28 | Natalie's party.

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"Eu vou passar na casa da Anna para buscá-la, também. Só tenho que esperar a Nina descer." Digo ao telefone, para Natalie.

"Chamou mesmo aquela garota, Adam?" Ela bufa através da linha.

"Você também já foi "aquela garota", lembra? E você não gostava. Ao menos é o que eu me lembro. Não a faça se sentir como você se sentia, se você sabe que é ruim. Chego em menos de uma hora." Digo, um tanto quanto irritado com o comentário idiota. As vezes Natalie passa dos limites e diz muita merda.

"Ok. Tem razão." Ela suspira, rendendo-se. "Só estou irritada, porque você não passou o dia comigo e só fala da Nina, agora. É irritante."  Ela desliga logo e guardo o celular no bolso.
 
"Natalie, quer conversar sobre isso agora? Você mesma disse que saíria hoje." Eu suspiro

"Sim, mas eu queria que você tivesse se oferecido para vir comigo."

"E por que não me chamou? Eu pensei que fosse, sei lá, ir ao cabelereiro. Eu não posso advinhar o que você pensa."

"Ok, mas sobre a Nina, isso é irritante." Ela diz, irritada.

"Ela precisa de ajuda, Natalie. Precisa de mim." Eu digo. "Não faça isso."

"É tão chato."

"Você já foi a menina que precisou de ajuda, Natalie. Por que não pode simplesmente entender que existem outras pessoas que também precisam? Que tal um pouco mais de empatia pelos outros?"

"Você é tão bonzinho, não é?" Ela debocha. "Só venha logo."

"Eu só a estou esperando. Calma." Eu digo e ela simplesmente desliga
 
 
"Nina, por que está demorando tanto?" Tori grita, fechando o notebook em seu colo. As vezes acho estranho olhar para ela, porque é como ver a Nina daqui a dezoito anos (é, Tori teve Nina com dezoito). Bem, isso se estiver tão conservada como a mãe. Acredito que estará linda da mesma forma.

"Tori, tenho uma pergunta." Franzo o cenho, e mexo na minha calça.

"Mande-a." Ela sorri.

"Nina é só um apelido, certo?" Indago, arqueando as sobrancelhas.

"Sim, querido." Ela gargalha levemente.

"E qual o nome de verdade da Nina?" Inclino a cabeça para o lado.

"Isso, tem de perguntar à ela, mas receio que não seja uma boa ideia. Ela não gosta do seu nome." Tori dá os ombros.

"Por quê?"

"Ótima pergunta. Espero que ela responda." Ela ainda ri. "Ela diz que parece meio, hum, erótico, como em histórias de adolescentes. Acho que eu devia especionar que tipos de histórias ela lê."

"Ela já está vindo." Margot afirma, descendo as escadas. "Eu a estava enchendo de purpurina. O que uma fada é sem purpurina, certo?" Ela sorri e se senta no sofá, no lugar vazio ao lado do meu pai.

"Traga-a cedo. Sem drogas ou bebidas. Nada de garotos e, por favor, tome conta dela." Tori suspira, nervosa. "Eu nem acredito que concordei com isso. Ela nunca foi à uma festa e Anna não ficará de olho nela."

"Eu fico." Reviro os olhos.

"É aniversário da sua namorada, Adam. Obviamente, vai ficar com ela." Ela diz, usando um tom óbvio. "É sério. Se algo ocorrer com ela, eu mato você. E a Margot. E a Emma. E você também, Cody. Vocês me convenceram de algo horrível. Ela nem quer ir." Tori esfrega as mãos em seus joelhos cobertos pelas calças.

"Tori, ela tem dezesseis anos. O que fazia aos dezesseis?" Rio.

"Eu era sociável, ok? Mas eu estava acostumada com isso." Ela balança a cabeça, receosa.

O Silêncio Entre Nós Onde as histórias ganham vida. Descobre agora