Capítulo 24

25 2 0
                                    

Chegamos ao restaurante.

– É um restaurante, Antony, tem certeza de que servem cachorros-quentes aqui?

Entramos, todos nos olharam, principalmente para mim. – Eu falei para esperar eu mudar de roupa, estão todos me olhando, pareço uma jeca.

– Não ligue pra isso, pense bem, você está com o homem mais lindo do restaurante, mesmo parecendo uma jeca.

– Bobo. Dei uma cotovelada.

– Ai, doeu, você é um perigo mulher.

– Não viu nada ainda, nunca queira levar uma joelhada aqui, apertei sua braguilha.

– Maluca estamos em um restaurante.

– Eu sei, apertei seu bumbum. – Gostoso.

– Boba, espere até chegarmos em casa que vou mostrar o gostoso – disse rindo.

– Uh! Vamos voltar pra casa, Antony.

– Comporte-se, mulher, quer que os outros vejam que estou ficando duro?

– Sério, pulo na sua frente e olho para baixo, e começo a rir.

– Não acredito que você está se divertindo com minha ereção. Um maître bem-vestido chegou e nos acompanhou até uma mesa.

Boa tarde, seu Antony, senhorita – disse o garçom entregando o cardápio. – Quer o mesmo de sempre para beber?

–Sim, Jaime, duas taças do melhor vinho, obrigado.

– Disponha, senhor.

Eu não parava de rir, já estava chamando atenção novamente.

– Para de rir de mim.

– Vem sempre aqui, Antony?

Tentei ficar séria, mas caí na risada novamente, não conseguia parar, não teve tanta graça assim, mas tem horas que a gente acha graça e não para de rir.

–Nossa, você fica tão fofa quando ri, está até chorando.

– Sim, esse restaurante é do meu irmão Márcio, a comida daqui é ótima, já escolheu o que vai comer.

Limpo minhas lágrimas, tomo um gole de vinho, mas não conseguia olhar pra ele, que o riso vinha.

– Não, mas e o cachorro-quente?

–Não servem cachorro quente aqui, só frutos do mar.

– Está difícil escolher, acho que vou comer o mesmo que você. Arqueou as sobrancelhas, dando um sorriso.

– Tudo bem, pedirei para nós dois.

O garçom trouxe os pratos, com ostras e limões, acompanhados de salmão grelhado com saladas.

– Credo, Antony, aqui tem comida para um batalhão. Olho para meu prato, as ostras abrem e fecham sua concha. Meu Deus, essas coisas estão se mexendo no prato, Antony, elas estão vivas, fiz o maior estardalhaço, você come elas assim, nunca comi um trem desses, um bolo se formou em minha garganta, tomei uma taça de vinho em um golo só – ele ria sem parar. – Como você consegue engolir? – Desculpa. Vou ao banheiro, eu nunca comi ostras na minha vida e nunca vi uma de perto, tenho pavor de sanguessuga, isso fez lembrar-me deles.

Olhei-me no espelho, meu semblante estava um horror, parecia aquelas gosmas, meu estômago embrulhou, aquilo estava nojento, voltei para a mesa, meu prato estava vazio. – Você comeu todas?

– Uh, uh, disse ele lambendo os dedos, está uma delícia. Antony abria as ostras com os bichinhos vivos, espremia limão em cima, elas se encolhiam, uma salpicada de sal e mandava ver.

– Nossa, Antony, isso deve descer que é uma beleza. O bolo na minha garganta que não sai, chegava me arrepiar. Serviu meu prato com salada e salmão grelhado, até que não estava tão ruim assim. Antony olhou para mim. – Nem pensar, se você está pensando em me beijar, pode tirar o cavalinho da chuva, meu chapa. Falei.

– Eu não pensei nada disso, estava pensando algo mais "caliente" que um beijo, bom em beijos também, mas eu ia perguntar se você não queria experimentar uma.

– Não mesmo. As ostras já estão fazendo efeito gostosão.

– Eu lá preciso de ostras.

– É hoje que a porca pitoca torce o rabo, cocei a cabeça, estou lascada.

Ele ria à beça.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora