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Elizabeth Martin Smith

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Elizabeth Martin Smith

Existem pessoas que são incompreendidas nesse mundo e eu sou uma dessas pessoas. Ninguém compreende que tudo que faço é para um bem maior? Ninguém compreende que cada passo deve ser milimetricamente calculado para não haver erros? Ninguém compreende que o mundo gira em torno dos fortes, inteligentes e capacitados? Ninguém compreende que fracos, ingênuos, puros e generosos não devem ter espaço perante a sociedade, que esses deverão ser engolidos por aqueles que detêm maior poder?

Eu sou uma dessas pessoas incompreendidas, pois sou forte, destemida e capacitada e aquele que se atrever a atravessar meu caminho, será esmagado.

Fevereiro de 1987

– Estou tão animada com a volta às aulas. – Minha irmã e tão irritante que não percebe que só em ouvir sua voz me dá vontade de vomitar.

– Não sei por que você está tão animada em voltar para faculdade, não vai sair de lá por pelo menos quatro anos mesmo. – Falo e reviro os olhos.

Grace é o típico modelo de menininha sonhadora, que espera encontrar seu cavalheiro montado em um cavalo branco e armadura reluzente. Mesmo tendo 20 anos, ainda é virgem e segundo ela, só se entregará para o homem da sua vida. Patética.

– É verdade, estou começando meu terceiro ano em Medicina e estou muito feliz com isso, porque logo vou poder dar uma vida melhor para nossa mãe e você deveria pensar o mesmo já que se forma esse ano. – Eu não falei uma sonhadora.

– Acorda Grace, só vamos conseguir mudar de vida se arrumar um homem rico para casar, ou você acha que vai conseguir alguma coisa sendo uma "Medicazinha" numa "clinicazinha" de merda atendendo um monte de crianças choronas, não seja ridícula.

Não basta ser a pura e inocente Grace ainda quer perder 6 anos numa Faculdade de Medicina, sem contar os 2 anos que vai precisar fazer residência para ficar o dia todo cuidando de um monte de piralho birrento. Credo! E ainda para aumentar seu nível de idiotice sonha em atender crianças carentes. Onde já viu, desse jeito vai mesmo mudar de vida. Atendendo pobre.

– Não fala assim Lizy, temos uma vida confortável, quando papai faleceu deixou um bom dinheiro para nossa mãe, temos uma casa e pudemos estudar em uma das melhores escolas de Seattle, para conseguirmos entrar na melhor faculdade Pública do nosso Estado, mas eu quero sim, melhorar a vida de nossa mãe. Quero que ela descanse por todo o tempo dedicado que ela se dispôs a nós duas.

– Ah quer saber Grace, fica aí com seu mundinho cor de rosa que vou cuidar da minha vida, que é o melhor que eu faço. – Saio do quarto deixando aquela tola pensando que vai chegar a algum lugar pensando assim.

– Não vai tomar café Elizabeth? – Pergunta minha mãe quando já estou com a mão na maçaneta da porta, prestes a sair desse lugar que elas chamam de casa.

– Não mãe, eu perdi a fome por causa da idiota da Grace.

– Não fale assim da sua irmã, Elizabeth, no mínimo você deve ter falado algo que ela não gostou.

MINHA SALVAÇÃO  (Concluído)Where stories live. Discover now