Capítulo 16

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Meu último dia na livraria foi tumultuado, muitos deixaram para comprar os livros de última hora, encheu de crianças, com seus pais nervosos, tentando burlar fila, xingando os outros, mas também ganhei muitos elogios, não via a hora de chegar ao AP. De volta para casa, comecei fazer planos, não saí nem uma noite, quero ir a uma boate. Chego ao AP cheio de gente estranha, até volto para fora me certificar de que não errei de AP.

– Boa noite – disse a todos.

Todos me olharam de cima abaixo.

– Boa noite.

Entrei na cozinha para beber água, veio um rapaz falar comigo.

– Oi linda. Já não gostei do rapaz. – Eu sou Victor, amigo do Antony, ele disse que tinha uma amiga ficando no AP, mas não falou que ela era tão linda.

– Sou Marcela, quer água, uma xícara de café?

– Não, nós estamos bebendo cerveja.

–Se me der licença, vou preparar um cafezinho. – Alguém quer café? – Perguntei.

– Eu quero – uma mulher gritou, vindo correndo para cozinha, com seus sapatos de salto fazendo barulho.

– Olá, eu sou Maria, você é a nova namorada do Antony?

– Não. Sou só amiga. – Eu me chamo Marcela. – O que faz a amiga do Antony no AP dele, já que ele nunca traz mulheres por aqui. – Eu estou aqui por uns dias, a trabalho, prazer em conhecê-la, Maria. – Falei sorrindo.

– O prazer é todo meu. Ela era alta, linda, loira, um corpão de dar inveja, tipo 60/90, toda empinada, e durinha. – Esse café está ótimo, disse ela, venha, quero apresentar você aos outros meus amigos, e foi me arrastando até eles. – Gente, essa é Marcela, amiga do Antony. Marcela, esse é José irmão mais novo do Antony, esse é Márcio o irmão do meio, ele beijou minha face, Luiz, o mais lindo, todos riram, e Victor que você já conheceu, Jaqueline, e Fernanda, e eu, a mais linda de todas, ri, gostei dela.

– Quero mais uma xícara de café, Marcela.

– Tudo bem, vamos para a cozinha.

Ficamos na cozinha tomando café, e conversando, conto sobre meu trabalho no Rio, e um pouco sobre minha vida, ela conta sobre o seu namoro com Luiz, disse que gosta muito dele, mas que não sabe se o ama. Fico com pena dele, parece ser um rapaz maravilhoso, e eles combinam tanto.

– Marcela, gritou Victor, venha sentar aqui com a gente e beber uma cervejinha.

– Não fui com a cara dele, e nem da Poodle – sussurro para Maria.

Maria ri. – Sei de quem você está falando, também não gosto dela, também não fui com a cara daquele babaca, já me cantou umas dez vezes; hoje, só quero o gostosão do striper dos EUA. E falando nisso, vamos com a gente para a boate.

– Sério, eu tinha pensado mesmo de ir a uma boate hoje, faz três dias que estou trancada, só vou da livraria pra cá, e daqui para a livraria.

– Vá se arrumar que daqui a pouco nós vamos, vou avisar que você vai com a gente. Pessoal, temos mais uma companhia para hoje, gritou da cozinha.

– Victor, você viu o Antony – perguntei?

– Acho que foi tomar banho.

Subi até o quarto dele, bati à porta e nada, olhei em outros quartos e nada, saí por uma porta, que lindo ele mora em uma cobertura, tem piscina, um pequeno jardim, churrasqueira, andei até o parapeito, debrucei, olhei a cidade toda iluminada, estava linda. Uma bela vista para uma foto, pena que não tinha uma máquina fotográfica comigo.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora