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Christian

Eu pensei que como agora que ela está respirando sem os aparelhos ela fosse acordar, mas nada. Fiquei na expectativa pensando que isso seria um bom sinal. Fiquei cada vez mais conversando com ela pra ver se ela me dava algum sinal de que estava me ouvindo mais o que parece é que ela está em um sono tão profundo que  não quer mais acordar.

Estou me arrumando pra ir pra GREY, na verdade estou me obrigando a ir, minhas forças estão acabando, minha armadura está caindo, e eu não sei mais quanto tempo irei aguentar.

– Bom dia Christian. Como passou a noite?

– Ainda estou respirando.

– Ei, ânimo. Você não pode se abater assim não. – Diz Flynn checando ela.

– Não era pra ela já ter acordado não Flynn?

– Calma Christian, paciência. Tiramos os aparelhos há apenas dois dias. Vamos ter fé que ela vai voltar. Você vai pra empresa hoje?

– Vou. O Miguel deve está chegando. Vou terminar de me arrumar e já vou, pois tenho três reuniões agendadas pra hoje pela manhã.

– Quem sabe quando você voltar ela não tenha acordado.

– Se eu pudesse adivinhar que ela iria acordar eu cancelaria tudo só pra está ao lado dela no momento. – Digo de pé ao lado da cama de minha bela adormecida, e faço carinho em seu rosto.

Ah, baby. Não faz isso comigo. Não me deixa assim. Fico ali olhando pra ela e quando vejo Flynn já está saindo do quarto. Vou até minha mala pego minha gravata e meu paletó e logo Miguel chega.

– Bom dia Christian. Bom dia maninha.

Ele vai direto pra cama dela e dá um beijo em sua testa, sentando-se logo em seguida no seu lugar de sempre.

Caminho até onde a razão da minha existência está dormindo e me despeço dela.

– Ana. Estou indo pra GREY, baby. Mas Miguel vai ficar com você. Eu te amo. – Digo e a beijo.

Tenho vontade de chorar mais trinco os dentes e saiu calado sem dizer mais nada. Tenho várias reuniões marcadas, uma na sequência da outra mas minha cabeça está em outro lugar. Nem mesmo os relatórios na minha frente me faz esquecer que minha menina está na droga daquela cama e até agora não avançamos nada para saber quem está por trás disso.

Meu apetite diminuiu. Não estou comendo mais direito, sinto que estou perdendo peso. Não consigo dormir. Eu só cochilo. Meus pesadelos voltaram com tudo agora e já não sei mais o que fazer.

****

Cinco dias que os aparelhos foram tirados. Vinte e cinco dias que minha Ana está presa nessa cama de hospital e eu aqui morrendo um pouco mais a cada dia que se passa.

– Ana, abra seus olhinhos. Por favor, baby. Eu não estou conseguindo mais. Eu juro que estou dando o máximo de mim. Vesti minha armadura tentei ser forte, mas a saudade está acabando comigo. Quando tiraram seus aparelhos eu pensei que você logo fosse acordar, mas já faz cinco dias baby. Por favor, não desista de mim, não desista da gente.

Um nó se forma em minha garganta e me calo. Olho para a porta e creio que não vai vim mais ninguém aqui no quarto, então faço aquilo que tanto quero mais que estava esperando ela acordar.

Me deito com cuidado ao seu lado e a embaraço. Sentir seu cheiro e seu corpo é sem dúvida a melhor coisa que me aconteceu esses últimos dias. Apesar de sentir que ela está mais magra. Não igual a quando a encontrei mais ela já perdeu uns quilos. Conheço esse corpo dela de olhos fechados.

MINHA SALVAÇÃO  (Concluído)Where stories live. Discover now