Capítulo 18

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Chegamos à sala VIP, ela vinha dançando com os braços para cima com meus sapatos nas mãos, todos riam, era uma doida, até eu ri. Nossa, quanto corri atrás daquela maluca para pegar meus sapatos, a doida não largava os sapatos e nem a taça de champanhe.

– Maria, eu preciso dos meus sapatos, fico muita baixinha sem eles.

– Você disse que estavam machucando seus pés.

– Sim, mas já estão melhores.

– Tudo bem, calce os sapatos e vamos para pista, que vai começar.

– Vamos lá ver o lindo striper dos EUA.

– Espera, vou pegar mais uma taça, meu Deus essa mulher é uma verdadeira pipa. Ela me puxou pelo braço e fomos para a pista.

– Mexe esse esqueleto, mulher, bebe um pouco, você fica mais solta, você vai ficar louca quando vir esses homens, vamos lá perto que eles estão entrando.

Para chegarmos lá, ela ia abrindo picada, não estava nem aí, pisava nos pés, dava cotoveladas, empurrava tudo para ver de perto o bendito striper dos EUA. Começou a música, primeira apresentação veio dez bailarinos juntos dançando a mesma coreografia impecavelmente bem, ao som do Tonight (Magic Man) dez homens lindos vestindo jeans desfiados, cintura baixa, deixando aparecer a linha dos músculos oblíquos, bandana na cabeça e colete aberto, como dançavam, fiquei abobalhada, acabou a música começou outra, (Dynamite) de Tayo Cruz, um cada vez passava em nossa frente dançando com coreografia própria, e saíam. Maria gritava, passava as mãos neles; eu, séria, parecia um dois de paus, saíram todos do palco, então um de cada vez apresentava sua dança individualmente, assim por diante, até divulgarem o striper dos EUA. Tapei meus ouvidos, Maria gritava, caracas, não sei de onde saía tudo aquilo, começou a música Bruck- Bruck (I Need Your Lovin) de Dillon Francis, o striper entrou com tudo, vestindo jeans surrado com regata branca e suspensórios, um pano preto cobrindo seu rosto, parecia a máscara do zorro, eu fiquei de queixo caído, que flexibilidade era essa, parecia ser praticante de capoeira, a música tinha pegadas de funk, como pode requebrar assim, eu estaria com a espinha em frangalhos, parecia dançar o creu em todas as velocidades, com quadradinho de oito, fiquei hipnotizado com sua beleza mesmo com a metade do rosto escondida. Então ao som de Sail, Awolnation, começou a despir-se, primeiro os suspensórios jogou longe, sempre dançando, depois a camisa regata, quando ficou de costas para nós, vi a tatuagem, não pode ser, não estava acreditando no que via, sorri, ele chegava cada vez mais perto de nós, meu coração disparou, não conseguia parar de olhar, admirar aquele corpo, a mulherada agarrava, passava as mãos, o jeito como dança, ele é tão quente, fiquei imaginando ele colado ao meu corpo dançando, passando suas mãos em minha pele, me arrepiou toda Jesus... Me.... Abane – tirou a calça, ficando só com aquele fio dental que eu achei horrível, por que não ficam nus de uma vez? Mas ele é de tirar o chapéu, que traseiro, que pernas, que abdômen, que peitoral, que tudo, é de parar o trânsito, além de ser lindo, é simpático, o jeito como trata as mulheres, é tão querido.

– Marcela, ele não é lindo.

– Sim. Muito. Falei maravilhada.

Ele chegou perto de onde nós estávamos, virou-se para nosso lado, assim que olhou para mim sorriu, colocou o dedo na boca, e passava suas mãos no corpo, como ele é safado, parou de dançar, fez sinal chamando com o dedo, olhei para trás para ver quem ele estava chamando, Maria empolgou-se, achando que era ela, fez sinal chamando-me novamente. – Eu? – Fez que sim com a cabeça, engoli séria, ele dá água na boca, pele bronzeada, não sei o que ele passou no corpo, parecia óleo, dava para ver as formas dos seus músculos bem malhados, cada cominho do seu abdômen, fiquei tão envergonhada, por ele ter escolhido justamente a mim.

– Marcela, ele está chamando você, vai lá, rápido mulher.

Olhei para todos, não estava acreditando, que o maluco do Antony estava aprontando, será que ele lê pensamentos, a poodle ficou indignada comigo. – Vai lá, pensa que não sei que você quer aparecer.

– Vai lá você, então, e pare de latir. Esbravejei.

– É isso aí, ele chamou Marcela, então é ela quem vai, entendeu poodle, Maria deu uma piscada para mim; vai lá, amiga, e divirta-se.

Antony estendeu sua mão, puxando-me para cima no palco, pegou meus braços fazendo-me girar.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora