encarando-me de um jeito que ela sabe muito bem o que causa em mim.

— Você deu sorte, então.

Nina se levanta e tira o que resta da sua roupa e então entra na água, fugindo de mim. Olho-a nadar por um instante até entrar na água. Eu não sei o que fiz para merecer o que tenho agora, mas foi algo como descobrir a cura de uma doença horrível e salvar o planeta, porque ter essa mulher tão extraordinária é sorte que pessoa nenhum nessa mundo tem.

— Por que está fugindo de mim? — Pergunto quando estou perto dela.

— Não estou. — Nina sorri. — Nunca vou fugir de você, Adam.

Beijo-a. Passamos o restante da tarde fazendo amor na cachoeira escondida do lago.

O Silêncio Entre Nós Onde as histórias ganham vida. Descobre agora