Capítulo 38

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– Vamos, disse ele, vestindo a camiseta, pegou minha mão entrelaçou seus dedos com os meus, o senhor Antônio ficou olhando, aliás, todos olhavam, fiquei sem graça, tentei largar suas mãos, ele apertou ainda mais forte, entramos na caminhonete e fomos beirando o mato. – Feche os olhos, abre só quando mandar, não vai abrir, hein.

– Sim senhor. De repente estava com a bexiga cheia, não aguentaria muito tempo assim, ainda mais com os solavancos que a caminhonete dava.

Andamos um pouco, os solavancos não me ajudavam muito. – Já chegamos? – Pergunto, cruzando as pernas.

– Não, mais um pouco. Passou mais um tempo.

– Já chegamos?

– Não, ele falou, quando chegar eu aviso.

Passou mais um tempo.

– Já chegamos?

– Não eu disse, ele estava ficando zangado, passou mais um minuto.

– Já chegamos?

Antony parou o carro, eu estava rindo, não sabia o que estava acontecendo.

– Vai fechar essa boca, sim ou não?

– Sim senhor, disse escondendo meu divertimento.

– Acho bom mesmo.

Continuamos.

– É sério, Antony, já chegamos?

– Nãoooooooo.

– Tudo bem, não grite, mais um minuto.

– Já chegamos?

Parou o carro novamente, saiu fora deixando-me sozinha.

– Antony, posso abrir os olhos, eu preciso fazer xixi, mas não ouvi nada. – Antony, é sério, preciso fazer xixi.

Abriu a porta do meu lado, colocando suas mãos em meu rosto e beijou-me, parou e beijou minha testa. – Droga, mulher, você está me torturando e não cala essa boca.

– Antony, é sério, estou me mijando, posso abrir os olhos.

– Não, nem pensar, eu levo você dar uma mijada – disse rindo.

– Tudo bem, mas não olhe.

– Pode ser aqui? – Perguntou.

– Não sei, eu não vejo nada, é bem escondido?

– Sim.

– Vire-se, não olhe.

– Tudo bem, já acabou?

– Não.

– E agora?

– Não, senti que isso era um trocadilho, eu estava me divertindo.

– E agora?

– Não.

– Credo, mulher, isso é uma bexiga ou uma caixa da água.

Não aguentei, ri tanto, ele tem um humor maravilhoso.

– Acabei, onde vou lavar as mãos.

– Tenho água aqui, jogou água em minhas mãos. – Vamos.

Escutei ele ligar o carro e sair, fiquei ali parada, cheguei a pensar que me deixaria ali e iria embora.

– Antony vai me deixar aqui? – Gritei.

Mas ele voltou, desceu do carro, ouvi seus passos vindo em minha direção, cada vez mais perto, tocou meu braço, meu corpo estremeceu todo pela antecipação, soprou em meu pescoço depois lambeu, Deus me arrepiei toda, falou baixinho em meu ouvido.

– Você está me deixando maluco, e duro como pedra, tomou minhas mãos e colocou sobre sua ereção, sinta como você me deixa, meu coração foi a mil, então ele me abraçou e me beijou. Eu já estava a mil, pronta para ele, abriu a porta do carro e entrou, nem sequer me ajudou a entrar­. – Seu ogro – resmunguei. Que raiva, ele me deixou a ver navios. E ele ria.

– Vamos, Marcela, se não vai ficar tarde.

– Droga, Antony, por que parou, estava gostando?

– Depois continuamos, – falou rindo – vamos, entre.

– Me ajude aqui, por favor, eu não vejo nada, posso abrir os olhos eu não aguento mais.

– Não, falta pouco para chegarmos.

Andamos mais um pouco, parou a caminhonete, abriu a porta e saiu, ajudou-me a descer, fechou a porta e empurrou-me contra ela esmagando com o peso do seu corpo, com suas pernas abriu as minhas, fazendo sentir toda sua masculinidade, beijou-me, sua língua fazia festa em minha boca, deixando-me tonta e sem ar.

Dio mio, Marcela, o que é isso? Pegou-me em seus braços e levou para perto do rio.

– Antony, seu maluco, coloque-me no chão, escutei barulho de água caindo, devia ser uma cachoeira.

– Fique aqui, e não abre os olhos sem eu mandar.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora