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Saímos do fórum com a sensação de dever cumprido

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Saímos do fórum com a sensação de dever cumprido. Posso estar parecendo insensível com a Magdalene e até mesmo com o Tio Jeremy, mas não posso simplesmente não ficar satisfeito por que a Justiça enfim está sendo feita.

Magdalene e David se despedem de nós e vão para seu carro, Vera e Jeremy vão com eles enquanto troco algumas palavras com Dr. Barreto antes de sairmos, porém ao cruzarmos as portas do Fórum fomos surpreendidos ao nos depararmos com os abutres da mídia que faz presença no local, aglomerados prontos para devorar sua presa.

- Senhor Grey, Senhor Grey uma palavrinha... - Grita um dos repórteres enfiando a droga do microfone na minha cara. A vontade que tenho é arranca-lo de sua mão e jogar fora, mas me controlo e apenas sorrio para o bastardo.

- Senhora Grey, é verdade que a senhora foi processada por agredir uma pessoa? É verdade que a senhora...

Taylor não deixa o imbecil continuar as perguntas e o tira da nossa frente.

- Senhora Grey, o povo quer saber...

- Meu escritório emitirá uma nota para vocês. Agora saíam do nosso caminho.

- Mas Senhor Grey... Como é ter o nome da sua esposa nas páginas policiais?

- Uma vergonha para esse país, em saber que uma pessoa pode ser processada apenas por se defender. E no caso da minha esposa, ela apenas me defendeu enquanto eu não podia. Então respondendo sua pergunta. Eu só tenho orgulho da minha esposa. - Digo já coloco Ana para dentro do carro entrando logo em seguida e Parrish bate a porta.

Taylor já está no volante e assim que Ray entra, nós saímos. O comboio com nossos seguranças nos levam para casa. Nesse momento tudo que quero é chegar em casa em segurança para poder sentar com Ray e saber como foram as coisas.

Graças a Deus o caminho é tranquilo e em 40 minutos estamos passando os grandes portões. Ana permanece calada desde quando saímos do Fórum e assim que descemos do carro seguro sua mão puxando-a para nosso quarto.

- Ray, Taylor, falo com vocês daqui a pouco. Só preciso falar com minha esposa, primeiro.

- Eu estou bem Christian. - Fala ela como se eu não visse que não está nada bem. Conheço minha mulher por dentro e por fora. É a pessoa mais transparente que já conheci.

- Não está não. - Digo sem parar de andar e nem dar tempo para ela retrucar.

No nosso quarto entro segurando sua mão e fecho a porta. Agora sim, vamos saber o que se passa nessa cabecinha.

- Então? - Pergunto parado a sua frente.

- Então o que Christian? Eu estou...

- Ana! - Respiro fundo pegando seu rosto entre minhas mãos. - Amor sou eu, seu marido. Não adianta querer esconder as coisas de mim, pois você sabe que não vai conseguir. E antes que eu fique pensando em mil coisas absurdas é melhor você me contar o que está te perturbando tanto.

MINHA SALVAÇÃO  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora