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Hugo

Ficar com Nick na cama depois de fazer amor é tão prazeroso quanto o ato em si. As carícias, os beijos e o chamego que ele faz me faz viajar para mundos multicoloridos onde vivem unicórnios e fadas.

Mas como dizem, o que é bom dura pouco e quando estávamos preparando nosso almoço o pai do Nick nos faz a amarga surpresa adentrando o apartamento sem nem bater na porta, nos pegando apenas de cueca o que não ajudou muito.

O velho ainda tentou dar uma de machão e tentar me expulsar do apartamento, acontece que já assistir a aquela aula e não iria nem fodendo deixar o Nick sozinho naquela situação.

Depois de umas trocas de farpas e umas verdades ditas na cara daquele velho sem noção, o Nick vai para o seu quarto ajeitar suas coisas e eu vou para a cozinha desligar o fogo, pois já começo a sentir o cheiro de queimado. Apenas desligo e deixo tudo lá, já que esse velho estragou nosso almoço então ele que limpe a bagunça.

Passo pela sala e vou até o quarto ajudar o Nick com as malas. Junto tudo com ele e pego também as minhas coisas. Quando terminamos apenas olhamos um para o outro, mas eu não resisto e o abraço.

– Não desabe ainda. Deixe para fazer isso depois que sairmos daqui. – Digo em seu ouvido e depois de dar um beijo em sua bochecha pegamos nossas malas e saímos.

Ao passar pela sala damos uma última olhada para o velho que parece também está se segurando para não chorar. Algo me diz que esse velho ainda vai pedir perdão ao Nick por tudo isso. E para minha surpresa ao abrirmos a parta o Nick fala:

– Adeus pai, saiba que sempre procurei ser o filho que o senhor sempre quis, me desculpe se falhei contigo, apenas escolhi ser feliz. Se um dia o senhor mudar de opinião a meu respeito, saiba que estarei aqui de braços abertos para te receber. O senhor nunca deixará de ser meu pai. Pode até não me querer mais como seu filho, mas saiba que te amo.

Não digo nada porque na verdade estou com uma imensa vontade de dá uma chacoalhada na cabeça daquele velho e ver se ele acorda para vida.

Seguimos calados pelo corredor e entramos no elevador que por sorte está vazio. Descemos em silencio até o estacionamento e como o Nick já tinha ido de carona no meu carro e deixado sua moto no meu prédio foi fácil arrumarmos nossas malas e seguirmos viagem para o meu apartamento, onde espero que possamos nos entender e que de lá ele não saia mais.

Dentro do carro ele já deixa à represa se romper e começa a chorar. Fico na minha calado, pois sei bem o que ele está passando. Romper esse laço é a parte mais difícil principalmente se tem boas lembranças e se um deles vai sofrer com essa separação. Sei que ele está pensando na mãe que não faz ideia do que aquele troglodita acabou de fazer.

Chegando ao apartamento ajudo-o a tirar as malas do carro e seguimos para o apartamento. Deixo tudo no meu quarto e segurando sua mão caminho para o sofá que tem na sala de TV.

– Quer beber alguma coisa? – Pergunto para ele quando o mesmo se senta. Ele apenas balança a cabeça que não então me sento ao seu lado colocando sua cabeça em meu colo e fico fazendo carinho em seus cabelos. – Não fica assim. Tenha paciência, tudo vai dá certo. Pelo olhar que vi no meu pai, acho que sua relação com ele ainda possa ter salvação. Vamos dar tempo ao tempo, e esperar as coisas se ajustarem.

– Eu pensei que mamãe iria convencer ele a mudar de ideia. Tinha esperanças que isso acontecesse.

– Quem sabe ainda não acontece. Hmm... sei que é difícil esse rompimento, mas você vai conseguir dar a volta por cima. Estou aqui para te apoiar em tudo que você precisar.

MINHA SALVAÇÃO  (Concluído)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora