Capítulo 19

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– Dança, falou em meu ouvido.

– Tenho vergonha, não sei como fazer isso, resmungo.

– É só me acompanhar, girou-me com a batida da música, ficando atrás de mim, colocou suas mãos na minha cintura apertando meu corpo trazendo mais perto do seu, sentia seu corpo esfregando no meu, a respiração quente em meu pescoço, arrepiando-me toda, fazendo me rebolar.

– Você está linda, Marcela.

– Não minta. Acho que estou ficando louca isso sim. Ele ri no meu ouvido, céus eu estava pegando fogo. Deslizou suas mãos para meus quadris. – Levante seus braços e mexe esses quadris Marcela, dando um tapa no meu traseiro, fiz o que mandou, então deslizou suas mãos pelo comprimento do meu corpo, voltou para meus quadris novamente para fazer meu corpo dançar colado com o dele, rebolando sempre.

– Não faz isso, Antony, você está me deixando...

– Excitada, isso é bom.

– Bom! Espere só quando você chegar em casa.

– Vai fazer o quê? Girando-me para olhar ele sorrindo.

– Você está me tirando, não faz isso comigo, falei choramingando.

Girou-me novamente, beijou meu pescoço, senti arrepios na espinha até a nuca, senti que minhas pernas fraquejarem.

– Droga, Antony, agora você está me deixando excitada de verdade, posso sair. – Não, logo agora que está ficando bom e todos estão nos olhando disse ele rindo, virei para ele. – Antony, você está rindo da minha pessoa, vamos parar, não faz isso, estou ficando nervosa.

– Calma, a música não acabou ainda, ajoelhou-se entre minhas pernas, subindo e passando as mãos em minhas coxas, e esfregando seu corpo no meu, sem tirar os olhos de mim, meu coração parecia sair pela boca. Pegou-me em seus braços, fiquei pendurada com as pernas em sua cintura, sentou-me em uma cadeira e começou a rebolar na minha frente, passando suas mãos no próprio corpo, sentando em minhas pernas, pegou minhas mãos e fez deslizar pelo seu tórax até seu abdômen. Droga dupla, ele está fazendo de propósito.

– Chega, Antony, eu vou chorar. – Não, você não vai chorar, eu não vou deixar. – Tudo bem, não vou chorar, mas o striper aqui é você, já está na hora de me colocar lá embaixo, eu não respondo por mim. Antes de me soltar, puxou-me para perto, olhou nos meus olhos, e beijou- me, e que beijo. Todos aplaudiram. Desci do palco tremendo, lágrimas teimosas saíam dos meus olhos.

– Marcela, o que foi aquilo? – Disse Maria.

Não respondi, só queria sair dali, estava tão confusa, e prestes a cair na choradeira, saí correndo da boate e chamei um táxi, cheguei ao AP, tomei uma ducha para me acalmar, e me joguei na cama, não consegui dormir, ficava pensando se ele sempre chamava as mulheres para subir no palco, e aquele beijo, meu Jesus, o que foi aquilo, será que faz parte do show, que ódio. Levantei, fui para cozinha beber água, sentei-me no banquinho perto da geladeira, as luzes acenderam.

– Que susto, Marcela, o que você faz aqui de novo?

– Bebendo água, não consigo dormir. Olhei para ele, lágrimas caíram do meu rosto, droga. Levantei e coloquei o copo na pia, sequei minhas lágrimas.

– Faz tempo que chegou.

– Não muito, virei-me para ele. – Eu não imaginava que você fizesse show de striper, seus irmãos e seus amigos sabem que você dança.

– Não, acho que não, nunca falei, e também nunca perguntaram. Daí o quê você achou?

–De ver você dançar?

–Sim.

– Confesso que fiquei surpresa, quando vi a tatuagem, não acreditei, você é maravilhoso, um tesão dos diabos, as mulheres ficam loucas, quantas gostariam de estar no meu lugar no palco, dançando com o melhor striper dos EUA. Quero perguntar uma coisa, posso?

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora