Capítulo 8

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Inês

Olhei para o relógio do meu portátil e fiquei perplexa quando vi que já eram 19h. Para além de todas as emoções que vivi no dia de hoje, ainda vieram-me há pouco tempo instalar-me a internet, os canais e o telefone fixo. Pelo lado positivo, já posso ver a minha mãe através das vídeo chamadas e também falar com as minhas ex-colegas do secundário. É tão bom saber que, são amizades que permaneceram e permanecem na minha vida; ano, mês, dia...mas bem, voltando ao tempo atual, ainda tenho de fazer o jantar e só depois poderei fazer vídeo chamada com a minha mãe.

Ainda não saiu da minha cabeça o facto, do Eduardo não ter ido às aulas. Eu sei que o odeio, que não nos damos bem, aliás, se não nos damos bem provavelmente é porque eu não quero, mas admito, estou preocupada pela ausência dele e pelo facto de não ter mandando uma única mensagem como por exemplo – porque me ligaste? – mas nem isso. Provavelmente nem deveria estar a dar atenção a este assunto ou então, deveria dar-lhe a oportunidade que ele tanto me tem pedido, mas mesmo assim não sei, é tão confuso.

Truz, truz, truz – quem é que veio tocar à campainha a esta hora? – Resmunguei.

Levantei-me do sofá e fui até à porta.

- Quem é? – Questionei.

- Sou eu, a Cláudia – mesmo surpreendida abri a porta.

- Não estava à espera que viesses visitar-me – disse com um sorriso.

- Penso que nós não temos de conviver só na escola, pode também ser fora da mesma, para além até és uma moça porreira.

- Parece-me bem. – Sorrimos – olha se quiseres podes sentar-te no sofá.

- Obrigada pela hospitalidade. – Disse-me.

- Já jantaste? – Perguntei.

- Não e tu?

- Também não, o que dizes de jantares cá em casa comigo e depois fazermos um serão?

- Sim pode ser, até já sei onde podemos ir.

- Onde?

- Existe um bar muito pataco em Santos, dá para a gente beber uns copos, dançar e também até costuma ir pessoal da nossa universidade.

- Achas isso bom?

- Sim, assim vamos conhecendo mais pessoas – sorri pois a ideia me agradou.

- Acho uma excelente ideia, mas uma coisa, sem rapazes connosco! – Disse enquanto fazia fisgas para não estar sempre de caras com o Eduardo.

- Sim, a gente vai sozinha até porque quero distância dos rapazes. – Assim que o disse, deixou uma lágrima cair da face abaixo.

- Porquê essa resposta? – Perguntei intrigada – não me digas que tu e o Bruno se chatearam ou acabaram.

- Infelizmente sim, ele traiu-me.

- O quê? – Perguntei chocada.

- Sim traiu-me mas eu não quero disso, só quero esquecer.

- Está bem eu não toco mais no assunto – sorri – só quero que fiques bem!

- Sim vou ficar. – Disse-me.

- Olha, eu vou agora fazer o jantar e mal acabarmos de comer, vamo-nos por lindas e maravilhosas para aproveitar esta noite.

- Vamos nessa! – Disse e eu sorri.

Enquanto a Cláudia ficava a ver o que dava na televisão, ia fazendo um jantar bastante rápido. Como não tinha nada descongelado, e muito menos sabia que a mesma viria, vou fazer umas batatas fritas, ovo estranho e salsichas. Eu sei que é algo muito simplório, mas não é mau de todo. Mal acabei de fazer o comer, pôs a mesa e comecei a jantar mais a Cláudia enquanto bebíamos um copo de vinho e também falávamos as nossas coisas.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Where stories live. Discover now