Capítulo 63

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Eduardo

Sabe tão bem acordar e ver a mulher da minha vida ao meu lado e a dormir como um anjinho. Ainda não acredito que finalmente reconciliámos e que iremos nos tornar uma família daqui a uns meses.

 Bom dia meu amor –  disse a Inês enquanto esfregava os seus olhos.

– Bom dia – disse-lhe com um enorme sorriso.

– São que horas para já estares acordado?

– Continua a dormir que ainda é muito cedo – sorri.

– Então se é muito cedo, porque já estás acordo? – Olhou fixamente para mim.

– Não sei, acordei assim do nada e fiquei a olhar para ti – sorriu – parecias um anjinho a dormir.

– Hoje vais à universidade comigo, não vais?

– Não sei Inês, eu tenho bastante receio que o diretor Luís não me aceite e disse que se não soube aproveitar à primeira, não iria ser agora.

– Se quiseres eu vou contigo falar com ele e caso ele comece a dizer tal coisa, eu mesma irei tentar dar-lhe a volta.

– Duvido que consigas dar-lhe a volta.

– Não duvides dos meus dotes – mandou-me a língua de fora.

– Hás de, explicar-me quais são esses teus dotes – virei-me de frente para ela –, é que assim, sei logo quando estás a tentar adquirir alguma coisa.

– Isso fica no segredo dos deuses – dei um riso irónico e começámos a trocar alguns beijos, foi um momento bastante bom para começar o dia, até o maldito despertador tocar – temos de nos levantar – disse-me.

– É verdade – olhei novamente para ela enquanto se levantava – Inês... – olhou para mim – era só para te dizer que te amo.

– Eu também – deu-me um beijo e foi em direção à casa de banho.

Eu não me importaria de passar um dia inteiro assim.

Inês

Soube tão bem acordar e ver o Eduardo há minha beira e a olhar para mim, é como se estas semanas não tivessem existido e que nada se tivesse passado – entrei no duche – ainda não sei ao certo como o diretor Luís irá reagir quando vir o Eduardo na universidade e ver o mesmo a falar com ele, para pedir uma segunda oportunidade. As únicas coisas que provavelmente tenho a favor para que o Eduardo continue a frequentar, é o baile de Inverno e o facto do mesmo ter boas notas. Acho, que seria injusto ele não ter mais uma oportunidade e querer dar tudo o que tem e outros, que andam a passear ou só para dizerem que estão na universidade tem todo o direito de lá continuar. Provavelmente tal comparação que eu mesma fiz, não tem um grande nexo, mas pelo menos eu assim acho.

Saí do duche, enrolei a toalha na minha cabeça e também a do corpo, lavei os dentes e fui até ao meu quarto para vestir. Assim que chego, o Eduardo já não lá estava.

– Eduardo? – Chamei pelo nome dele mais três vezes, até que a porta do meu quarto se abre, era ele.

– Estou aqui, passa-se alguma coisa?

– Não – sorri – é que saí há pouco tempo do duche e quando chego aqui ao quarto, já não aqui estavas.

– Eu estava a preparar o pequeno-almoço, e depois assim que saísses do duche, iria eu.

– Panquecas com chocolate? – Perguntei.

Desde que estou grávida, consigo sentir qualquer cheiro à distância, desde a relva a qualquer coisa que exista no ar.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Där berättelser lever. Upptäck nu