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Raymond

Enquanto conto como foi minha trajetória até o dia do atentado que eu acreditei ter acabado com minha vida, fico olhando todos os presentes no quarto me observando atentos ao que digo, mas não consigo tirar minha atenção dos meus motivos para lutar cada vez mais por eles, meus bens mais preciosos, meus filhos: Anastásia e Miguel.

Do mesmo jeito que sei que Christian Grey está prestes a explodir em busca de todas as respostas, mas com paciência que sei que estar fazendo isso por minha filha e seu amigo, não me interrompeu momento algum.

- Continue Raymond. - Fala Christian e respirando fundo continuo dando seguimento ao meu relato para aplacar suas dúvidas.

Não culpo Carla por tudo que aconteceu. Nunca culpei até porque se eu fizesse isso estaria sendo conivente com uma coisa repugnante.

Um dia no escritório o computador dela deu pane e ela teve que fazer seu trabalho de outro computador. Ela disse que estava enviando um e-mail quando se deparou com aqueles dados. Achou aquilo estranho e quando abriu o arquivo viu o tamanho do problema. Eu nem sei como ela terminou tudo naquele dia, mas quando cheguei em casa ela estava sentada no sofá toda tremula e muito nervosa. Você estava na casa da dona Adeline. Seu Pedro viu que sua mãe não estava bem então levou você para ficar com eles enquanto nós conversávamos.

Ela me contou tudo que viu. Na mesma hora entrei em contato com um amigo meu, de minha confiança que trabalha no FBI e conversei com ele. Com medo Carla não salvou os arquivos nem nada então não podíamos fazer nenhuma denúncia, pois não tínhamos provas. Sua mãe não pode largar o emprego porque isso iria levantar mais suspeitas. Então sua mãe continuou a trabalhar como se nada tivesse acontecendo. Enquanto isso comecei a investigar por conta própria com base no que sua mãe me contou. Todas as informações que eu conseguia, enviava para a força tarefa criada para solucionar esses crimes. Poucos meses depois comecei a estranhar o movimento próximo a nossa casa assim como também no trabalho. Sabia que estávamos chegando perto de algo e isso os fez reagir. Eles descobriram que sua mãe viu o arquivo. Só depois de que tudo aconteceu foi que fiquei sabendo.

Sua mãe estava com medo. Eu queria que ela fosse embora para a Geórgia. Ela é de lá e tem amigos que poderiam cuidar dela e de você, mas ela não queria ir.

Chamei Pedro e contei uma parte da história, pedi para que o mesmo cuidasse de você e de sua mãe se algo me acontecesse. Eu ia fazer de tudo para manter vocês duas vivas. Mas eu não podia parar com as investigações. Aquilo tinha que acabar e era o meu trabalho manter a população segura. Conversei com Pedro e ele me prometeu cuidar de você, Annie.

- Pedro preciso da sua ajuda meu amigo. - Falei assim que entramos em meu escritório e fechei a porta.

- Em que posso ajuda Ray? - Apontei a cadeira logo à frente da minha mesa para que o mesmo se sentasse e então comecei.

- Pedro, estou em uma investigação muito séria. Gente muito poderosa e não sei como isso vai acabar. Preciso saber se posso contar com sua ajuda e descrição para cuidar da Carla e da Annie se caso algo der errado. - Eu precisava de alguém fora o FBI para ficar de olho em vocês. Alguém que cuidasse de vocês porque as amava e não só por obrigação.

- Não me assusta com essa merda Raymond. Você é um cara sensato sempre foi e sei que tudo vai dá certo. Mas se precisar de ajuda para qualquer coisa saiba que pode contar comigo sempre. Estou velho, mas ainda dou trabalho e coloco vagabundo para correr. - Eu sabia disso.

- Só preciso saber que se algo acontecer comigo alguém em quem confio cuidará delas. Sabe que sempre tomo cuidado, mas algo sempre pode acontecer. - Eu sabia que o cerco estava se fechando e como não tínhamos provas suficientes o FBI não podia fazer nada.

MINHA SALVAÇÃO  (Concluído)Where stories live. Discover now