Capítulo 23

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Inês

Entrei dentro do seu apartamento e fiquei chocada ao olhar ao meu redor. Eram só garrafas de álcool vazias e tudo desarrumado. Nem parecia o Eduardo que eu conheço e isto tudo...por culpa minha e da opção que fiz.

- Eduardo Desculpa-me, eu tenho sido uma idiota – disse e ele pôs o dedo nos meus lábios.

- Está tudo bem, eu já sei de tudo – beijou-me.

Um beijo lento, com cuidado, com bastante carinho. Como sabe tão bem o beijar.

- Deixa-me continuar – disse enquanto afastava os meus lábios dos dele – há coisas que não sabes.

- Diz – suspirei.

- Eu deixei-te, porque quando ouvi o que a Anastácia, disse fiquei mal, quase não conseguia ouvir mais ninguém é como se não tivesse qualquer reação possível para explicar, eu sentia o meu coração apertado, algo mesmo inexplicável, e quando ela foi naquele dia à nossa sala de aula e disse que vocês tinham reconciliado, eu quis fugir dali porque para além de ter ficado com ciúmes, fiquei mal. E após aquela discussão, eu decidi afastar-me de ti, porque sempre que estávamos bem, algo tinha que acontecer, e então, pensei que não tivéssemos destinados, que o melhor seria esquecer-te e à pala disso, ambos sofremos. – Sorriu.

- Está tudo bem – pôs as suas mãos na minha face – o importante é que neste momento, estás aqui, e se eu tentei falar contigo é porque já sabia que era mais uma das suas mentiras. Eu sempre te amei e desde que te reencontrei, nunca mais tive ou saí com uma moça. Eu só penso em ti, eu amo-te.

Após ter-me dito aquelas palavras, o meu coração começou a bater mais rápido e o meu corpo a querer sentir o dele, não consegui resistir e voltei a beijá-lo, durante algum tempo.

- Inês, espera um bocado, eu vou só à casa de banho.

- Está bem – disse com um suspiro.

Enquanto ele não vinha, fiquei na sala e ia olhando para as suas molduras, até que deparo com uma, que para além de ter à sua volta corações, tinha lá a minha fotografia. Tão querido.

O tempo passava e ele nunca mais chegava, até que decidi perguntar se estava tudo bem.

- Eu já estou aqui meu amor.

Para além de aparecer mais arranjado, fiquei feliz por ter ouvido chamar-me de meu amor mas também uma coisa é verdade, se não namoramos, parece estranho ouvir chamar-me assim.

- Que bom. – Disse.

- Já estavas com saudades minhas, Cinderela? – Sorri.

- Talvez.

Voltámos a beijar-nos e de repente, parou e foi por a tocar na sua aparelhagem "Stay with me". Retomou onde tínhamos ficado. Os nossos beijos começaram a ficar cada vez mais tensos. Pegou-me ao colo e me encostou contra a parede enquanto começava a mexer nos meus seios e a desabotoar o meu casaco. Naquele momento, eu não queria saber de mais nada, só queria viver o momento com ele. Levou-me até ao seu quarto e me deitou na sua cama.

- Gostas do que eu preparei?

Quando olhei em minha volta, tinha um monte de velas acesas e algumas pétalas que se compram sobre a sua cama.

- Gosto – sorri.

- Eu não quero...só quero mimar-te – disse-me.

- Mas eu quero fazê-lo contigo – disse-lhe e ele ficou a olhar muito sério para mim.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Where stories live. Discover now