Capítulo 36

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 – Não e sim, se com ameaça de aborto não aconteceu nada, era para ser,, deve ter agarrado muito forte, por isso falei que ele é um carrapatinho.

– Marcela, esse filho não pode ser meu, só pode ser brincadeira, em outras circunstâncias ficaria feliz, muito feliz, mas sei que eu nunca vou ser pai. Lágrimas caíram dos seus olhos. –Droga, dez anos de casado minha ex, nunca engravidou, e nós uma vez, e você diz que está grávida de um filho meu, não, não, eu não acredito.

– Sente-se aqui, Antony, e escute, eu estou mais nervosa que você, sei que é difícil de acreditar, cheguei a pensar que você me enganou, mostrando um teste falso, mas seu pai confirmou que você fez o teste.

– Meu pai sabia, eu mesmo contei a ele.

– Eu sei, vou voltar para casa, ter o bebê, mais tarde, se você quiser fazer teste de DNA, tudo bem, só não fique com raiva de mim, sei que mal nos conhecemos, não quero que meu filho seja um peso para você, continue sua vida, finja que não aconteceu nada, vou continuar com a minha, sem mágoas, por favor.

– Não sei.

– Bom, eu vou gostar muito se você não ficasse magoado comigo, sorriso lindo, que merda, Antony, estou tentando deixar as coisas mais fáceis o possível entre nós, e você diz não sei.

– Desculpa, não sei o que dizer, estou sem palavras, quero acreditar, mas não consigo, ao mesmo tempo estou feliz, sei lá, está tudo uma confusão, não sei o que dizer, sinceramente.

– Tudo bem, empresta o celular.

– Para que você quer meu celular.

– Dou! Para que serve o celular, cabeção, se não para ligar.

– Pega.

– Tem acesso ao Facebook?

– Tem, aqui...

– Vou mandar uma mensagem para meus filhos. Oi meus queridos, a mamãe está bem, estou com saudades, meus olhos encheram de lágrimas, vou voltar logo para vocês, beijo, amo muito vocês, cuidem-se. Bom, agora eles sabem que estou bem, obrigada, Antony.

– Está melhor.

– Sim, bem melhor, olha seu pai, pobrezinho, acabou dormindo no sofá, leve ele para casa.

– Amanhã nós voltamos, se cuida, beijou minha face.

– Sim, pode deixar, as enfermeiras vão me ajudar também, boa noite.

– Boa noite, beijou minha testa, até amanhã.

Na manhã seguinte ganhei alta, sai do hospital, não vi ninguém, acho que esqueceram que eu tinha alta hoje de manhã. No outro lado da rua, vi Antony, que me esperava escorado no carro com os braços cruzados, não deveria existir homens lindos assim, sorriu para mim, veio ao meu encontro, pegou minha bolsa, beijou minha face.

– Como você está hoje de manhã?

– Livre, animada para ir pra casa, não quero mais ver esse hospital na minha frente por um bom tempo, tenho que passar na farmácia, Antony.

– Já tomou café?

– Não, não tenho fome, quero ir para casa. E teu pai como está?

– Está bem, já está correndo para tudo quanto é lado na fazenda, não sossega.

– É teimoso esse seu pai. No dia em que ele sofreu o enfarte, vi que ele não estava bem, mesmo assim quis continuar, parecia que seria a última vez que verias suas terras.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora