Capítulo 14

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Passado algumas horas

Inês

Já jantei com a minha mãe e agora estamos a assistir à novela "Ouro Verde". Já deveria estar neste momento com o Eduardo para ambos termos uma conversa séria, só que como tenho um pouco de vergonha em contar há minha mãe e que ela possa vir a por em causa da tradição, prefiro ficar calmada e fazer-lhe companhia até ir dormir. Por norma, costuma adormecer cedo, mas hoje parece que não.

Sei também do quanto ela deve estar chateada comigo, devido áquilo que leu na revista, mas, se analisar bem, a pessoa que escreveu aquele artigo não mentiu em nada. Mas também não posso deixar de ser eu mesma, por causa das revistas.

- Então querida, não te vais deitar? – Perguntou a minha mãe, se bem, que também lhe pergunto mentalmente a minha coisa.

- Só vou quando a minha linda e querida mãe for – sorri – quero aproveitar todo o tempo que conseguir, consigo – disse para disfarçar.

As horas vão pensando e a mesma nunca mais se vai deitar, daqui a bocado o Eduardo deve pensar que lhe dei tanga.

- Que dizes de fazermos uma direta querida? – Ao perguntar aquilo, quase que o meu coração saía pela minha boca.

- Ah? Uma direta – comecei a rir-me – isso não, depois fico com o sono trocado, cansada, com rugas até e também amanhã vais voltar para Coimbra, por isso, precisas de dormir.

- Inês o quê que me estás a esconder? – Perguntou-me e eu engoli em seco.

- Nada mãe – sorri – que ideia mais tosca – disse.

- Querida, tu não costumas ficar acordada até esta hora, muito menos costumas estar sempre a olhar para as horas como estás a fazer – fixou o olhar – tens alguma coisa combinada? Podes dizer a verdade à mãe, não levo a mal. – Não aguentei e acabei por contar a verdade – Oh filha já podias estar com o Eduardo! A mãe só quer que sejas feliz e, quanto à revista a mãe não estava à espera e ficou receosa que o teu vai viesse-te buscar – torceu o lábio – vai pôr-te linda para ele e, vai ter com o rapaz, amanhã a gente fala e um conselho, leva roupa para logo.

- Como assim? – Perguntei confusa.

- Por norma quando vais para a casa de alguém para ter conversas sérias, acabas por ficar lá a dormir – sorriu – despacha-te querida!

Levantei-me do sofá e fui a correr até ao meu quarto para pôr a minha camisa de dormir e chinelos numa mala, se bem que tenho quase a certeza que irei voltar ainda esta noite e dormir cá. Dei um beijo de boa noite há minha mãe e dei um toque ao Eduardo para saber que estaria a caminho.

Quando cheguei ao andar dele, fui a correr pelo corredor até chegar à porta dele. Toquei na campainha e fiquei à espera que ele viesse abrir a porta. Enquanto esperava que o mesmo abrisse a porta, apercebi-me que ele estava ouvindo músicas românticas – será que ele está preparando alguma coisa para nós os dois? – Perguntei para mim mesma. De repente, a porta abriu-se.

- Olá Cinderela. – Disse-me com um enorme sorriso.

Eu não sei o que tinha, mas estava sexy com aquela t-shirt branca e jeans azuis, por momentos até quase se vê os seus músculos.

- Dás-me licença para entrar? – Perguntei enquanto mordia o lábio.

- Claro! – Disse-me enquanto pegava na minha mão, entrámos e começámo-nos a beijar até cairmos no sofá.

- Eduardo eu não...

- Calma, nós não iremos fazer nada disso – deu-me um beijo na ponta do nariz – simplesmente quero namorar, tocar-te, sentir-te e beijar-te.

O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |Where stories live. Discover now