Capítulo 19

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Inês

De repente, o meu despertador começa a tocar. Não me apetecia nada levantar, para além de sentir que dormi pouco, sentia um enorme cansaço como se não tivesse apta para ir assistir às aulas, mas eu sei que sou obrigada a ir, é o meu futuro e um grande investimento que eu tenho feito, tal como os meus pais. Abri olhos e tive um atrofio, é como se a luz do sol que saía das tiras da preciana me queimassem os olhos. Esfreguei-os duas, três vezes, até finalmente ambos ficarem acomodados à claridade. Puxei os meus lençóis para trás, abri um pouco da janela para os mesmos refrescarem e fui tomar um duche bastante rápido. Sempre foi um hábito meu tomar um duche mal acordasse, exceto se tivesse atrasada para alguma coisa. Após ter tomado duche, lavei os meus dentes, pôs creme nívea por todo o meu corpo e de seguida fui para o atrofio e discussão diária "o quê que eu hei de vestir?" É sempre bom ter imensa roupa, o que é o meu caso, mas a parte negativa, é que depois não sabemos o que escolher, porque é como se quiséssemos vestir tudo e mais alguma coisa ao mesmo tempo.

Olhei para a janela e apercebi-me que o dia estava negro, parecia que estava prestes a vir uma tempestade ou então, apenas um dia de chuva. Ao ver que não poderia ir de sandálias, de vestido ou outro género de roupa, acabei por optar por vestir umas calças de brancas, umas botas castanhas baixas e uma camisola com um tom torrado. Penteei o meu cabelo e ao me aperceber que o mesmo se encontrava ainda encaracolado da noite de ontem, optei por fazer um rabo-de-cavalo. Peguei no meu blush e o passei levemente na minha face, pôs o rímel e fiz um risco nos meus olhos. Mal me despachei, fiz a cama e fui até à cozinha para comer uns cereais e uma maçã, até que deparo no meu frigorífico um papel "Obrigada por me teres deixado cá dormir e por teres cuidado de mim, deixei o quarto arrumado. Vemo-nos na universidade, assinado Cláudia." Ao ler, sorri. Gostei bastante da atitude que teve.

Em quanto comia a maçã, fui pondo na minha mala o que tinha sido ontem retirado, o batom do cieiro, o estojo, a cardeira. De seguida, peguei num guarda-chuva por prevenção e no meu dossiê cor-de-rosa. Apaguei as luzes, fechei e tranquei a porta de casa e fui até ao meu carro para ir, para a universidade.

Liguei o mesmo e começou logo a dar músicas que a mega-hits estava a oferecer a todos os ouvintes, e comecei a conduzir. Graças aos radares que aparecem na estrada, dá para nós condutores sabermos de tudo e desta vez, estão a avisar para termos cuidado devido à forma que o clima se encontra e para as pessoas andarem mais de vagar. O mau disso tudo, acaba por aumentar a tendência para o trânsito.

Os minutos passaram e aí, eu apercebi-me que estava completamente atrasada, é que faltavam apenas cinco minutos para tocar.

Devo chegar uns três ou quatro minutos após o toque. Peguei no telemóvel e liguei à Cláudia para avisar que estou no trânsito e para a mesma informar ao professor Nuno a possibilidade de chegar atrasada e o seu motivo. Em quanto os carros iam andando devagar, aproveitei para passar um pouco de batom do cieiro nos meus lábios. Á mínima alteração climática os mesmos ficam secos. Com o passar dos minutos, o trânsito começou a andar um pouco mais rápido, o que me deixou mais aliviada de todo.

Cheguei à universidade e estacionei o meu carro no parqueamento destinado aos alunos, ao sair do carro ouvi o toque de entrada. Peguei nas minhas coisas, fui a correr o mais rápido possível até há minha sala. E, assim que chego, apercebo-me que todos já tinham entrado. Dei um jeito no meu cabelo, bati à porta e abri a mesma.

- Posso entrar professor Nuno? – Questionei.

- Claro, Inês – sorriu e eu entrei – ainda não comecei a minha aula, porque tu e mais dois alunos da turma estão presos no trânsito.

- Obrigada pela consideração! – Disse com um sorriso e caminhei para o local onde costumo, me sentar.

- Ah Inês – disse o meu professor e eu fixei o meu olhar nele – não vais mais sentar-te aí, hoje irei fazer uma planta e assim irá ficar em todas as minhas aulas – apontou para o meu novo lugar – ficas na mesa do meio, à frente do Rodrigo.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Where stories live. Discover now