Capítulo 7

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Ele olha pra mim meio que gostando do que vê, porque tinha um sorriso lindo no seu rosto. – Ei, se quiser, eu deixo você na livraria, tenho que ir para a reunião no hotel e fica perto.

– Obrigada, você vai me ajudar muito. – Falo meio tonta.

– Sério, falou ele, com o sobrolho franzido.

– Sim, a não me perder no primeiro dia.

– Mas que humor, mulher, você não existe, disse rindo.

– Não falei nada de mais, não conheço nada, tenho medo até de colocar meus pés lá fora.

– Então, como você vai fazer um tour por aí?

– Não sei, acho que não vou, vai que me perco, me assaltem, ou um sequestro relâmpago.

– Você tem celular?

– Tenho.

– Fica com meu número, qualquer coisa me liga, por favor – disse entregando o cartão de visita.

– Obrigado, mas não vou ficar atrapalhando, você tem suas coisas a fazer, e a última coisa que quero é dar trabalho, vou pegar o endereço do prédio qualquer coisa, pego um táxi.

– Como quiser, mas se precisar, ligue, por favor, não será incomodo algum.

Mesmo assim, peguei seu cartão de visita.

– Obrigada por tudo mesmo, não se preocupe, estou bem crescida, que horas você tem a reunião Antony?

– Está cedo ainda, por quê?

– Quero tomar uma ducha antes de ir, volto logo, não vá sem mim.

– Sim, senhora, falou batendo os pés juntos, tipo soldado, vou esperar pode ir.

Rolo os olhos para não rir. – Obrigado de novo, Antony, não tem palavras o que você está fazendo por mim. Pegou minhas mãos e beijou meu rosto. – Não tem que agradecer, vá pro chuveiro.

Olho para aquele rosto lindo, aqueles olhos negros penetrantes me deixam nervosa, não consigo encará-lo, parece que lê minha mente, é o sorriso mais lindo que já vi, ele me atrai de um jeito que chega a sufocar, não consigo respirar direito. Deus do céu, isso é loucura!

– Você não imagina o que passei nesses últimos tempos, e você é o primeiro estranho gentil, que me estende a mão. Droga, o vinho está me deixando sentimental, dou uma fungada alta, quase rio de mim mesma.

– Acho que foi você quem pegou minha mão, disse sorrindo.

– Nem me lembre do chilique no avião, que vergonha. Fui para meu quarto tomar banho. |Liguei o chuveiro, primeiro coloquei para tocar no meu celular o álbum de Victor e Léo enquanto tomava banho, quando percebo estou na maior cantoria, escuto bater à porta, desligo o chuveiro, me enrolo na toalha, saio para abrir a porta, lá estava ele, com as pernas cruzadas e as mãos nos bolsos da sua calça, apoiado no batente da porta, com aquele sorriso lindo. Deus, é até pecado ser lindo assim, e essa boca, que me tira o ar deixando meus desejos a flor da pele; droga, me olha de cima a baixo. Putz, esqueci que estava enrolada na toalha, bom, acho que já viu mulheres em estado mais comprometedor do que o meu, não consigo falar nada, só olhar para aquele homem lindo na minha frente me tirando o chão, então volto do meu devaneio.

– Desculpa, sorriso lindo. – Droga, resmungo. – Só um minuto – falo. Fecho a porta na cara dele e escuto um grito.

– Aiiii, droga, droga, droga, que merda, volto correndo abro a porta e vou atrás dele, encontro no banheiro com o nariz sangrando.

– Ah, meu Deus, Antony, que droga, sou uma desastrada, me desculpa pelo amor de Deus, eu não fiz de propósito. – Ele ri.

– Droga, Antony, quer me matar do coração, quebrou o nariz, quer que eu chame um médico, ambulância, pare de rir e diz alguma coisa pelo amor de Deus, estou ficando nervosa.

– Cama, dão quebou dada, só esta sangando, olhou para mim com um punhado de algodão no nariz – e o que vofê está fazedo aida enlolada na toalha?

– Merda. Sai correndo. – Em dois minutos estou pronta. – Grito. Chego correndo de volta na sala, resvalo com tapete e tudo, e caio em seus braços. Uuuuuh – bela chegada – diz Antony.

Olho para cima e vejo seus olhos pousando em minha boca, ai senhor, ele vai me beijar, não, não, caralho, que maré de azar tenho hoje, penso, ou sorte, ah, sei lá, só sei que está ficando difícil ficar perto dele, sentir seu cheiro, ter aquele monumento todo na sua frente e não poder tocar. – Eu sei – falo rindo, não tenho freios ABS, saio dos seus braços.

Há Quanto Tempo Esperava Encontrar Alguém AssimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora