Capítulo 25

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Depois daquele afrodisíaco almoço, Antony levou-me para conhecer o Cristo redentor, andamos de bondinho, passeamos pela praia, tomamos sorvete. Nossa tarde de domingo acabou tão rápido, droga, só de pensar que nunca mais vamos nos ver, dá vontade de chorar.

Entramos no carro, no trajeto da volta para o AP, permaneci calada.

– Por que está tão calada?

Respirei fundo. – Não sei, de repente vejo que amanhã estaremos longe, e nunca mais vamos nos ver. Droga, não vou chorar.

– O domingo não acabou minha cara, temos a noite toda pela frente, podemos ir à boate de striper. O que acha?

– Você tem que ir dançar hoje.

– Não, era só para nos divertirmos.

– Acho que não, mas se você quiser ir, não se preocupe comigo, vou pedir uma pizza e dormir.

– Você vai comer pizza sozinha, não ia me convidar?

– Achei que você iria para a boate.

Chegamos à garagem e desci do carro, esperei por Antony. – Quer comer pizza comigo, Antony, eu pago as pizzas e você o vinho.

– Legal, por que eu tenho que pagar o vinho, não às pizzas?

– Olha, para mim pague os dois se quiser, eu não sei escolher vinho mesmo.

Antony pegou em meu braço, e entramos no elevador, olhamo-nos surpresos.

– O que tem esse elevador, que cada vez que entramos tem casais se amassando aqui dentro, murmurou em meu ouvido.

– Sei lá, deve ser porque é muito lento, sussurro, e você sabe que jovens, hoje em dia, vivem com os hormônios a flor da pele.

Quarto andar o casal saiu, deixando- nos as sós.

Antony começou a se aproximar. – Confesso também que de uns dias para cá, ando com meus hormônios a flor da pele, prensando-me contra a parede do elevador com fúria. – Opa, começou a rir. Colocando uma mão cada lado do meu rosto, abrindo minhas pernas com as suas, deixando-me presa e sentindo sua ereção, então me beijou com vontade, de faltar ar, minhas pernas ficaram bambas, céus que homem. Afastou-se para respirar. – Não sei o que acontece comigo quando estou perto de você, mulher, você me deixa louco – então agarrou-me trazendo meu corpo para junto do seu, mordeu meu lábio, com sua língua explorando minha boca, fazendo meu corpo estremecer, pegar fogo, só ele para acalmar. O elevador parou, não percebemos, um casal de idosos entra e escutamos uma arranhada de garganta.

– Aaahrrr, o que tem esses jovens de hoje em dia que fornicam em qualquer lugar, minha velha – disse o senhor.

Rapidamente Antony me larga, olhei para ele – o quê? Nós fornicando? Por Deus. – Antony ria. O casal de senhores saiu no décimo primeiro andar. Chegamos ao AP rindo. Antony ligou pedindo a pizza, eu apronto a mesa.

– Marcela, vamos comer aqui na sala, depois tenho uma surpresa para você. – Disse sorrindo.

– Tudo bem. O que será que ele está aprontando? – Penso.

– Podemos assistir a um filme enquanto comemos. Gosta de que, comédia, romance, terror, ou ação?

– Eu gosto de futebol, comédia, mentira, ação, e comédia.

– Escolha um, comédia ou ação.

– Comédia, vamos assistir os três patetas, depois você escolhe.

– Qualquer um.

– Sim, qualquer um.

O interfone tocou, Daniel avisou que o entregador de pizzas tinha chegado. Antony mandou subir, pegou as pizzas.

– Meu Deus Antony, que exagerado, parece que está morrendo de fome.

Olhou para mim, sentada no chão, escorada no sofá, sentou sobre minhas pernas, prendendo-me contra o sofá, comecei a rir. – Pelo jeito as lesmas afrodisíacas estão fazendo efeito, para Antony, não vale cócegas. – Aquilo não são lesmas, são ostras, deitou-me no chão sempre por cima de mim, eu não preciso de afrodisíacos, sinta como estou, colando seu corpo no meu, esta sentindo.

– Sim, beijei sua boca linda, mas isso vai ter que esperar garotão, se não nossa comida esfria.

Comemos as pizzas e assistimos ao filme, conversamos e rimos muito. Olhei para o relógio meia-noite, céus como as horas passam.

– Antony, acho melhor irmos dormir, já é tarde, você tem que acordar cedo amanhã, beijei sua face, boa noite.

– Não senhorita, agarrou meu braço, acompanhe-me.

Saí atrás dele, parou em frente à porta de um cômodo. Esse cômodo estava trancado quando procurei por ele outro dia.

– É seu quarto vermelho da dor? – Pergunto rindo.

– Não, isso não é minha praia, disse voltando-se para mim.

– Qual é tua praia então?

Abriu a porta. – Isso é minha praia.

– Nossa. – Uau, um estúdio, você treina aqui, e tem até uma barra de polidance, olho para ele já estava girando.

– Sente-se – mandou. Sentei-me, ligou o som, música (Iplease Forgive Me, Brayan Adams), começou a dançar na barra, depois voltou para o chão, começou a despir-se, sempre me olhando, quando esta quase nu, puxou-me para juntar-se a ele, enquanto dançava ia me despindo, beijando minha pele, fazendo-me arrepiar toda, pegou minhas mãos e girou para ficar de frente para ele, então nossos rostos estão colados, lágrimas caem de meus olhos, ele está despertando algo que ficou sempre escondido em meu coração, fazendo-me sentir querida, desejada, segura e amada, acho que o amo, como deixei acontecer isso.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora