Capítulo 23

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Levantamos e fomos nos banhar. Voltamos para o quarto.

– Dorme aqui comigo, Antony.

– Sim, senhorita, saiu correndo e pulou na cama.

–Onde será que já vi isso – disse rindo. – Sai correndo e pulei em cima dele.

– Ai! Sua doida, vai me machucar, me atacando e fazendo rolar, caindo os dois da cama. Graças a Deus que você vai embora pra casa, se ficarmos mais uns dias juntos, você vai me matar.

– Credo, Antony, eu nunca faria isso, com tanta falta de homens no mercado, seria pecado acabar com um tão lindo e gostosão assim.

– Eu adoro você, permanecemos no chão, nos amando novamente. Dormimos até meio-dia; quando acordei, Antony não estava mais na cama, levantei, tomei uma ducha, me arrumei, e fui para a cozinha. Encontrei Victor tomando café.

– Bom dia, cadê o Antony?

– Bom dia, deve estar dormindo, o que está rolando entre vocês, Marcela?

– Por que você quer saber?

Ele levantou, sentou ao meu lado.

– Sabe, achei que você era burra, mas está se saindo bem espertinha, não sei o que viu no paspalho do Antony, e no Márcio.

Fiquei perplexa, será que ouvi bem?

– Ele não é pra você, e nem o mulherengo do Márcio.

– Olha o sujo falando do mal lavado, rolo os olhos de raiva. – Você é um idiota, e você pensa que é o homem certo para mim?

– Sim, por que não? Eu sempre fui melhor que ele.

– O quê? Claro, agora entendi, você morre de inveja dele, Victor? Com um amigo como você, ninguém precisa de inimigo.

– Claro que não tenho inveja, sou muito melhor que ele, para provar isso você será minha.

Dei uma gargalhada. – Você é louco, nunca, nem pintado de ouro, prefiro o Márcio que você, e você vai ter que ser muito macho para conseguir, uma vez caí na desgraça de ter um homem troglodita é uma coisa, agora cair na segunda, ou sou trouxa ou estou louca. E não, obrigada, já sou vacinada, com homens do teu tipo.

– Venha aqui. Puxou-me para seus braços. – Eu já tirei uma mulher dele, tentou me beijar, dei uma joelhada onde não bate o sol, que o coitado sentou sem querer.

– Tente de novo, na próxima vai ser bem pior, você é pior do que eu imaginava, que raiva, comecei a falar mais alto, mas me contive, não queria que Antony ouvisse.

– Me diz o que o Antony tem que eu não tenho? –Falou com cara de dor.

– Um monte de coisas, quer ouvir? Primeiro de tudo, ele tem respeito, não fica agarrando mulheres à força, e nem tirando elas dos amigos; segundo, você vai ter que ralar muito para chegar aos pés dele, e terceiro, se você comeu a mulher dele, tenho dó dela de ser tão burra, trocar um homem como ele por um pouco coisa assim, olhei de cima a baixo. Se enxergue, não gosto de homens idiotas, pé no saco.

– Eu não sou... Antony entrou na cozinha interrompendo o assunto, graças a Deus, não aguentava mais ouvir tanta merda.

– Bom dia, gente, beijou meu rosto, sobre o que vocês estão conversando?

– Bom dia, achei que tinha viajado, Antony. Falou Victor sem graça.

– Eu vou com você amanhã, pegou uma xícara de café, sentou perto de mim, colocou sua mão na minha cocha, apertando, dou um pulo de susto, quase derrubo meu café.

– O que foi? – Disse ele sorrindo.

Levantei, lavei minha xícara. – Vocês vão almoçar em casa? – Perguntei.

– Não, vou almoçar com a Fernanda.

– E você, Antony?

– Vamos almoçar fora também.

– Quer dizer que vou ficar sozinha, belo amigo você, hein!

– Ei, eu falei vamos almoçar fora, eu quis dizer você e eu.

– Vocês dois hein! Amigos com certos privilégios. – Victor disse com sarcasmo.

– Vai pentear macaco, Victor, vai almoçar com sua Fernanda, não temos que dar satisfação da nossa vida para você.

– Calma, não falei nada de mais. – Disse saindo para seu quarto.

– Por que você o tratou assim?

– Por que não gostei dele, é muito falso e metido a besta, se acha a último biscoito do pacote, fala sério, ninguém merece, idiota, bufei. Bom, deixa pra lá, onde vamos almoçar?

– Você escolhe.

– Eu não conheço nenhum restaurante, pra mim até um cachorro-quente serve.

– Então, senhorita, vamos comer cachorro-quente.

– Antony, deixa eu ir mudar de roupa, estou horrível assim.

– Você está ótima assim. Pegou meu braço, levando-me até o elevador. Chegamos à garagem, olhei para ver se o fusca estava lá.

– Vamos de fusca, Antony?

– Não, eu mandei reformar ele para meu pai.

– Vai dizer que seu pai gosta de fuscas.

– Aquele não era um fusca! É uma relíquia, meu pai vai adorar, sempre quis um, segunda-feira vão entregar para ele, vai ser uma surpresa e tanto.

– Gostaria de ver, e qual é o carro de hoje.

Desligou o alarme. – Nossa, um carro e tanto, Land Rover 4x4, esses carros são todos seus. Um Ferrari e um Lamborghini.

– Não, só esse, os outros são dos meus irmãos, eles deixam aqui.

– A pobreza, por que ter tantos carros tão caros assim? Vocês não tem medo de serem assaltados, sequestrados.

– Não, eles todos são blindados e rastreados. Qual sua preferência?

– Bom, sempre gostei de carros grandes, mas podemos dar umas voltas com os três – disse rindo.

– Você está parecendo uma criança.

– E daí? Quem não chora não mama, brincadeira, eu preferia o fusca, era mais divertido.

– Vamos com Land Rover. – Abriu a porta para mim.

– Nossa isso é muito chique, estou me sentindo em um dia de princesa.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora