45 | The game.

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Adam precisou voltar para o treino e eu e Anna ficamos em casa com Margot. Minha mãe e Cody voltaram para o trabalho.
Agora, eu e a Ann estamos voltando para o colégio; já é noite, é o horário do jogo. Eu não curto jogos e nem toda a barulheira, mas ele pediu que eu estivesse lá, então eu estarei. E hoje, sendo um dia incrível, eu quero estar lá por Adam. Quero conseguir gritar por ele na arquibancada e vê-lo ganhar, mesmo que não faça noção de como funciona a marcação de pontos do lacrosse. Margot nos leva e passa em casa para pegar a Abby. Anna tem 14 e não pode dirigir, e eu, mesmo com dezesseis, não quero dirigir. Não gosto de carros.
 
 
⠀⠀— Eu nem sei quem é Adam. — Abby revira os olhos.

⠀⠀— Ele é meu... meu namorado. — Digo. Ainda é estranho dizer que Adam é meu namorado.

⠀⠀— Sério que você tem um namorado? — Ela fica boquiaberta. — É verdade, mamãe?

⠀⠀— Por incrível que pareça, sim. — Margot ri, encontrando um lugar bom para nos sentarmos. Tudo está cheio.  
 
 
Os animadores de torcida estão entrando em campo; a banda do colégio tocando para eles. Eu vejo Natalie lá, sorrindo e pulando. Ela dança muito bem; eu vejo os vídeos que ela posta no youtube, as vezes. Ela dança de tudo; acho essa versatilidade incrível. Eu só danço ballet; de resto, sou um completo desastre. Acho que o meu negócio é me equilibrar em sapatilhas de ponta e marcar os oitos da música.
 
Meu celular vibra no bolso da minha calça jeans e eu o pego para ver. É uma mensagem do Adam.
 
 
Adam ♡:
Ei, você vem?

Eu:
Cheguei agora. Estou na arquibancada.

Adam ♡:
Pode vir no corredor perto do vestiário masculino, onde fica o meu armário?

Eu:
Por quê? Tudo bem?

Adam ♡:
Só quero ver você.

Eu:
Estou indo.
 
 
⠀⠀— Eu volto já, ok? — Digo, levantando-me.

⠀⠀— Vai aonde? — Abby pergunta.

⠀⠀— Vou... ao banheiro. — Balanço a cabeça.

⠀⠀— Traz refrigerante pra mim? Tá vendendo ali embaixo. — Ela pede e eu rio.

⠀⠀— Quando eu voltar, eu compro.
 
 
Na escola vazia à noite, caminho até o corredor que dá para o vestiário masculino. O armário de Adam fica perto das escadas que dão para o andar de cima. Assim que chego, ele está encostado na parede, com um dos pés apoiado na mesma e o outro no chão. Está vestido com o uniforme verde, cinza e branco do time, é o número 1. É como o moletom verde que eu estou usando, que é dele e ele me deu. Pensei que seria bom vestir hoje.
 
 
⠀⠀— Você está linda. Como sempre, é óbvio. — Sua voz ecoa no corredor vazio. Eu amo a voz dele. — E de jeans? Meu Deus. — Adam diz docemente e eu sorrio, parando à sua frente.

⠀⠀— Você também está. — Comprimo os lábios. As mãos de Adam pousam em meu quadril e me puxam para mais perto dele.

⠀⠀— Como se sente agora que nossos pais sabem? — Seus olhos castanhos parecem concentrados em mim sob a pouca luz dos corredores.

⠀⠀— Parece que eu estou sonhando. Coisas boas não acontecem na minha vida assim, do nada. — Balanço a cabeça. — E é não só uma coisa boa, Adam. Você é uma coisa incrível. É o melhor que podia acontecer.

⠀⠀— Você é incrível. — Ele beija minha testa. — Fascinante. — Ele beija minha bochecha. — Maravilhosa. — Ele beija meu nariz. — Você é a melhor pessoa do mundo, Nina. — Ele beija meus lábios. — Estou feliz que esteja aqui. Sei que você não gosta de toda essa euforia.

O Silêncio Entre Nós Onde as histórias ganham vida. Descobre agora