8. Prometo proteger-te

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- Sim, foi só um pesadelo. - ela repete.

Colin não é bobo, percebe que não é verdade, o medo que ela sentia transparecia até quando sonhava e sua expressão agora não é de quem vê fantasmas apenas quando dorme.

- Você não tem dormido bem, Ariela. Esses pesadelos têm sido recorrentes desde que aqui estamos. Sempre foi assim? Há algo que a assusta?

- Não há nada, senhor Vaughn. São pesadelos apenas, só preciso de tomar ar. - Ela diz e se levanta da cama fazendo menção de sair para a varanda. Colin segura a sua mão.

- Acho que nós já passamos a fase da formalidade e somos amigos agora. Você pode falar comigo, sabe disso, não?

Ela gostava de poder lhe contar tudo, mas é um risco alto demais. Escondeu que é uma fugitiva por herança a sua vida toda e, por mais que queira crer que Colin a podia ajudar, a relação deles só existe há uma semana, não pode confiar sua verdade a alguém por puro instinto.

- Eu só preciso de ar, estou bem.

Colin não insiste mais, larga a mão dela e a permite sair da suite para a varanda. Ver o mar, sentir a brisa e ouvir o som das ondas a faria bem, de certeza. Mas sabe que há algo que ela esconde, só lamenta que ela não confie nele o suficiente para lhe contar e permitir que lhe ajudasse.

O dia que segue é o último de sua lua-de-mel, Ariela aproveita para dar uma caminhada pelo resort enquanto Colin participava de uma reunião que prometeu que seria breve para se juntar a ela

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O dia que segue é o último de sua lua-de-mel, Ariela aproveita para dar uma caminhada pelo resort enquanto Colin participava de uma reunião que prometeu que seria breve para se juntar a ela.

Ela entra numa loja de souvenirs para comprar lembrancinhas para suas amigas e sua atenção é chamada por um chaveiro de um casal no jet ski. Ela segura o objecto com carinho e seu coração se alegra ao se lembrar de si segurando forte em Colin enquanto esquiavam pelo mar.

- Traz-lhe boas lembranças? - Uma mulher que pára ao seu lado pergunta e abre um sorriso enorme quando ela se vira - A forma como segurou o chaveiro pareceu bem íntima.

- É, traz sim. - ela responde e pensa no que significaram as aventuras que viveu naquele lugar com Colin - coisas que nunca imaginei ter chance de fazer. É quase um sonho. - ela diz e tira dois chaveiros para o seu cesto.

- Férias?

- Ahm lua-de-mel. - Ariela responde e, pela primeira vez não se sente estranha ao dizer isso.

- Oh, meus parabéns. Acho as pessoss que se atrevem a casar bastante corajosas e afortunadas. Não é fácil atar sua vida a de outra pessoa para sempre dessa forma. É uma aposta enorme demais noutra pessoa porque casamento não é algo que dá certo pelo esforço só de um. Eu gosto mais das coisas que dependem só de mim, sou covarde demais para confiar minha felicidade a outra pessoa. Ou sensata. Quem vai dizer?

Um sonho Para MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora