Capítulo 11

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Inês

Começo a sentir o sol a bater em formato de tiras na minha face, parecia até que queimava os meus olhos. Abri os mesmos e quando me apercebi, já era sábado e que era de manha. Bocejei, olhei para o lado e apercebi-me que o Eduardo já não estava deitado – será que se foi embora? – Comecei a pensar para mim mesma, e depois comecei a analisar a noite de ontem. Ainda não acredito que ontem beijei o Eduardo, e ainda por cima foi com ele que dei o meu primeiro beijo. – Será que me saí bem ou nem por isso? – Algum receio comecei a sentir. – Será que foi por isso que ele já não está aqui? – Voltei a pensar.

Depois, de ter pensando em tudo, acabei por levantar-me da cama. Fui até à casa de banho fazer a minha higiene pessoal, depois vesti um macacão florido e calcei umas sandálias, penteei o meu cabelo e fiz um rabo-de-cavalo com um nó em vez de ser com um elástico. Abri a janela e fiz a minha cama.

Abro a porta do meu quarto e, quando o faço, um cheirinho a comida bastante agradável começa a penetrar pelas minhas narinas abaixo – o que é isto? – Pensei para mim mesma, até que quando chego à cozinha, deparo com o Eduardo a cozinhar.

- Bom dia minha dorminhoca – disse-me com um sorriso, deixando-me de boca aberta com o que estava a fazer – o que se passa? Porque estás a olhar dessa forma para mim?

- Estou admirada e ao mesmo tempo, não tenho hábito de acordar e ter um rapaz a fazer o pequeno-almoço para mim tal como para o mesmo – sorri.

- Queres que eu vá embora? – Perguntou-me.

- Que disparate! É claro que não – dei-lhe um beijo – vou pôr a mesa para nós – disse.

- Estás linda – disse-me com um sorriso.

- Para ser sincera, não acho, sinto que estou um pouco mal vestida.

- Estás nada mal vestida! Esteja como estiveres, és linda! – Sorrimos um para o outro. – Cinderela o pequeno-almoço já está pronto.

Sentei-me na mesa enquanto o Eduardo trazia o pequeno-almoço para nós os dois.

- Panqueca recheada com chocolate e sumo natural – disse surpreendida e maravilhada – adoro!

- Eu também gosto muito – sorriu e começou a servir o meu prato – foi a minha mãe que me ensinou a fazer panquecas, se bem que ao início a coisa não corria muito bem. – Disse enquanto sorria.

- Agora vais-me contar o que acontecia, fiquei bastante curiosa – disse.

- Bem...digamos que ao início ou acabava por arrepender os ovos e iam parar há minha cara ou então iam parar há minha roupa – riu-se – era um desastre na cozinha – comecei a rir-me.

- Nada mal, nada mal – disse-lhe enquanto me ria e ironizava.

- Já que estás tão divertida a gozar, porque não fazes um jantar para nós e claro, para os nossos amigos?

- Sem qualquer problema! Vais ver como sou uma grande cozinheira, até vais lamber todos os teus dedinhos – disse enquanto me ria.

- Estás muito otimista – sorri – quero ver essa tua faceta de cozinheira nata, minha pequena Cinderela – continuámos a rir da situação até que de repente a campainha tocou.

- Continua a comer, que eu vou ver quem é que está a tocar à campainha, menino pequeno – deitei a língua de fora enquanto me levantava.

- Para tua informação é 1.85 de tamanho, não sou assim tão pequeno.

Fui-me rindo enquanto ia em direção da porta e quando abro a mesma, deparo com o Fred. Parecia que estava ainda meio embriagado e tinha a camisa em péssimo estado.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Where stories live. Discover now