Capítulo 38

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Inês
Os minutos passavam, até que finalmente chegámos ao Amoreiras Shopping. Entre o Colombo e este shopping, não sei qual será o maior, mas a nível de tamanho, proponho que seja o Amoreiras. Entrámos dentro do estacionamento, o qual é a pagar. Este estado cada vez tenta roubar mais os portugueses. É tão ridículo uma pessoa ir ao shopping e ter que pagar para estacionar o seu carro.

- Parece que vais chateada – disse a Marta.

- Chateada não me parece a palavra mais certa, mas sim furiosa. Desde quando é que faz sentido, uma pessoa ir a um shopping e ter que pagar estacionamento? – Revirei os olhos – qualquer dia, até temos de pagar para irmos à casa de banho.

- Não dês mais ideias ao estado – disse a Marta enquanto estacionava o carro.

*

Há medida que íamos andando pelo shopping, deparava-me com diversas lojas com coisas para bebés. Quase sinto uma enorme tentação de entrar, ver e comprar algumas das roupas que vejo. Tudo tão querido, pequeno, cores lindíssimas e só o facto de imaginar-me daqui a uns meses com um bebé ao colo, ainda maior é a minha tentação.


- Instinto materno não é? – Perguntou a Marta enquanto me via quieta a admirar cada roupa que estava numa montra.

- As coisinhas para bebés são tão queridas e amorosas.

- Queres entrar? – Perguntou a Marta.

- Não te importas?

- Claro que não – sorriu – aliás, é um enorme prazer assistir uma das minhas pacientes a comprar roupa – sorrimos.

Entrámos dentro da loja e fiquei parada e a admirar cada peça de roupa, cada sapato, cada chupeta, brinquedos, carrinho de bebés e sobretudo as caminhas. Fui-me aproximando de todas as roupas, até que, me deparo com a secção de recém-nascidos. Eu só tenho 8 meses ou nem isso para comprar coisas, desde roupas a decoração para o quarto e ainda não comprei nada, nem tenho nada em mente, para não falar, que as aulas cada vez requerem uma maior atenção e dedicação da minha parte.
Enquanto a Marta olhava para alguns brinquedos, enchi-me de coragem e fui buscar um cesto. Olhava para todo o tipo de roupa de recém-nascidos e comecei a pôr no cesto para comprar, chuchas da Chico, algumas meias brancas, verdes e amarelas – como não sei o sexo do bebé, tenho de comprar unissexo – umas roupas pequenas com alguns ursinhos e outros padrões e claro, quando deparo com uns bonequinhos tão queridos para se meter no carrinho de bebé.

- Marta – chamei-a e a mesma chegou ao pé de mim – achas, que é cedo demais para comprar este género de brinquedos? É que não tenho ainda bem a noção de nada e quais são as primeiras coisas a comprar. Só irei levar estas peças para recém nascido e que sejam unissexo – disse – eu quero comprar coisas lindas e amorosas para o meu bebé, mas não sei o quê.

- Quanto ao comprar acho, que isso depende de pais para pais. Há uns que começam logo pela mobília, outros por roupas.

- Mas como eu não sei o sexo do bebé, eu não posso comprar mobília – disse – ainda por cima tenho de esperar mais dois ou três meses para saber o sexo do bebé.

- Nada disso – sorriu para mim – há laboratórios que já têm uns métodos que às oito semanas, já dá para saber o sexo do bebé, a partir do exame ao sangue do sexo fetal.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Where stories live. Discover now