Capítulo 13

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Minha tarde na livraria não poderia ter sido melhor, cheguei ao AP morta, hoje sim vou precisar de uma aspirina, tomei banho, vesti minhas roupas de dormir, fui para a cozinha, preparei um sanduíche, e voltei para a sala para assistir a novela, acho que apaguei, acordei com o maior tiroteio, cheguei a cair do sofá. – Puta merda, que susto. Estava passando o filme Duro de Matar 3, olhei a hora, meia-noite, será que o Antony já voltou? Desliguei a TV e fui para o meu quarto dormir, acordei com o barulho de algo batendo, levantei para ver, era a porta do banheiro, estava ventando e ela batia na parede.

Aproveitei tomar água, sentei no banquinho perto da geladeira, com a cabeça escorada na parede, os olhos fechados, acho que ali virou meu ponto de beber água, não liguei a luz, tinha a iluminação das luzes de fora, de repente a luz acende.

– Que susto, Antony. Olhei de cima a baixo, estava nu, quando vi, acho que fiquei uma verdadeira aquarela. Sério, acabou comigo, minhas mãos coçavam para tocar aquele corpo maravilhoso.

– O que você faz aqui na cozinha de novo?

– Vim beber água, vai vestir uma cueca homem. Mas em vez de parar de olhar o corpo dele ou tapar os olhos, fiquei como uma boba, de boca aberta babando, e ele nem aí para mim, foi até a geladeira, fiquei olhando aquele belo traseiro durinho, pegou a garrafinha de água e bebeu, de frente para mim, com aquela coisa mirando pra mim.

Meu ex-esposo era lindo nu, mas esse maluco me deixa de pernas bambas, me excita, me deixa boba.

– Engoli. Exibido, vai vestir uma roupa, e para de ficar desfilando.

–Se não gostou, feche os olhos.

– Que cara de pau, exibido.

Ele saiu rindo. Tinha uma tatuagem linda, o corpo de um dragão cobria todas as suas costas até seu traseiro, a cauda enrolava a perna esquerda até o tornozelo.

– Está olhando o quê? Virou-se para mim.

– Cara, vire-se, de bunda você fica mais bonito, falei rindo, estava olhando a tatuagem.

– Achou bonita, já virando para mim novamente.

– Não vire, fique aí quieto, quero dizer, sei lá, que droga, você está fazendo de propósito safado.

– Gostou da tatuagem – falou rindo.

– Sim, é muito linda, mas o dono é mais lindo, droga, por que não consigo fechar essa boca?

– O quê?

– Finja que não escutou o que falei, eu sou uma matraca, coloquei o copo na pia. – Agora que vi você nu, estamos kits. Ok. Dei uma piscada, boa noite, exibido, saí devagarinho para meu quarto.

– UFA. Que calor! Joguei-me de costas na cama, cheguei a quicar, poxa, um ano num jejum desgraçado, e ele aparece pelado, todo exibido na minha frente, quer me fazer trepar nas paredes. Tinha que ser gostoso assim? Acho que gritei, porque escutei Antony bater a porta e perguntar se eu estava bem.

– Sim, só estou comendo um bombom, peguei um rapidinho, desembrulhei e mordi, abri a porta, quer um, es...tá... gos...to...so, soletrei olhando para baixo, droga ainda estava nu, na porta do meu quarto, com suas partes mirando para mim.

– Droga, Antony, para de se exibir, se não...

– Se não o quê?

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora