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Christian

Tento segurar o volante para evitar que o carro capote, mas não consigo, e nesse momento peço a Deus mais uma chance para ver minha Ana, não posso partir desse mundo sem que ela me perdoe. Com a pancada o airbag é acionado e fico preso no meu banco sem poder me mexer.

– Senhor! Senhor! O senhor está bem? – Ouço a voz grossa de um homem do lado de fora.

– Ana! Minha Ana! – Não quero saber se estou bem ou não, quero apenas minha Ana comigo.

– Calma Senhor é melhor não se mexer, uma ambulância já está a caminho daqui. – o homem vai falando e me segurando enquanto tento sair carro. Logo ouço carros freando ao meu lado e a voz estrondosa de Taylor chega aos meus ouvidos.

– Senhor Grey! – O homem parece está desesperado, mas nesse momento a única pessoa que queria ao meu lado quer me ver a quilômetros de distância.

– Eu estou bem, essa dor não é nada. Ana, onde está minha Ana Taylor? – Digo imaginando que com esse contra tempo Ana está escorregando por entre meus dedos e não posso fazer nada.

– Fique parado Senhor Grey, logo ela estará com o Senhor.

Ao longe ouço o som de uma ambulância e logo ao meu redor vejo vários carros e entre minha equipe de segurança que tenta manter todos afastados está a Polícia, os paramédicos que logo chegaram para me atender e alguns paparazzi no meio dos curiosos. Essa merda vai render muito.

Sou colocado em uma maca e levado para a ambulância. O médico socorrista me faz algumas perguntas a qual respondo mecanicamente vejo que Taylor e Ray se aproximam de mim.

– Ray, minha Ana, eu preciso da minha Ana. – Sinto um aperto no peito em saber que ela não está comigo e não quer me ver.

– Calma filho, falarei com ela e Miguel.

– Qual de vocês vai acompanha-lo na ambulância? – Ouço o paramédico perguntar.

– Eu vou. Sou seu segurança pessoal e onde quer que ele vá eu vou com ele. – Fala Taylor e pelo modo dele falar melhor não questionar.

– Eu vou acompanhando a ambulância com o carro, Taylor. – Ouço a voz de Ray e sinto o toque na sua mão no meu ombro. Logo as portas da ambulância se fecham e começa a andar.

– Como chegou aqui tão rápido? – Pergunto sem olhar para meu segurança e amigo.

– Já estava te seguindo desde quando saiu de casa. Onde estava com a cabeça para sair sozinho desse jeito?

– Eu só precisava vê-la pela última vez. – Falo fechando meus olhos sentindo aquela dor no peito me apertar.

– O senhor irá vê-la e não será a última vez. Agora colabore com o médico precisamos saber se não está com nenhum ferimento interno.

– O meu ferimento nenhum médico pode curar, você sabe disso Taylor.

Taylor se cala e o médico continua apalpando meu corpo e limpando alguns cortes que sofri devido os vidros quebrados. No hospital me levam para uma bateria de exames que eu sei que não vai dar em nada. Meus ferimentos não são visíveis a olho humano e eles não tem o remédio, pois minha cura só uma pessoa pode me dar e ela não está aqui.

– Vou reservar um quarto exclusivo para vocês, Christian. Quando não é você é Anastásia nesse hospital. O que aconteceu dessa vez? Deu agora para participar de racha? A empresa não está mais dando lucros não?

– Ria da minha cara, pode rir. Você não faz ideia do que estou passando.

– Bom pelo menos você está inteiro, mesmo seu carro tendo virado uma lata de sardinha. Você estava pensando o que, que é o homem de ferro com uma armadura que te protege dos impactos? Ou o Dominic Toretto capaz de dirigir entre o trânsito em alta velocidade sem nem arranhar o carro?

MINHA SALVAÇÃO  (Concluído)Where stories live. Discover now