Capítulo 17

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Voltei para meu quarto para tomar uma ducha. Estava enrolada na toalha e vejo a porta abrir. Victor parou, ficou me olhando.

Meu sangue ferveu. – Ei, não ensinaram bater à porta, faça o favor de sair, estou me vestindo, mas ele nem se moveu, parecia uma estátua. – Por favor, saia antes que eu grite, insisti, que falta de respeito. Fui até a porta e bati com tanta força que fez eco no AP. Puta que pariu, quem ele pensa que é. Arrumei-me, fiz uma maquiagem leve, vesti minha saia preta, camisa cinza de seda, calcei meus sapatos de salto pretos e voltei para a sala dura parecendo um robô. Cheguei à cozinha e chamei Maria.

– Maria, como faço para andar com isso?

Ela ri. – É muito fácil, só colocar um pé e depois o outro, e soltar os quadris.

– Ah. É muito fácil, mas para você, Maria, não pra mim que sempre usei saltos baixos.

Tentei imitá-la, quase torço meu pé, não conseguia andar com aquelas drogas de sapatos, e ela andava impecavelmente bem, nada que uma treinada para ajudar.

– Vamos, Maria, chamou Luiz.

– Eu precisava falar com o Antony antes de sair, mas não encontro em lugar nenhum. Falei.

– Ele saiu, falou a poodle.

Ele saiu, imitei resmungando. Mas que raiva, por que não falou antes, fez-me procurar de propósito parecendo uma idiota, mas que lambisgoia.

Antes de sair, Victor veio e pegou meu braço para me acompanhar.

– Obrigado Victor, mas não preciso. Ele largou meu braço, deu aquele sorriso cínico, acho que ninguém percebeu, porque Márcio também já estava agarrando meu braço, tirei sua mão do meu braço, e sorri. Maria veio correndo, agarrou meu braço, não largou mais até chegarmos ao carro.

– Obrigada, Maria, por me livrar daqueles tarados.

– Eu vi quando Victor foi até seu quarto, não gostei do que ele fez, e o mulherengo do Márcio, acha que todas as mulheres são iguais com quem sai, queria que você visse a cara que a poodle fez quando Márcio segurou seu braço, fuzilava você com os olhos.

– Olha, eu não quero encrenca com a poodle, muito menos competir por homem algum, se ela quer todos os irmãos, fique à vontade. Olha para mim, não chego nem aos pés dela, e aquele corpo, viu as pernas dela, no máximo que eu posso pegar é o Buiu num pau brabo.

– Quem?

– Deixa pra lá.

Dividiram a turma para ir nos carros, eu fui junto com Maria, ela ligou o som a todo volume. – Maria, abaixe o som, por favor, ela não ouviu, então José gritou. – Mariaaaa, abaixe esse som, está alto demais. José é um lindo rapaz, corpo esguio, moreno, cabelos pretos compridos e superlisos, olhos pretos, têm algo nele que faz lembrar o Antony. Ela diminui o volume do som. – Obrigada, Maria.

Chegamos à boate, José pagou a entrada para todos, putz, foi uma fortuna, Maria mandou vir champanhe fiquei apavorada com o valor, meu Deus, mas nunca que eu pagaria tudo isso por uma garrafa de champanhe, pegou meu braço e fomos para a sala VIP, tinha umas quinze pessoas. O champanhe rolava solto, a poodle não tirava os olhos de mim, ela é linda, mas aqueles cabelos... Pelo amor de Deus. Resolvi dar uma volta, passei pela pista de dança, estava lotada, mal dava para andar, vi umas cadeiras vazias e sentei, meus sapatos estavam me matando.

– Oi, amiga, o que está fazendo aqui?

– Não aguento mais esses sapatos, estão acabando com meus pés, tirei os sapatos e massageei. É sempre cheio assim aqui? – Pergunto.

– Sim, mas hoje está mais lotado que nunca, tem atração internacional, os striper dos EUA, vamos lá perto ver. Pegou meus sapatos deixando-me descalça só de meia fina. – Se você quiser pode tocar o corpo daqueles homens lindos, sarados e gostosos, quero ver se consigo o striper dos EUA, ele é maravilhoso.

– Desejo sorte para você, demora muito para começar?

– Não, mas antes vamos para a sala VIP, preciso de uma bebida.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora